O transportador brasileiro apoia, em grande escala, a Reforma Tributária. A informação é da Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte apresentada pelo presidente da entidade, Vander Costa, na tarde desta sexta-feira, 2 de agosto, no CONET&Intersindical, em São Luís/MA. De acordo com o documento, são 93,1% de empresas a favor da iniciativa.
Inversamente proporcional a isso, no entanto, 43,3% das empresas não conhecem o conteúdo das propostas da Reforma. 50,3% até conhecem, mas parcialmente. E somente 4,8% têm total domínio do assunto.
A realidade gera preocupação a uma das principais lideranças do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil, o empresário joinvilense e presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. Ele alerta que, “com as atuais propostas, temos enorme probabilidade de aumento da carga tributária dos prestadores de serviço, em especial do Transporte Rodoviário de Cargas”.
O percentual fortalece o pensamento de 92,8% dos empresários do transporte que estão insatisfeitos com o sistema tributário do Brasil, já que 69,6% consideram a tributação excessiva a maior preocupação do setor. Além disso, 37,8% acham o ICMS o tributo que mais pesa nos gastos das transportadoras, tanto que ele é o maior imposto no País, cuja arrecadação soma R$ 491 bilhões.
Os números convergem com a insegurança jurídica que o atual sistema reflete para o setor, tanto que 44,6% consideram péssimo e 24% ruim este quesito. A insatisfação da categoria representa a arrecadação tributária trilionária do Brasil apenas em 2017: foram R$ 2,1 trilhões, sendo R$ 61,9 bilhões relativos ao transporte. Deste total federal, apenas R$ 1,4 tri são de tributos federais. Do restante, R$ 547 bi são estaduais e R$ 133,1 bi municipais.
A Pesquisa CNT Reforma Tributária Brasileira aponta, inclusive, que 80% dos transportadores desejam simplificação do sistema tributário brasileiro. Isso porque 78% deles acreditam que esta mudança aumentará a competitividade do segmento.