Apenas uma empresa entregou o estudo técnico de engenharia, demanda e viabilidade técnico-econômica que deverá estrutura o processo de concessão das BR-282 e BR-470 em Santa Catarina. A OHL Concessões Brasil Ltda elaborou o documento e entregou à Secretaria de Fomento para Ações de Transportes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil na semana passada. Outras 27 empresas foram autorizadas a elaborar o estudo, mas não o entregaram.
Agora a comissão de seleção tem 60 dias para analisar o documento, prazo que pode ser prorrogado. Se for aprovado pelo ministério, audiências públicas devem ser marcadas na região para apresentar a proposta. O estudo também passará por avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). O edital de concessão só será lançado depois dessa análise. A ideia do governo federal é conceder as rodovias por 30 anos.
(Fonte: De Ponto a Ponto – Pancho – Diário Catarinense)
Onda de roubos de carga leva seguradoras a endurecer exigências – A disparada do roubo de carga nos últimos meses tem levado seguradoras a tornar mais rígidas suas exigências às transportadoras, afirmam executivos do setor. O pagamento de sinistro pelas empresas subiu 27,6% neste ano, entre janeiro e agosto, em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Marsh, que reuniu dados da Susep (que regula o setor).
Nos últimos três meses, as seguradoras têm apertado as regras para manter o mercado viável, afirma Sérgio Caron, responsável pela área de gerenciamento de riscos de transporte da corretora. “A exigência de uma escolta armada era para cargas acima dos R$ 500 mil. Agora, baixou para R$ 300 mil. Isso encarece e, às vezes, até inviabiliza o transporte.”
A franquia também subiu, diz Paulo Roberto de Souza, do sindicato paulista das transportadoras. “Antes, era, no máximo, 25%. Hoje, chega a 30%. O gasto com segurança já representa entre 8% e 12% da receita das empresas.”
Além dos segmentos tradicionalmente visados, como eletroeletrônicos e medicamentos, tem crescido o roubo de alimentos e de itens de higiene e beleza, afirma Adailton Dias, diretor da Sompo Seguros. “O índice de roubo é tão alto que há transportadoras que têm recusado cargas de alto valor”, afirma Álvaro Velasco, presidente do Grupo Tracker, de rastreamento.
Algumas seguradoras também têm se retirado do segmento de transportes ou deixado de atender determinados clientes, segundo Dias. “Se essa tendência seguir, o seguro de cargas vai se tornar financeiramente inviável.”
(Fonte: Folha de S. Paulo)
Ciergs aciona Justiça para liberação de cargas – O Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs) busca via mandado de segurança coletivo a liberação imediata de mercadorias de indústrias associadas à entidade e retidas em razão da greve dos auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal. O Ciergs ingressou com quatro ações judiciais, nos postos aduaneiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na sexta-feira passada; porto do Rio Grande, na segunda-feira; e ontem nos portos secos de Novo Hamburgo e Canoas. “Em alguns casos, a demora para a liberação de mercadorias passou de dois para 25 dias. O prejuízo não recai apenas no empresário, vai para toda a sociedade”, alerta o presidente da Fiergs/Ciergs, Heitor José Müller.
De acordo com a entidade, os principais prejuízos no Estado, até o momento, estão no porto do Rio Grande, no Salgado Filho e no Porto Seco de Uruguaiana. Neste último, segundo informações da delegacia sindical em Porto Alegre do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), há mais de 800 caminhões parados. Os setores mais afetados no Estado são alimentos, máquinas e implementos agrícolas, veículos e equipamentos de transporte, autopeças e eletroeletrônicos.
Os auditores que atuam nas zonas primárias – portos, portos secos e aeroportos – iniciaram ontem a mobilização em favor da aprovação do texto original do Projeto de Lei nº 5864/2016, que prevê o reajuste salarial dos auditores e outros temas ligados à autonomia e fortalecimento da função.
Em Porto Alegre, os auditores acompanharam a transmissão da sessão da comissão especial na Câmara dos Deputados que discutiu o PL do Poder Executivo sobre a carreira tributária e aduaneira, mas a votação foi adiada. A partir das 9h de hoje, os trabalhadores têm encontro no 13º andar do Ministério da Fazenda na Capital para avaliar as ações, e às 10h30min reunião com o superintendente da Receita Federal no Estado, Paulo Renato Silva Paz, para relatar a situação da categoria e manifestar o descontentamento frente ao andamento do acordo firmado no início do ano. Amanhã ocorre a assembleia geral extraordinária para decidir sobre a continuidade da greve.
No País, ao considerar apenas o tempo de espera, as exportações estancadas e os custos diretamente ligados ao aumento de estadias alfandegárias ou maior incidência de fiscalização invasiva, a perda diária estimada com a greve nacional na Receita Federal chega a US$ 50 milhões. As informações são da Associação Brasileira dos Transportadores Internacionais (ABTI). Segundo a ABTI, são mais de mil senhas por dia nas fronteiras para ingressar nos diferentes recintos alfandegados com destino ao Mercosul.
A paralisação nacional também afeta a liberação dos importados e o despacho das exportações no porto de Santos, em São Paulo, que é o maior da América Latina. Já nos terminais aéreos de Cumbica, em Guarulhos, e em Viracopos, em Campinas, não foram registrados impactos tanto no embarque e desembarque de passageiros, quanto nas expedições de cargas, segundo as assessorias de imprensa desses aeroportos.
(Fonte: Jornal do Comércio – RS)