Pensar global a partir da realidade local. Com esta filosofia, a Fetrancesc iniciou em março uma série de reuniões itinerantes pelo Estado. O evento foi organizado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Operações Logísticas de Joinville (Setracajo) e teve uma programação complementar, com debates e palestras. Outras duas estão programadas para ocorrer em junho, na cidade de Chapecó, e em setembro, em Tubarão.
Um privilégio para o Setracajo sediar o lançamento desta iniciativa, as reuniões itinerantes são vistas como promissoras pelo presidente da entidade, Wilson Steingraber. Como em uma reunião tradicional dos gestores da entidade, deliberações financeiras e de importantes ações, realizadas e futuras, foram tomadas no encontro. O diferencial foi a oportunidade de conhecer a realidade vivenciada pelos empresários do transporte da região de Joinville, segundo o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli.
Mais do que a interação e a vivência da realidade em que estão inseridos cada um dos sindicatos, Rabaiolli lembrou que outro objetivo das reuniões itinerantes é “a aproximação do nosso setor com o judiciário em todas as regiões do Estado”. Tanto que, neste evento, também participaram o procurador do Ministério Público do Trabalho de Joinville, Guilherme Kirtschig, e o juiz do Trabalho da Vara de Joinville, Rogério Dias Barbosa.
O presidente da Fetrancesc frisou, ainda, que estes encontros funcionarão como uma espécie de prestação de contas e demonstração de que as empresas do Transporte Rodoviário de Cargas catarinenses cumprem com as leis trabalhistas, em especial a Lei 13.103/2015, que regulamenta a jornada de trabalho dos motoristas profissionais.
Desafios da administração pública – Foi justamente para mostrar os desafios da administração e das tomadas corretas de decisão que o juiz Federal, Marlos Melek, ministrou a palestra “Trabalhista. E agora?”. Ele participou da última etapa da reunião e discutiu junto aos empresários os principais desafios encarados no dia-a-dia. O magistrado reforçou a necessidade de igualdade nos direitos e deveres de empregados e empregadores, bem como dos serviços públicos e privados. Também falou sobre os desafios das duas formas de administrar no Brasil e reforçou que é preciso planejar, traçar objetivos e metas para, então, focar em resultados. Melek adiantou, ainda, que a Reforma Trabalhista deve ser a primeira de todas as que o Brasil necessita. “Não adianta apenas a reforma trabalhista. Ela abre os caminhos para as demais”, destacou.