Florianópolis, 4.8.16 – Medidas paliativas em vez de ações permanentes. Esse é o resultado do relatório apresentado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), ontem, que analisou as rodoviais estaduais da região Meio-Oeste. O documento encomendado pela entidade analisa a situação de nove SCs, totalizando cerca de 690 quilômetros de estradas, e aponta problemas em seis delas – todas nas regiões do Contestado e do Vale do Rio do Peixe. A assessoria do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) informa que operações de recapeamento das estradas apontadas no estudo não estão previstas no orçamento deste ano.
Os dados foram elaborados pelo engenheiro Ricardo Saporiti. De acordo com a análise, com o trabalho de “tapa-buraco” as estradas construídas nos últimos cinco anos já enfrentam processos de deterioração acentuada, o que, segundo ele, contraria as necessárias obras de manutenção e conservação rotineiras. Na SC-135, por exemplo, em Porto União, a extensão de 28 quilômetros de estrada deverá ser totalmente restaurada.
– Em alguns casos, como o da SC-135, o processo de deterioração está muito avançado. O próprio governo já respondeu em debates anteriores que o orçamento para esta rodovia seria de R$ 53 milhões. O que recomendamos no final do estudo é que se faça uma análise sobre a possibilidade de concessões ou parcerias público-privadas para a manutenção de rodovias estratégicas para o Estado – afirma Saporiti.
No entanto, está em análise um projeto de licitação para recapeamento da SC-135 para o próximo ano. Mesmo a SC-355, que apresenta bom estado de conservação em trecho inaugurado este ano, teve problemas no perímetro de Lebon Régis. A assessoria de imprensa do Deinfra informou que serviços de roçado e manutenção de placas são feitos por meio das Agências de Desenvolvimento Regionais (ADRs), com verba repassada pelo departamento. Sobre recapeamento de estradas, a equipe técnica do órgão estadual respondeu que não há previsão no orçamento do Estado para licitações desse tipo de serviço nas estradas apontadas pelo estudo da Fiesc.
Impacto nos setores de agronegócio e madeira – Para Ari Rabaiolli, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), os produtores agrícolas do interior sofrem com a péssima qualidade das estradas.
– Na prática, toda cadeia produtiva é afetada com o prejuízo logístico, criado por conta das estradas ruins. Nós defendemos a concessão ou parcerias. Claro que isso significa um gasto a mais para todos, mas também economia e tranquilidade para quem está trafegando em uma rodovia bem cuidada – afirma Ari.
A Federação das Indústrias de SC também defende a privatização de algumas estradas e já encomendou estudo similar para as principais SCs do Estado – devem abranger mais de 1,6 mil quilômetros. Sobre o levantamento apresentado ontem, Mario Cezar Aguiar, presidente da Comissão de Transporte de Logística da federação, ressaltou os problemas enfrentados pelo setor madeireiro do Estado.
– As condições ruins das rodovias estaduais do Meio-Oeste representam um desafio especial para o setor madeireiro, um dos que mais gastam com logística em Santa Catarina. O transporte chega a representar 63%. Para mudar isso, só fazendo uma manutenção adequada das nossas estradas, só que o Estado está inchado, então concessões seriam uma alternativa viável – destaca Aguiar. (Fonte: Diário Catarinense)
Pista liberada no Sertão dos Corrêas
Em fase final, as obras na BR-101 em Tubarão tiveram mais um trecho liberado parcialmente para o tráfego. No viaduto de acesso ao bairro Sertão dos Corrêas, o fluxo está liberado no sentido Florianópolis-Porto Alegre em duas pistas.
A sinalização no trecho é provisória, e o limite de velocidade permanece em 60 km/h para todos os tipos de veículos. (Fonte: Diário Catarinense – Lariane Cagnini)
Céu de brigadeiro
Uma troca de mensagens entre o comandante de um voo da companhia área Latam (ex-TAM) e a torre de controle do Aeroporto de Jaguaruna, no Sul do Estado, revela o quanto uma estrutura bem administrada – no caso a RDL Aeroportos – faz a diferença na qualidade do serviço aos passageiros. “Em nome da tripulação, gostaríamos de agradecer pela estrutura impecável oferecida no aeroporto. Sem dúvida, é um dos melhores regionais do país”, disse o piloto. Jaguaruna tem apenas um voo diário para Congonhas (SP), mas os 143 lugares estão sempre ocupados.
Agora vai? – O governo do Estado começará em breve a promover visitas guiadas à ponte Hercílio Luz. A ideia é aproximar a população da estrutura e fazer com que as pessoas saibam como está o andamento da reforma. O formato das visitas ainda está sendo definido, por isso não há prazo para iniciar. O passeio será gratuito. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)
Aeroporto de São Miguel do Oeste
O furto de 300 metros de fiação de cobre do Aeroporto Helio Wassun, de São Miguel do Oeste, na noite de quarta-feira, vai impedir pousos e decolagens no período noturno até 20 de agosto, quando deve ser restabelecida a iluminação. O fato traz prejuízos para empresários da região que utilizam o local. (Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona)
Quem avisa…
Contra a flexibilização das contrapartidas exigidas aos Estados na renegociação das dívidas com a União, o deputado Edinho Bez (PMDB-SC) alertou os colegas de bancada para os riscos das finanças públicas nos próximos anos. O projeto deve ser votado na próxima semana com a retirada de algumas exigências consideradas fundamentais para o controle do crescimento da folha do funcionalismo. (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia)
Pontes: tribunal suspende pregão
O Tribunal de Contas do Estado decidiu suspender pregão do Deinfra para contratação das empresas que irão executar o projeto de recuperação das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos. Entende que a modalidade deveria ter sido de licitação e julgamento pelos critérios de melhor preço e capacidade técnica. E não por pregão.
