Tubarão, 6.7.16 – A duplicação do trecho sul da principal rodovia no estado e do país, a BR-101, deve, enfim, ser finalizada. Um trecho de cerca de um quilômetro, em Tubarão, entre as localidades do Fábio Silva, Morrotes, São João, Cruzeiro e Sertão dos Corrêas, onde estão o túnel do Morro do Formigão, a nova ponte construída no lugar da antiga (Cavalcanti) e o viaduto de acesso às duas últimas comunidades citadas, que ainda está em obras, será finalizado até o início do próximo mês. E com esta definição, e após uma vistoria prevista para daqui a 13 dias, este último trecho está com uma agenda prévia marcada para o próximo dia 5.
A confirmação foi repassada ontem pelo próprio diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Valter Casimiro Silveira, em um encontro com o presidente da Frente Parlamentar em Defesa das BRs 101 e 285, o deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB). A intenção do parlamentar na audiência com o diretor do órgão federal era buscar informações sobre o término das obras da duplicação da BR-101, em Tubarão, e sobre a pavimentação da BR-285, em Timbé do Sul, no extremo sul catarinense. Valter pretende vir a Santa Catarina no próximo dia 18, para vistoriar, juntamente com representantes da Frente Parlamentar em Defesa das BRs 101 e 285, as obras da ponte Cavalcanti, na Cidade Azul, e o acesso ao túnel do Morro do Formigão. “Estou me programando para vistoriar as obras. Se tudo ocorrer dentro do previsto, dia 5 de agosto as obras serão inauguradas com a presença do ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa”, planeja Valter.
Já são 8.420 dias de obras no trecho sul. O trecho norte do estado ganhou nova pista entre 1993 e 2003. Os primeiros operários chegaram ao ponto sul em 2005, com previsão de entrega dos trabalhos em 2009. São 220 quilômetros entre Palhoça, na Grande Florianópolis, e Osório, no Rio Grande do Sul.
Foram anos de prejuízos e de pressão pela duplicação – Além das filas, o atraso das obras de duplicação no trecho sul da BR-101 acarretou em prejuízos de até R$ 684 milhões para a economia da região. É o que apontou um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que calculou as despesas adicionais com transporte e quanto o Produto Interno Bruto (PIB) estadual foi impactado com o atraso da obra neste ano, quando a duplicação deve ser concluída integralmente no próximo mês, segundo anunciado ontem. Para Ilana Ferreira, analista de políticas de indústria da CNI, um dos grandes vilões pela morosidade foi a baixa qualidade dos projetos básicos.
Na história da obra, dezenas de representantes de entidades, instituições, imprensa e clubes de serviço abraçaram a causa Duplicação Já! O lema foi “Por amor à vida” e desencadeou o movimento que alertou sobre as centenas de mortes e o atraso no desenvolvimento dos municípios e regiões onde a rodovia ainda mantinha fluxo de pista simples. Gargalos considerados complexos, como a Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, e o Túnel do Morro do Formigão, em Tubarão, também ficaram prontos com atrasos. A primeira marcha pela duplicação percorreu 348 quilômetros em 24 dias, de 10 de março a 2 de abril de 2004, partindo de Osório (RS) com destino a Palhoça. (Fonte: Notisul – Rafael Andrade)
Duplicação para julho
As obras de duplicação no trecho sul da BR-101, incluindo a ponte sobre o rio Tubarão, devem ser entregues no final de julho. A data foi confirmada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A ponte foi prometida para ser finalizada em dezembro do ano passado, mas as constantes chuvas do fim do ano teriam atrasado os trabalhos. O novo prazo para conclusão foi estabelecido em fevereiro. Só que as empresas responsáveis pela obra pediram ainda mais tempo. A entrega foi anunciada para o fim do primeiro semestre deste ano, mas também venceu. O prazo valia também para a obra do viaduto que vai dar acesso a dois bairros de Tubarão. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias)
Dnit faz pesquisa no Vale e Litoral Norte sobre prioridades para estradas
Motoristas que trafegam pela BR-470 em Blumenau, no Vale do Itajaí, e BR-101 em Itajaí podem ser parados pelo Exército para responder a uma pesquisa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O órgão quer sugestões para definir as prioridades na gestão das rodovias federais, além de traçar o perfil dos usuários e fluxo dos veículos, segundo reportagem da RBS TV.
