Não é de hoje que o Rio de Janeiro reflete um cenário que também é de outros Estados do Brasil: o da violência. É lá, inclusive, em que se concentram os números mais expressivos de roubo de cargas do País, crime que afeta diretamente o Transporte Rodoviário de Cargas. Além disso, a violência afeta a todos os setores da economia e, consequentemente, a sociedade como um todo.
A insegurança em que vivemos em todo o Brasil em virtude da violência e do crime organizado faz com que os cidadãos de bem vivam presos enquanto os criminosos usufruam da liberdade. Há, portanto, uma inversão de papéis.
A intervenção das forças armadas, mesmo que parcialmente, ou seja, na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, é uma alternativa benéfica para combater estas ações que afetam a todos, reiterando. A assinatura do Decreto pela presidência da República demonstra bom senso e respeito com o povo brasileiro, já que os reflexos dos números de violência no RJ são sentidos por todos nós.
Mesmo precisando suspender temporariamente mudanças importantes para o Brasil, como é o caso da Reforma da Previdência, é fundamental que primeiro a casa seja colocada em ordem, que a segurança seja o principal sentimento do cidadão brasileiro.
Não somos, por sua vez, favoráveis à uma intervenção militar total, similar à vivenciada entre 1964 e 1985. Também não concordamos com uma intervenção feita de qualquer jeito. É preciso planejamento para que as ações sejam eficazes e eficientes.
É isto que esperamos: que a Ordem seja estabelecida para que o Progresso volte a ser a nossa marca registrada.
Ari Rabaiolli
Presidente da Fetrancesc