Florianópolis, 17.8.16 – Não. Não é notícia repetida. O fato é repetido. O governo federal prorrogou pela terceira vez o prazo para a entrega dos estudos técnicos que darão subsídios à futura concessão das BRs 470 e 282 à iniciativa privada.
O primeiro prazo era 25 de janeiro, mas houve prorrogação para 15 de junho, 12 de agosto e agora para 21 de setembro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União do dia 12 de agosto pela Secretaria de Fomento para Ações de Transportes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
No caso da BR-470, o estudo abrange o trecho catarinense, de Navegantes à divisa com o Rio Grande do Sul.
Excesso de desrespeito – Enquanto houver imprudência, haverá acidentes, feridos e mortos. Na Rua das Missões a Guarda Municipal de Trânsito de Blumenau flagrou no final da manhã de ontem um Audi a 116 Km/h onde a velocidade máxima é de 60 Km/h.
A queixa não é pelo risco dele morrer. Estou mais preocupado com os outros que fazem o que deve ser feito e vez ou outra são vítimas de gente que pouco se importa com os demais. Até quando, minha gente? (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)
Michel Temer vem a SC
O primeiro encontro informal entre o presidente interino Michel Temer (PMDB) e o governador Raimundo Colombo (PSD) ocorreu segunda-feira na residência do empresário Nabil El Hajj, em Brasília. A motivação do encontro partiu do presidente, que sugeriu ao deputado federal Esperidião Amin (PP), o articulador, uma rodada de quibe entre os descendentes árabes.
Amin convidou o governador Colombo e o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio (PSD), para o jantar típico. Dele também participaram os ministros Henrique Meirelles, Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o líder André Moura, além dos deputados Heráclito Fortes e Elmar Nascimento e do advogado Gastão Toledo.
Temer e Amin mantiveram pelo menos cinco contatos no período que antecedeu a aprovação do projeto de lei de renegociação das dívidas dos Estados com a União. Na reta final, quando surgiu o impasse no plenário da Câmara sobre proibições de promoções dos servidores, o relator Esperidião Amin definiu a solução diretamente com Henrique Meirelles e Michel Temer.
Temer anunciou o desejo de vir a Santa Catarina tão logo seja efetivado na Presidência. Deverá entregar a nova ponte sobre o rio Tubarão e o túnel do Formigão, duas obras que completam a duplicação da BR-101. O governador sugeriu também a inauguração das barragens de Ituporanga e Taió e a ponte de Ilhota, todas executadas com recursos federais.
Colombo definiu a reunião como “muito boa”. Foi a primeira vez que conversou de forma descontraída com Temer. As relações foram azeitadas e “devem beneficiar projetos futuros de Santa Catarina”. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Ainda Bem
A rodovia estadual mais movimentada do Estado, a SC-401, completou ontem cem dias sem acidentes fatais. É um número a ser comemorado e que sejamos responsáveis e continuemos a cobrar infraestrutura para que o recorde de 210 dias sem mortes seja maior. (Fonte: Diário Catarinense – De Olho nas Ruas)
Sinal liberado
Liberado no último dia 11 de agosto no Terminal de Integração do Centro, o sinal de internet sem fio oferecido pelo Consórcio Fênix prossegue com o cronograma nos demais terminais de Florianópolis. O próximo a recebê-lo é o da Trindade, amanhã. Depois a novidade será estendida aos terminais de Santo Antônio de Lisboa (1º/9), Rio Tavares (13/10), Canasvieiras (3/11) e Lagoa da Conceição (24/11).
Aliás – Ontem a Prefeitura e o Consórcio Fênix chegaram a um acordo para o pagamento dos atrasados reclamados pelo consórcio, cerca de R$ 9,5 milhões, e está descartado o bloqueio dos usuários do cartão social a partir do dia 22. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)
Atenção ao Oeste
As lideranças do grande oeste catarinense, que tem mais de 1,2 milhão de habitantes em 120 municípios, reconhecem que o futuro deve ser planejado hoje e envolver as aspirações comunitárias. A região responde por 19% dos empregos da indústria de transformação do Estado, sendo que quase a metade desses trabalhadores exerce atividades no complexo agroalimentar. A economia da região também se destaca nos setores de móveis e madeira, metalmecânico e metalurgia. O desenvolvimento do Oeste se deve, sobretudo, ao esforço da iniciativa privada.
Educação, ferrovias, rodovias, aeroporto, energia, comunicação, centro de tecnologia e inovação, saúde e agricultura são as prioridades para uma agenda de desenvolvimento regional. Elas foram levantadas pelas 40 instituições reunidas no Fórum de Competitividade e Desenvolvimento do Oeste e serão apresentadas ao governo do Estado.
