“Nós precisamos que o Estado brasileiro volte a servir a todos”. Esta foi a frase que se destacou no discurso do presidente da Câmara, o deputado Federal Rodrigo Maia (DEM/RJ), na manhã desta sexta-feira, 30 de agosto, na Alesc, em Florianópolis. Em um discurso em defesa de mudanças para o Brasil, com redução de despesas e da carga tributária, ele participou da segunda edição do Momento Brasil – Conhecer, Contribuir, Agir, promovido pela Acaert.
O Transporte Rodoviário de Cargas foi representado na ocasião pelo presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, acompanhado do primeiro diretor-secretário da entidade, Alex Breier, o suplente do Conselho Fiscal, Carlos Augusto Rosa, o coordenador da federação, Alan Zimmermann, o presidente do Setransc, Lorisvaldo Piucco, o diretor executivo do sindicato, Luiz Claudio Honorato, e o membro da diretoria do Setransc, Roneli Giordani.
Aplaudido em diversos momentos de sua fala, já nas primeiras palavras, Maia defendeu as Reformas estruturantes, da Previdência e Tributária. Sobre a última, salientou que não haverá redução da alíquota, pelo menos imediatamente, mas que vai simplificar o sistema e gerar efeitos positivos em longo prazo. “Vai refazer distorções, com equilíbrio”.
Já sobre a Previdência, disse que “o nosso sistema previdenciário é que mais distribuiu renda no mundo, mas não do rico para o pobre. É do pobre para o rico. E precisamos acabar com esta desigualdade”.
O parlamentar comentou, ainda, a forma como o brasileiro toma a decisão sobre os candidatos a cargos políticos. “O voto vem muito mais da razão do que da emoção. Se a razão motivasse o voto, a Inglaterra não teria saído do Brexit. E a emoção faz o voto da esperança”, comentou.
Rodrigo Maia fez questão de frisar sua contrariedade à volta da CPMF e foi enfático: “Debates nos fazem olhar para o futuro, enquanto despesas para o passado”. Ele acrescentou, inclusive, que “como crescemos bastante, olhamos mais do presente para o passado do que para o futuro”, disse ao comentar sobre condenações trabalhistas e gastos tributários. E, alertou: “tem empresas que gastam cerca de 6 a 7% para administrar os tributos. Se não gerarmos leis com mais segurança jurídica, a começar pela tributária, não conseguiremos mudar esta realidade”
Pacto Federativo, Crise na Amazônia e Sistema Eleitoral – Outra defesa de Rodrigo Maia foi de mais liberdade do parlamento na execução, tratando-se de pacto federativo. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, o assunto é visto de maneira diferente pelos Municípios, Estados e União.
Ele comentou a crise na Amazônia, um dos assuntos que emplacou manchetes em mídias nacionais e internacionais nos últimos dias. Segundo o deputado do Rio, a crise já diminuiu. Falou sobre medidas tomadas pelo Governo e pelo Parlamento em busca de soluções e ações de prevenção e proteção ambientais, além da criação de Comissão Mista de Mudanças Climáticas e Comissão Mista do Congresso.
Por fim, Maia falou sobre as mudanças no sistema eleitoral. Diante de tantas reformas no Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados acredita que definições neste sentido somente sejam possíveis para a próxima legislatura, ou seja, a partir das definições das eleições de 2022.