“Nós paramos de reclamar e descemos para o chão de fábrica. Isso porque somos uma polícia só e fazemos uma gestão com sintonia fina e ajustada. Esta é a nossa postura diante das adversidades”, disse o comandante da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), coronel Araújo Gomes, durante reunião do Conselho das Federações Empresariais (Cofem/SC) na manhã desta segunda-feira, 2 de abril, em Florianópolis.
Durante o encontro, o comando da PMSC mostrou dados estatísticos, planejamentos e ações em prol da segurança pública. Momento em que as entidades integrantes do Cofem garantiram a inclusão das demandas apresentadas nas pautas junto ao Governo do Estado. A proposta, segundo o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, é de garantir suporte para o contínuo investimento que venha a garantir uma atuação ainda mais rigorosa neste sentido.
“Nós sabemos do déficit de efetivo na segurança e dos tantos problemas que a iniciativa pública enfrenta. E, mesmo assim, temos trabalhadores, pessoas de bem, comprometidos com toda a sociedade. A prova está nestes números e em tantos outros que nos são apresentados. Mais uma razão para que a iniciativa privada os incentive e estimule naquilo que eles fazem”, comentou o líder do Transporte Rodoviário de Cargas/SC.
O comandante falou que as três principais vertentes da atuação da PM, especialmente neste novo comando, há 40 dias, são menos violência, mais segurança e mais confiança. Isso para que “a sociedade sinta a nossa presença, mesmo que não nos veja”.
Araújo Gomes acrescentou a importância desta experiência para a sensação de segurança da população, bem como apresentou estatísticas da segurança pública do Estado dos últimos anos, contrastando com as ações de prevenção e redução da criminalidade. O destaque foi para a redução nos casos de homicídios, que ranqueou Santa Catarina na segunda posição nacional, perdendo apenas para São Paulo.
A razão para isso, segundo o coronel, é que em ambos os Estados há investimentos em planos ortodoxos, em que “perdemos o pudor para prender e reforçamos a repressão ao crime”. Motivo que, inclusive, contribuiu para a redução de 27% nos casos de homicídios nos últimos 40 dias.
Acessos fechados – Com o propósito de mapear Santa Catarina e gerar uma repressão e prevenção reforçada contra o crime organizado, especialmente de criminosos vindos de outros Estados ou, mesmo, países, a PMSC distribuiu policiais em todos os pontos de acessos, desde rodovias e vias, até aeroportos, rodoviárias e outros locais. Com isso, segundo o comandante, “atingimos um estado de excelência que nos permite, em qualquer situação crítica, conseguirmos fechar SC em menos de seis horas para entrada e saída”.
O próximo passo, segundo Araújo Gomes, é a instalação de câmeras de monitoramento em todos estes locais, de modo que qualquer pessoa que entre ou saia seja identificado, inclusive com reconhecimento facial. O Cofem se comprometeu de atuar, em parceria com a PMSC, para a elaboração de um projeto para viabilização financeira desta ação por meio da iniciativa privada.