Ficou claro que o caminho da competitividade e desenvolvimento da região passa, primeiro, pela educação, pré-requisito para avançar na produtividade e na inovação, que conferem sustentabilidade ao crescimento. Outro desafio está na melhoria da infraestrutura precária. Particularmente, a agroindústria ressente-se da distância do mercado de insumos e do custo elevado do seu transporte até o oeste catarinense. Uma solução definitiva passa não só por urgentes investimentos nas rodovias da região, mas, também, pela implantação de um sistema ferroviário que reduza os custos de transporte dos insumos e barateie a distribuição da produção.
Viabilizar as propostas do fórum depende de vontade política e visão estratégica. No primeiro caso, trata-se de compreender que a tecnologia e a inovação são fatores-chave que dependem de pessoas com boa formação. Quanto à vontade política, o Oeste espera que os governos federal e estadual sejam sensíveis às prioridades elencadas e as acolham como necessárias e indispensáveis ao progresso da região. As pessoas que moram, estudam, trabalham e geram riquezas no Oeste merecem essa atenção. (*Presidente da Fiesc, Glauco José Côrte) (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)
Queda no aeroporto
O Aeroporto Ministro Victor Konder, de Navegantes, terminou o mês de julho com uma queda de 12% na movimentação de passageiros. Ao todo 116 mil pessoas passaram pelo terminal, contra 133 mil em julho do ano passado. Além da retração econômica, que reduziu o movimento nos aeroportos em todo o país, Navegantes foi impactado pelos fechamentos causados por condições climáticas: pousos e decolagens foram suspensos por 64 horas no último mês. Ao todo, 51 pousos e 49 decolagens foram cancelados. Os nevoeiros de inverno provocaram também transferência de voos para outros aeroportos e acomodação de passageiros em outros voos. A estimativa é que 10 mil passageiros que deveriam ter passado pelo aeroporto em julho tenham sido redirecionados para outros terminais.
Apesar da queda no último mês, o balanço do ano é positivo. Navegantes ainda é um dos únicos aeroportos no país que registrou crescimento no primeiro semestre. Embora o percentual esteja abaixo do esperado, este ano o terminal já movimentou 872 mil passageiros – 3% a mais do que em 2015 –, e bateu recorde em janeiro, com a maior circulação de passageiros de sua história: 139 mil pessoas, entre embarques e desembarques.
Ônibus autorizado – Superado o impasse que envolvia o registro na prefeitura de Balneário Camboriú, o ônibus turístico panorâmico BC By Bus recebeu autorização para circular. O passeio de três horas e meia parte do shopping Atlântico, na Avenida Brasil, e segue pelos principais pontos turísticos de Balneário e Itajaí. A estreia deveria ter ocorrido no aniversário da cidade, em 20 de julho, mas foi impedida porque o registro da empresa na prefeitura conflitava com o da Expressul, concessionária do serviço de ônibus urbano. O alvará que havia sido emitido pelo município foi cancelado.
A operação foi autorizada depois que a empresa alterou o registro de atividade na prefeitura e passou a ser enquadrada na categoria de ônibus de turismo receptivo, que tem mais de 30 inscritos na cidade. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)
Confiança do industrial de SC volta após dois anos e meio
Importante indicador de crescimento da economia, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a ultrapassar a barreira dos 50 pontos este mês após 10 trimestres negativos. Em Santa Catarina, a Federação das Indústrias (Fiesc) ouviu 207 empresários de 1 a 11 de agosto e registrou 51,1 pontos após índice abaixo de 50 desde janeiro de 2014. No Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apurou 51,5 pontos, com 4,2 a mais do que o mês anterior após resultado abaixo de 50 desde março de 2014. A pontuação vai de 0 a 100, acima de 50 significa confiança na economia e abaixo, falta de confiança. O índice é composto com base nas opiniões de industriais sobre as condições atuais da economia e perspectivas para os próximos meses.
Sobre as condições atuais, os empresários do Estado disseram que ainda não são satisfatórias, registrando 44,8 pontos. As expectativas futuras são melhores, chegaram em agosto 54,3 pontos. O otimismo da construção civil passou de 42,5 pontos em julho para 48 em agosto. No caso da indústria de transformação, subiu de 47,6 para 51,7 pontos.
