Florianópolis, 8.12.16 – A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) vai investir R$ 18 milhões em ações para garantir o abastecimento de água e minimizar os problemas de esgoto durante a temporada de Verão 2016/2017, apenas em Florianópolis. O assunto foi abordado na manhã desta quarta-feira, 7 de dezembro, durante reunião da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).
Conforme o presidente da companhia, Valter Galina, o objetivo é aumentar a oferta de água durante a alta temporada. “No ano passado já fomos bem-sucedidos nas ações e, pela primeira vez em 30 anos, não faltou água em toda a região litorânea”, comentou. “Para esta temporada, vamos aumentar ainda mais a oferta de água”.
Com relação ao esgoto, o presidente informou que a Casan tem investido em ações para a despoluição do Rio do Braz, em Canasvieiras, no norte da Ilha de Santa Catarina. Na temporada passada, turistas e moradores do bairro tiveram problemas por causa do excesso de poluição no rio, que deságua na praia de Canasvieiras, uma das mais procuradas no verão.
“A Casan não é responsável pela despoluição dos rios, mas ela apanhou bastante por causa de um rio que é poluído há mais de 40 anos. Por isso, adotamos algumas ações para melhorar a qualidade da água. Não vamos despoluir um rio em um único ano”, disse Galina.
Apenas na região de Canasvieiras, a companhia investe R$ 12 milhões na construção de uma nova estação de tratamento de esgoto e na instalação de uma Unidade de Recuperação Ambiental (URA) no Rio do Braz. “A URA é como um grande filtro, no qual a água mais poluída entra por um lado e sai pelo outro mais límpida, menos poluída”, explicou.
A Casan, segundo Galina, também tem atuado em outras frentes, como o combate às ligações irregulares na rede de esgoto e a fiscalização dos caminhões limpa-fossa. “Não é nossa responsabilidade essa fiscalização, mas, em conjunto com as polícias, Fatma e Vigilância Sanitária, vamos multar pesadamente e apreender os caminhões que estiverem despejando os dejetos em locais irregulares”.
Membro da Comissão, a Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) foi representada pelo membro da diretoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga da Região de Florianópolis (Sindicargas), Fernando Ritter. Para ele, não houve mudança significativa nas obras de infraestrutura propostas pela Casan para Florianópolis e região. “São as mesmas anunciadas há um ano”, salientou. Disse, ainda, que “sem criticar o que está sendo finalizado, nada avançou em termos de novos investimentos”.
Investimentos em 2017 – Galina destacou que os problemas de balneabilidade detectados em várias praias não estão relacionados apenas com a falta de tratamento de esgoto. “Nós não temos macrodrenagem, que é responsabilidade de prefeitura. Sem isso, tudo que está nas ruas é levado pela chuva para os rios e para as praias”.
Para o ano que vem, a Casan tem previstos R$ 300 milhões em investimentos no tratamento de esgoto apenas em Florianópolis. Para isso, serão construídas três novas estações (Campeche-Ribeirão da Ilha, Ingleses-Santinho e João Paulo-Monte Verde-Saco Grande-Cacupé-Santo Antônio de Lisboa-Sambaqui) e na duplicação da capacidade da estação continental. A previsão é que as ordens de serviço para o início dessas obras sejam emitidas no decorrer do primeiro semestre.
De acordo com o presidente da Comissão de Transportes da Alesc, deputado João Amin (PP), o objetivo da participação da Casan na reunião foi acompanhar o trabalho desenvolvido pela companhia. “A comissão vem fazendo uma série de ações, durante todo o ano, trabalhando esse assunto. Conhecendo essas ações e vamos poder verificar como está sendo colocado em prática o planejamento da Casan, não só para a temporada, mas para todo o ano”, disse.
(Com informações de Nara Cordeiro, da Rádio AL)