Painel sobre o sistema tributário defende que redução dos impostos está ligada ao enxugamento do funcionalismo público

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Painel sobre o sistema tributário defende que redução dos impostos está ligada ao enxugamento do funcionalismo público

 Alta carga tributária e pouco retorno em ações básicas em benefício social, como segurança e assistência de saúde. Foi esta realidade, hoje vivenciada pelo brasileiro, que deu início às discussões do Painel de Debates sobre o Sistema Tributário, na manhã desta terça-feira, 29 de agosto, na Alesc. O evento foi proposto pelo deputado Estadual, Nilson Berlanda, por sugestão do Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de Santa Catarina (Cejesc).

“A gente quer resultados práticos, que o retorno realmente seja para a população. O empresário não é contrário ao imposto, mas à não conversão em benefício para a sociedade”, salientou o presidente do Cejesc, Ricardo Schramm Junior.

No Transporte Rodoviário de Cargas “temos alta carga tributária”, destacou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. Ele relacionou os diversos tributos que o setor arca para poder se manter ativo. Por isso, “defendemos a redução e, fundamentalmente, a reforma. A gente defende, principalmente, o imposto pago na hora da compra, mesmo não sabendo qual a reação do consumidor. Mas vemos que, desta forma, será possível reverter realmente as ações para a sociedade, além de evitar a sonegação”, falou o líder do TRC ao declarar a posição da Fetrancesc sobre o assunto.

É um desafio tratar do assunto com a população, segundo o presidente da Alesc, Silvio Drevek. Ele exemplificou a afirmação ao lembrar que a maioria das pessoas não identifica a presença dos impostos nos produtos que consome e, por isso, acredita não arcar com a carga tributária. No entanto, “o que se arrecada é incompatível com o que se gasta”, destacou.

Diante disso, Dreveck reiterou que uma das iniciativas que cabem ao parlamento é de trabalhar para que não seja elevada a carga tributária. “Mas para isso precisamos de contrapartidas”, disse o deputado ao lembrar a importância da reforma previdenciária, por exemplo, para reduzir as despesas do Estado e, com isso, os impostos. “Para não aumentar, precisamos reduzir na outra ponta também”, reforçou.

Defensor das causas do varejo catarinense, Berlanda, que também é empresário do setor, disse que em ações com redução da carga tributária “todo mundo ganha. O consumidor, que compra sem o 17%; a indústria, que tem a oportunidade de produzir; e o comércio, que reduz o estoque com venda; além do Estado, que arrecada e permite que a a economia se mantenha aquecida”, explicou o deputado Nilson Berlanda.

“Além de médico e deputado, eu também atuo no setor hoteleiro em SC. E sei bem o quanto impacta a carga tributária, que serve para arcar com as despesas do Estado”, comentou o deputado, Dalmo Claro. “É difícil de discutir este assunto, mas fundamental e precisamos debater. Só com o enxugamento da máquina pública é que vamos começar esta mudança”, reforçou o deputado ao concordar com o entendimento dos painelistas, que defenderam o enxugamento do funcionalismo público para haver a redução da carga tributária.

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