O índice apurado nessa pesquisa está em sintonia com outros idicadores. A indústria está se recuperando antes de outros setores porque no primeiro semestre os dados da produção industrial frente aos meses imediatamente anteriores foram positivos em cinco dos seis meses. Informações setoriais também refletem retomada após 10 trimestres de recessão (segundo o índice do Banco Central, o IBC-BR). A indústria de autopeças de SC registra maiores pedidos para o segundo semestre e empresas que atuam com imóveis de luxo informam que voltaram a ser procurados por consumidores. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Dilma defende reforma política e plebiscito
A presidente afastada Dilma Rousseff pediu ontem a senadores que “não façam a injustiça” de condená-la por um crime que “não cometeu”, se disse mais uma vez vítima de “inequívoco golpe” e defendeu a realização de plebiscito para novas eleições e reforma política.
Na carta aos senadores e ao povo brasileiro lida em um pronunciamento no Palácio da Alvorada, o termo “golpe” foi amenizado na fala de Dilma, que preferiu usar a expressão no condicional.
–Se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta – leu a presidente afastada.
Ela preferiu não utilizar o termo “golpistas” para tachar os parlamentares que votaram pelo impeachment. Os ex-ministros petistas Aloizio Mercadante e Jaques Wagner discordavam sobre esse assunto. Mercadante aconselhava Dilma a reforçar a tese do golpe, enquanto Wagner ponderou que chamar os senadores de golpistas às vésperas da votação seria enterrar qualquer chance, mesmo que remota, de voltar ao poder.
Erros foram cometidos, reconhece o texto – Batizado de Mensagem ao Senado Federal e ao Povo Brasileiro, o documento defendeu ainda a realização de plebiscito para a realização de novas eleições e reforma política, com medidas como a fragmentação de partidos, moralização do financiamento das campanhas e mais poder aos eleitores. A questão da reforma política foi uma exigência de movimentos sociais. “Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a realização de eleições e reforma política e eleitoral”, afirmou.
Dilma disse ainda que, no período em que esteve afastada do Palácio do Planalto, ouviu “críticas duras” a seu governo, que “erros foram cometidos” e “medidas não foram tomadas”. De maneira genérica, afirmou que “acolhe” essas críticas “com humildade e determinação”.
Pouco mais de duas horas depois do pronunciamento de Dilma, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura do inquérito contra a presidente afastada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dois ex-ministros do governo da petista, segundo fontes com acesso à investigação. Em despacho segunda-feira, o ministro autorizou a realização de diligências no caso – andamento processual que é praxe após a abertura das investigações. O caso é mantido sob extremo sigilo no STF. Em junho, Teori encaminhou de volta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido de investigação feito pelo Ministério Público. (Fonte: Diário Catarinense)
Estado terá redução de 2,62% na tarifa de energia
A expectativa de redução na tarifa de energia foi confirmada pelos diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ontem, mas foi menor do que a previsão realizada no mês passado, principalmente para consumidores residenciais. A partir da próxima segunda-feira, os catarinenses vão pagar 2,62% a menos na conta de energia residencial. Para os serviços de alta tensão – indústria e unidades comerciai
de grande porte – a queda foi de 6,25%.
O reajuste médio de 4,16% na conta energética decidido pela direção da Aneel foi comemorado pela presidência da Celesc, mas não houve consenso entre agência e concessionária sobre a projeção de eficiência para o sistema de distribuição até 2021, um dos assuntos debatidos na sessão realizada na tarde de ontem em Brasília.
Se para a indústria a diminuição na tarifa foi próxima do previsto em relatório publicado pela própria Aneel no mês passado, a redução para consumidores residenciais ficou bem abaixo do esperado. A expectativa era de – 5,07% para usuários de baixa tensão, mas ficou em 2,62%. O diretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos da Celesc, Antônio José Linhares, representou a concessionária na sessão realizada em Brasília e citou a administração da empresa mista catarinense:
– Muitos fatores influenciam no sistema de distribuição de energia. No caso da Celesc, os fatores climáticos são consideráveis, pois há uma forte incidência de tornados e ventos fortes em SC e isso afeta o sistema. Mesmo assim, a eficiência do sistema é uma das melhores do país.
Mesmo considerando os fatores externos e também a obtenção na segunda-feira de uma liminar na Justiça Federal que garantiu um alívio de R$ 256 milhões para a Celesc, o relator do processo de revisão tarifária pela Aneel, André Pepitone da Nóbrega, optou por uma redução menor para consumidores residenciais do que industriais. Todos os diretores votaram com o relator e os reajustes passam a valer a partir do dia 22.
A última vez que houve redução na tarifa foi em 2013, quando o governo federal aplicou uma revisão extraordinária e diminuiu a custas tarifárias em 19,13% em média. O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, avaliou o resultado como positivo:
– As chuvas ajudaram e a geração hídrica foi bem maior do que em anos anteriores. Esse tipo de energia é mais barata, então provoca um alívio nos custos. (Fonte: Diário Catarinense – Hyury Potter)