Dionísio Cerqueira, 22.7.16 – Parados por cinco dias, em média, à espera para a entrada em países que fazem fronteira com o Brasil por Santa Catarina, os caminhões da empresa Transporte Marvel somam prejuízos por não conseguirem cumprir sua rota em tempo hábil e, sobretudo, correm o risco de serem roubados. Este foi o desabafo feito pelo proprietário da transportadora, Lodovino Costella, que atua no translado de alimentos, ao falar sobre a greve de auditores e analistas da Receita Federal de Dionísio Cerqueira.
Estes prejuízos afetam todas as empresas que utilizam a rota de fronteira do Mercosul, segundo primeiro vice-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Dagnor Roberto Schneider. E, em protesto aos danos acarretados ao setor, empresários, caminhoneiros e moradores das cidades arredores fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira, 22 de julho, na aduana que fica na fronteira do Estado com a Argentina.
Os prejuízos, no entanto, não são apenas para as transportadoras, lembrou Schneider. Sem entrar no mérito da greve, o vice-presidente da Fetrancesc apontou que as consequências desta paralisação são refletidas diretamente na sociedade. “O tempo parado do caminhão causa danos na produtividade e eleva o custo daquilo que é transportado”, destacou.
Danos que a empresa de Lodovino Costella está sentindo desde o primeiro dia em que precisou parar os caminhões no acostamento por alguns dias, movimentando-se aos poucos até conseguir chegar na fronteira dos países. Com isso, “pode danificar a carga, que é de alimentos, e o prejuízo financeiro é do transportador, que é responsável pelo produto enquanto estiver no trajeto”.
Qualquer dia que o caminhão da Transportadora Marvel ou de qualquer outra empresa fique parado “compromete muito os resultados que já são extremamente baixos”, acrescentou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. Por isso, “apoiamos a reivindicação dos nossos empresários e motoristas e pedimos atenção ao atendimento àqueles que são responsáveis por movimentar não apenas cargas, mas a economia”.
Fonte: HA/Imprensa Fetrancesc