Clipping Imprensa – Orçamento da BR-470

  1. Início
  2. Notícias
  3. Clipping Imprensa – Orçamento da BR-470

Clipping Imprensa – Orçamento da BR-470

Florianópolis, 6.9.16 – A proposta de orçamento da União para 2017 reserva pelo menos R$ 90 milhões para as obras de duplicação da BR-470, destinados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o trecho Navegantes-Rio do Sul. A realidade é que a quantia é uma migalha diante do valor total das obras. A expectativa é de que os futuros repasses agilizem pelo menos as desapropriações, hoje o principal entrave ao andamento dos trabalhos. O projeto prevê, ao todo, 1.442 processos de indenização – mais da metade deles para os lotes 3 e 4, que correspondem aos acessos Blumenau-Gaspar e Blumenau-Indaial e representam atualmente a situação mais grave da obra. Ali o projeto está suspenso, aguardando dinheiro para a abertura de mutirões de desapropriação.

Trabalho restrito – Os lotes 1 e 2, entre Navegantes e Gaspar, estão caminhando – mas com mais lentidão do que o esperado. No lote 1, com previsão de entrega em fevereiro de 2018, duas pontes estão em construção. O lote 2 está em fase de aterro. Mas as frentes de trabalho são restritas por necessidade de desapropriação, remanejamento de rede de gás e pela possível descoberta de um sítio arqueológico entre os quilômetros 19 e 20, o que pode emperrar os trabalhos de vez. O orçamento da União ainda depende da aprovação do Congresso. (Fonte: Pedro Machado)

Deslizamento de pista ainda sem solução

Um deslizamento de pista ocorrido no quilômetro 134 da SC-283, em Águas de Chapecó, ainda em dezembro do ano passado, continua com um desvio precário pelo acostamento da pista. Do outro lado apenas a sinalização, um monte de terra e alguns tambores avisam aos motoristas do perigo de cair nas margens do rio Chapecó. O superintendente do Deinfra no Oeste, Élio Godoy, disse que ainda não há solução para este trecho. O mesmo ocorre com outro deslizamento em Seara. No entanto, foram assinadas no final de agosto as ordens de serviços para recuperar 22 pontos de deslizamentos ocorridos na enchente de 2014, no Oeste e Meio-Oeste. Destacam-se os os trechos da SC-283 entre Seara e Concórdia, e a SC-155, entre Xavantina e Xanxerê. O Ministério da Integração já liberou a primeira parcela de um total de R$ 7,2 milhões.

Aduana registra maior movimento desde 2013 – O mês de agosto teve o maior movimento de caminhões na aduana de Dionísio Cerqueira em quase três anos. Foram 1.621 caminhões despachados, contra 1.358 do mês de julho. No ano passado, o maior movimento foi de 1.254, em fevereiro. O movimento em 2016 cresceu 18,2%, segundo o chefe da Inspetoria da Receita Federal na cidade, Valter Solon Durigon. O motivo é o aumento da exportação, que atingiu US$ 250 milhões em oito meses – o dobro das importações, que foram de US$ 124,6 milhões. Mais da metade do volume de vendas externas é de carne. (Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona)

Expectativa de reinício

O governo federal enviou, enfim, R$ 4 milhões para as obras de reforço e realinhamento dos berços 3 e 4 do Porto de Itajaí, paradas desde junho por falta de pagamento. O valor corresponde à metade do que é devido à Serveng, empresa responsável pelas obras. O último repasse à construtora havia ocorrido em abril, quando foram pagos os valores referentes às medições de julho a setembro do ano passado. Sem receber, a empresa desmobilizou o canteiro de obras e demitiu metade dos operários em Itajaí. A superintendência do porto tenta, agora, negociar com a empresa a retomada dos trabalhos.
A obra é importante para Itajaí porque vai garantir que, em vez de quatro berços separados, o porto tenha um grande cais de atracação com mais de mil metros de extensão, espaço suficiente para receber os maiores navios cargueiros que atuam na costa brasileira. A empreitada começou em janeiro e tinha prazo de 18 meses para conclusão. No caso do berço 3, as obras devem terminar rapidamente, pois falta apenas a instalação de defensas. Já o berço 4 tem um desafio: uma laje submersa que não constava no projeto inicial. Esse entrave levou a adequações que elevaram em R$ 26 milhões o orçamento da obra. O valor faz parte do projeto de orçamento da União para 2017, enviado pelo governo federal ao Congresso.

“Jeitinho” – Além do recurso para o berço 4, o orçamento da União prevê R$ 27,7 milhões para a dragagem do canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes para o ano que vem. Esse valor corresponde ao complemento de custo da obra, que será licitada em outubro. A “manobra” ocorreu porque o governo federal não tem mais em caixa os R$ 65 milhões prometidos quando a obra foi anunciada, em caráter emergencial, para compensar a perda de profundidade causada pelas cheias no Vale do Itajaí no ano passado. Assim, o Ministério dos Transportes decidiu licitar com orçamento de R$ 40 milhões em caixa, e depois suplementar o valor excedente. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)

Gestão e infraestrutura, por Mário Lanznaster*

Existem muitas coisas que os agentes econômicos, em geral, e os empresários, em particular, estão tendo cada dia mais dificuldade em tolerar. Uma delas é a crônica má gestão que impregna todo o setor público, incluindo a administração indireta e as empresas de economia mista, e que se revela pelo desperdício de dinheiro público, pela corrupção e pela ineficiência generalizada.
Outro desconforto do empresariado reside nas deficiências de infraestrutura que penalizam quem produz e anulam a competitividade das principais cadeias produtivas do país. Um tema ligado ao agronegócio – a crise no abastecimento do milho – é um exemplo que exterioriza e une os fios desses dois fatores: gestão e infraestrutura.
A produção brasileira de milho vem caindo, ora por efeito do clima, ora por efeito do mercado. Para agravar, o governo, desatento, permitiu que se realizasse uma imensa e desmedida exportação desse valioso grão que pode chegar a 38 milhões de toneladas embarcadas. A ironia é que esse insumo foi e está sendo exportado para concorrentes do Brasil que o transformarão em proteína animal na disputa do mercado internacional de carnes. De um lado, favorecemos os concorrentes e, de outro, prejudicamos a indústria nacional que, com a escassez do milho, sofre um brutal aumento de custo.
Na economia, todos os fatos estão intrinsecamente ligados. A crise do milho impactou na inflação e atingiu a sociedade nacional, porque encareceu todas as carnes e os alimentos em geral. Da mesma forma, a má infraestrutura encarece a produção brasileira em geral e, em especial, a produção de alimentos. O exemplo de Santa Catarina ilustra bem essa situação.
Já existem sinais de que a crise desacelera e aproxima-se o início de uma esperada reversão. A retomada do crescimento requer muitas reformas, mas é consenso que o país requer uma urgente e modernizante reforma na Previdência e na legislação trabalhista. A reforma também deve ser política, destacando-se as vantagens do sistema eleitoral distrital misto, que melhora e equaliza a representatividade de todas as regiões e fortalece a democracia representativa verde-amarela.
Esperança e confiança são dois ingredientes necessários à vida em sociedade. Sou otimista. O Brasil é muito maior do que a crise. Precisamos restabelecer a confiança e trabalhar pela reconstrução e pelo futuro.
*Presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para o agronegócio da Fiesc

Compartilhe este post