A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), em parceria com a Federação dos Caminhoneiros Autônomos e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de Santa Catarina (Fecam/SC) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de Santa Catarina (Sindicam/SC), manifestou-se contrária ao aumento do imposto de importação de pneus. Um ofício com o posicionamento foi enviado ao Grupo Executivo de Integração da Política de Comércio Exterior (Gecex).
Segundo o documento, as entidades entendem que essa medida pode ter impactos negativos e significativos nas atividades de transporte de cargas, de passageiros e na sociedade em geral.
As principais preocupações são referentes a:
Custos Operacionais das Empresas de Transporte de Cargas e Passageiros: O aumento da alíquota de importação resultará em custos operacionais mais elevados para as empresas de transporte. Com margens já apertadas, qualquer aumento adicional nos custos afetará diretamente nossa capacidade de oferecer serviços competitivos e eficientes.
Custo do Frete: As condições das estradas brasileiras exigem trocas frequentes de pneus nos caminhões. Se o preço dos pneus aumentar, inevitavelmente se refletirá no custo do frete. Isso afetará não apenas as transportadoras, mas também os consumidores finais, que sentirão o impacto nos preços dos produtos nas gôndolas dos supermercados.
Preço da passagem no transporte de passageiros: O equilíbrio entre o custo operacional das empresas de transporte de passageiros e o preço das passagens tem sido um desafio constante para as Prefeituras e empresas. Aumentar o custo dos pneus afetará de forma direta o preço das passagens resultando em um impacto social sério.
Inflação e Preços dos Produtos: O aumento do imposto de importação contribuirá para o aumento da inflação, uma vez que os custos adicionais serão repassados aos consumidores. Isso prejudicará o poder de compra da sociedade de modo geral e afetará negativamente a economia como um todo.
As entidades também se dizem surpresas com fato de a indústria, da qual o transporte rodoviário de cargas é seu principal cliente, esteja buscando alternativas para melhorar seu desempenho através do aumento de nossos custos operacionais, com consequências sérias para toda sociedade.
“Acreditamos que é fundamental encontrar um equilíbrio entre proteger a indústria nacional e garantir a competitividade e a eficiência das operações logísticas e de passageiros”, diz o comunicado.
O ofício solicita que a Gecex avalie minuciosamente os pontos mencionados e o possível impacto na economia e na população em geral antes de tomar uma decisão definitiva.