O critério de contratação chegou a ser questionado dentro do Deinfra, que optou pelo pregão. As obras estão orçadas em R$ 37 milhões. Os projetos de restauração foram elaborados a partir de um minucioso levantamento técnico sobre as condições estruturais das duas pontes que unem a Ilha de Santa Catarina ao continente. O estudo envolveu exames criteriosos do concreto e dos ferros ali empregados. A empresa vencedora aguarda apenas a ordem de serviço para iniciar os trabalhos.
Essas informações foram dadas pelo engenheiro Wenceslau Diotallevy, coordenador das obras da ponte Hercílio Luz, durante palestra na Câmara de Transporte e Logística da Fiesc. Ele esclareceu também que a restauração vai exigir trabalhos artesanais. Defendeu uma rigorosa fiscalização na execução.
Diotallevy fez uma longa exposição técnica sobre o andamento do projeto de recuperação da ponte Hercílio Luz, os cuidados que os engenheiros e técnicos estão tendo com cada nova etapa, as preocupações com a segurança e os próximos passos, que serão decisivos, com a previsão de uso de 54 macacos hidráulicos.
As barras de olhais que serão substituídas serão fabricadas pela Usiminas. Essa decisão recente evitará que o governo tenha que importar peças vitais no projeto de restauração.
Concluída, a ponte Hercílio Luz permitirá o trânsito de 17 mil veículos diários.
Rocinha – As obras de implantação da BR-285, que integrará o Rio Grande do Sul com o Vale do Araranguá, no Sul de Santa Catarina, foram finalmente retomadas. Conhecida como estrada da Serra da Rocinha, estava com os serviços paralisados há mais de um ano. Com a mobilização política e de lideranças do Sul, o Ministério dos Transportes liberou R$ 15 milhões. O trecho catarinense tem 28 quilômetros. A estrada dinamizará o porto de Imbituba e a economia do Sul. Tem, também, relevância para o turismo estadual.
Contestado – A recuperação da SC-135, trecho Porto União-Matos Costa, vai custar mais de R$ 53 milhões aos cofres do Estado. Inaugurada há apenas 10 anos pelo então governador Luiz Henrique, a empreiteira fez um péssimo serviço e atualmente a rodovia está totalmente esburacada. Relatório do engenheiro Ricardo Saporiti na reunião da Câmara de Transporte da Fiesc revelou um cenário de absoluta precariedade das estradas estaduais na região do Contestado. O deputado Antônio Aguiar (PMDB) acompanhou a exposição do terrível relatório. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Mais acidentes
As estatísticas de atendimento dos bombeiros voluntários de Joinville mostram avanço das ocorrências em 2016, com 1,5 mil acidentes até julho, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. Em fenômeno observado em outros anos, as colisões entre carros e motos e a queda de motociclistas respondem por metade das ocorrências. Todos os dias, são quase três acidentes envolvendo carros e motos. Já os acidentes com ciclistas, ainda que respondam por uma fatia menor, cresceram acima da média, 27% na comparação com o ano passado. As batidas entre carros e bicicletas formam a terceira ocorrência de trânsito mais comum em Joinville. (Fonte: Diário Catarinense – Jefferson Saavedra)
Dragagem em licitação
O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Malta Lessa, garantiu a reabertura do edital de licitação para dragagem do canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes em outubro. O valor liberado pelo governo federal, entretanto, será mais baixo do que o previsto – a obra, antes orçada em R$ 65 milhões, terá R$ 40 milhões disponíveis. O valor era o teto que o governo poderia alcançar este ano, devido à contenção de recursos. Como a licitação só deve terminar no fim do ano, a ideia é suplementar o valor a partir de janeiro. A dragagem é necessária para retomar o calado no Itajaí-Açu. A foz está assoreada desde outubro do ano passado, quando houve cheias nas cidades do Vale. Desde então a obra é aguardada pelo trade portuário. O anúncio do edital foi feito pelo ministro durante encontro com o Fórum Parlamentar Catarinense e uma comitiva de Itajaí, liderada pelo prefeito Jandir Bellini (PP) e pelo presidente da Associação Empresarial (Acii), Eclésio da Silva, na terça-feira à noite. Durante a conversa o ministro também prometeu liberar R$ 8 milhões para as obras de realinhamento e reforço dos berços 3 e 4, que estão paradas por falta de pagamento. A primeira parcela, de R$ 4 milhões, será depositada na próxima semana.
Outro pedido dos catarinenses, entretanto, ficou sem resposta: os R$ 200 milhões que foram reservados pelo governo Dilma Rousseff (PT) para a segunda etapa das obras da nova bacia de evolução. Aparentemente, o dinheiro não não está mais garantido. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)
Cooperativismo em alta
Entre os segmentos menos afetados pela recessão está o de cooperativas. Após crescer 12,96% no ano passado e faturar R$ 27,5 bilhões, a estimativa é de crescimento da ordem de 6% este ano. O presidente da Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc), Luiz Vicente Suzin reconhece que a situação está difícil, por isso essa expansão, embora abaixo da inflação, anima. Ontem, a Ocesc reuniu cerca de 200 lideranças no Costão do Santinho para discutir o futuro do setor e aprimorar conhecimentos com palestras. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)