Florianópolis, 11.8.16 – “Em cinco anos, acumularemos valores referentes a um prêmio da Mega-Sena com a realização do exame toxicológico”, apontou o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Ari Rabaiolli. O empresário destaca o acúmulo de valores superiores à R$ 180 milhões, se considerada a necessidade de realização de, pelo menos, três testes em cinco anos para cada motorista profissional contratado por uma empresa do setor.
Esta informação foi uma das apresentadas na manhã de quarta-feira, 10 de agosto, durante palestra do presidente da Fetrancesc na Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa do Estado de SC (Alesc).
O principal questionamento de Rabaiolli, apresentado como sugestão para discussão e encaminhamentos pela Comissão, é referente à frequência com a qual precisa ser realizado o exame, além do custo e preço final. “Queremos a redução do valor e tempo para ficar pronto”, afirmou.
A duplicação de rodovias federais e estaduais que cortam SC foi outra colocação do presidente. Ele a apresentou como uma das reivindicações da Fetrancesc e frisou: “é preciso que haja um planejamento eficaz do sistema viário”.
Rabaiolli também elencou dificuldades e reivindicações da categoria. Uma delas é a criação de anéis viários nas grandes cidades e regiões metropolitanas. Também falou sobre a manutenção de rodovias; conclusão de obras acessórias ou emergenciais; e segurança. O presidente defendeu, ainda, o aumento da pena para os receptadores em caso de roubos de cargas e a fiscalização efetiva e extinção da indústria da multa.
Pontos de Parada – Uma prioridade para o motorista do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) é a instalação dos Pontos de Parada, apontou Ari Rabaiolli durante a palestra. O primeiro a ser construído no Brasil será, inclusive, no município de Santa Cecília, em SC. Só que, na avaliação do presidente da Fetrancesc, a estrutura ficará em um local não estratégico, se considerado o atendimento aos motoristas catarinenses. “Vai beneficiar mais os que trafegarem no sentido Rio Grande do Sul do que para o nosso Estado”, comentou. Por isso, pediu atenção à discussão de soluções para que o motorista possa parar em locais seguros e que ofereçam os serviços necessários, como restaurantes, locais para descanso e banheiros – para higiene pessoal.
As causas do TRC – Ari Rabaiolli aproveitou a palestra sobre o TRC para pedir atenção dos parlamentares às causas que beneficiam e melhoram as condições de trabalho e emprego da categoria. Entre os itens apontados, destacou a melhoria dos benefícios do Pró-Carga; aprovação da terceirização para a atividade fim; redução do tempo prescricional para as demandas trabalhistas; extinção dos salários mínimos regionais; revisão do cálculo das cotas de aprendizes; flexibilização do convênio com o Estado para a aplicação do ICMS em pavimentação, recapeamento e abertura de novas estradas; e regulamentação das regras de seguro de cargas.
Fonte e fotos: HA/Imprensa Fetrancesc