Comdes deve fiscalizar tempo e custo para obras do Contorno Viário, disse diretor-executivo da Fetrancesc, Maurus Fiedler

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Comdes deve fiscalizar tempo e custo para obras do Contorno Viário, disse diretor-executivo da Fetrancesc, Maurus Fiedler

Florianópolis, 29.8.16 – “Aliar a necessidade de desenvolvimento, submeter e escutar da opinião da comunidade e associar isto ao conhecimento técnico”. Este é o segredo para o êxito na realização de obras públicas, na visão do diretor-executivo da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Maurus Fiedler, sobretudo no que se refere à conclusão do contorno viário da Grande Florianópolis. Ele falou sobre o assunto durante a reunião do Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento Sustentável da Grande Florianópolis (Comdes) na última sexta-feira, 26 de agosto.
A conclusão desta obra, que é tão importante para o setor de transportes e, consequentemente, para o desenvolvimento da economia, contribuirá para todos os setores, alegou Fiedler em seu primeiro discurso no Comdes. É preciso, portanto, fiscalizar algumas variáveis relacionadas ao contorno “sem que nenhuma seja mais importante do que a outra”, destacou o diretor-executivo. “Devemos analisar os ajustes do projeto, preservando o custo e o tempo para a conclusão, além dos impactos socioambientais”, enfatizou.
O presidente da Associação dos Usuários das Rodovias do Estado de Santa Catarina (Auresc), Alisson Luiz Micoski, falou que, uma das pendências para o término do Contorno, os licenciamentos ambientais concedidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) têm sido acompanhados pela entidade. O gestor se reuniu com membros do Fórum Parlamentar Catarinense e, diante disso, sugeriu “que o Comdes solicite ao Fórum que todos os encaminhamentos ao Ibama sejam comunicados ao Conselho. Tem uma série de acontecimentos do Contorno que, se não acompanharmos de perto, nos perderemos”, disse.

A concessão do aeroporto – Se o caminhão é importante para o desenvolvimento da economia, a concessão do aeroporto intensifica o trabalho e eleva os retornos do setor, de acordo com o diretor-executivo da Fetrancesc, Maurus Fiedler. “O caminhão é o único a chegar em todos os destinos, considerando os mais diversos modais. Mas o avião contribui para o fortalecimento do transporte”, disse. Por isso, ao atingir o item que tratou da concessão do Aeroporto Hercílio Luz, de Florianópolis, Fiedler questionou: “Quanta carga a gente poderia colocar aqui e destinar a outros aeroportos?”.
Representante da Auresc, Adriano Ribeiro, insatisfeito com a demora para o lançamento da licitação que vai conceder a administração do aeroporto à iniciativa privada, se prontificou a entregar ofício do Comdes à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com questionamentos sobre o prazo para que isto ocorra. “Devemos lançar uma campanha institucional para sensibilizar. A questão não é mais apenas o conforto do usuário. O aeroporto é, também, responsável pelo desenvolvimento econômico e saída de negócios”, disse. Ao destacar a necessidade de pensar de forma ampla sobre a concessão, lembrou que “tem, ainda, o problema do acesso ao aeroporto”.
Membro do Grupo de Trabalhos Paritário do aeroporto, Jaime Luiz Zilioto, acredita que o desfecho da concessão do aeroporto de Florianópolis virá com o encerramento do processo de impeachment. Para acelerar o processo, apoiou a sugestão de Ribeiro e propôs “que eles nos enviem técnicos para dizer como está o andamento”.

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