Perguntas – Os veículos são parados aleatoriamente. Todos estão sujeitos, de carros a caminhões. Os soldados fazem várias perguntas aos motoristas, desde informações sobre o veículo e número de passageiros até os motivos da escolha da rodovia.
O questionário também pede para o motorista sugerir, dentro da rota dele, as melhores cidades para criação de um lugar de parada obrigatória de descanso.
Faz parte da pesquisa a contagem de veículos. No sábado (2), quando começou o trabalho, passaram pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Itapema, no Litoral Norte, mais de 40 mil veículos.
Diagnóstico do tráfego – Essas informações vão ajudar o Dnit a fazer um diagnóstico de tráfego. Com os dados em mãos, vai ser mais fácil identificar os trechos mais movimentados e as necessidades de adequação das rodovias federais. A pesquisa também é fundamental, segundo o Departamento, para a execução de projetos, manutenções, construções e operações rodoviárias.
A coleta de informações vai ocorrer em quatro fases. Esta primeira vai até o fim de semana. Haverá mais uma em novembro e, posteriormente, em 2017. O trabalho é feito nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. (Fonte: G1 – Extraído do portal NTC&Logística)
Nevoeiro compromete voos em todo o Estado
Os nevoeiros que têm se formado no Estado e se estendido ao longo do dia mais uma vez geraram transtornos nos aeroportos do Estado. Ontem, pelo menos dois voos no Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, foram cancelados e um avião que havia partido de Chapecó e faria escala na Capital não teve autorização para pousar. Em Navegantes e Joinville também houve atrasos. Isso ocorre porque a visibilidade da pista fica reduzida ao ponto de não garantir a segurança do procedimento.
Alguns equipamentos auxiliam a driblar essa dificuldade. Conforme o tipo de instrumento, o nível de visibilidade necessário para decolagens e pousos pode variar. Em Florianópolis, para os voos serem autorizados é preciso haver no mínimo 550 metros de visibilidade horizontal a 60 metros de altitude no momento do pouso.
Isso significa que, até esse instante, o piloto trabalha apenas por instrumentos. A partir desse ponto limite, ele precisa ter as condições necessárias de visualização, mesmo que o pouso siga em piloto automático, para garantir a segurança do pouso. Caso essas condições não sejam atendidas pelas questões climáticas e pelos instrumentos disponíveis, o aeroporto fica fechado.
A maioria dos grandes aeroportos do país operam com o sistema de ILS, sigla em inglês para Instrument Landing System, que orienta a aeronave e o piloto em aproximação. Esse sistema é composto por equipamentos e operações que podem ser divididos em três níveis, quanto maior, mais precisão. Florianópolis trabalha no ILS categoria 1. Curitiba e Porto Alegre operam na categoria 2. Há outros sistemas que garantem a segurança dos pousos. Os aeroportos de Chapecó, Jaguaruna e Navegantes, por exemplo, usam o RNAV, que trabalha por GPS e exige uma visibilidade maior que 800 metros e altitude mínima de 120 metros.
Tempo de permanência diminui a partir de hoje – Os nevoeiros devem continuar nos próximos dias em diversas regiões, mas devem se dissipar mais cedo a partir de hoje.
— A partir desta quarta-feira uma frente fria com pancadas de chuva chega ao Estado e traz ar mais frio. Nesses próximos dias ainda há chance de nevoeiros ao amanhecer, mas o vento mais intenso deve deixá-los com menor tempo de duração — explica a meteorologista da Epagri/Ciram Marilene de Lima.
Além dos transtornos nos aeroportos, os nevoeiros também exigem atenção da navegação, tanto em portos quanto em alto mar. Quem trafega por rodovias também precisa ter cuidados pela redução da visibilidade e as ultrapassagens se tornam muito mais perigosas. A orientação da Polícia Rodoviária Federal é reduzir a velocidade, manter os faróis acesos e aumentar a distância em relação ao veículo à sua frente. (Fonte: Diário Catarinense – Erich Casagrande)
Contestado no Planalto
Deputado federal Mauro Mariani (PMDB-SC) ficou quase uma hora em audiência ontem com o presidente interino Michel Temer, no Planalto. Entre os temas, defendeu intervenção enérgica contra a burocratização do serviço público, um dos maiores entraves à recuperação do país. Nas contas de Mariani, SC tem hoje R$ 10 bilhões em investimentos parados em infraestrutura por conta da demora em licenciamentos ambientais ou liberações da ANTT, por exemplo, para rodovias, além dos portos, aeroportos e PCHs. O presidente Temer disse que esta será uma das bandeiras no seu governo antes mesmo de agosto e manifestou total apoio à tese do parlamentar catarinense. Mariani também presenteou Temer com uma obra sobre o Contestado, conflito que ontem completou 100 anos de seu término. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)
Rodovias
A situação das estradas federais em SC é deplorável. Além da falta de manutenção, o deputado Valdir Cobalchini (PMDB) criticou o colapso registrado na BR-282. Citou a imobilidade no Oeste. Para percorrer o percurso entre Xanxerê e Chapecó, com apenas 45 km, gastou mais de uma hora e meia. Condenou a ausência e omissões do DNIT. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
A educação na lanterna das prioridades, por Glauco José Côrte*
Os indicadores educacionais ruins do Brasil são reflexos da baixa relevância dada ao tema pela maior parte das lideranças públicas, mas também pelos cidadãos. Recente pesquisa da CNI confirma isso. Convidados a responder sobre suas principais preocupações, 65% dos brasileiros colocaram a corrupção como o principal problema do país, seguida das drogas (61%) e da violência (57%). A atenção inédita à corrupção é necessária e natural. Retrata a crise ética do país.
Mas é preocupante ver que a educação sequer está entre os 10 principais problemas apontados pelos brasileiros, que lembraram antes da impunidade, da saúde, da inflação, do desemprego, dos impostos, do desmatamento e da pobreza. Questionados sobre as prioridades para o governo, os participantes da pesquisa pediram primeiro para melhorar os serviços de saúde, controlar a inflação, combater a corrupção e promover a geração de empregos. Só depois destacaram a melhoria da educação.
O levantamento corrobora a percepção dos especialistas de que, apesar do baixo desempenho do ensino brasileiro, os pais estão satisfeitos com as escolas e a aprendizagem de seus filhos. A pouca qualidade da educação impede até a sociedade de perceber que o assunto é pré-requisito para avanços nas demais áreas, como saúde, combate à corrupção ou a geração de empregos.
O Movimento SC pela Educação é um grande esforço para tirar o tema da lanterna de nossas prioridades. Entre suas diversas iniciativas, está o Prêmio SC pela Educação, que encontra-se com inscrições abertas. Ele reconhece as melhores práticas, para que possam ser replicadas. Outra, é o Projeto de Voluntariado, que já envolve 1,8 mil pessoas dispostas a dedicar um pouco de seu tempo para melhorar a educação de 140 escolas inscritas no Estado.
Um dos diferenciais do movimento está em sua abrangência, envolvendo, além da Fiesc, as federações empresariais do comércio (Fecomércio), da agricultura (Faesc) e do transporte (Fetrancesc), além dos trabalhadores, da Secretaria de Educação, do Conselho Estadual de Educação e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), entre outras entidades e líderes empresariais, que trabalham para colocar o tema no topo das prioridades dos cidadãos e dos governos, por uma educação de qualidade. Como resultante, as demais preocupações serão mais facilmente superadas, começando por meio do voto consciente e da escolha de políticos éticos e preparados.
*Presidente da Fiesc (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)
Impasse das multas
Venceu em 30 de junho o convênio entre Estado e município que permitia à Guarda Municipal de Trânsito de Blumenau aplicar e cobrar multas de atribuição estadual. Ou seja, desde quinta-feira, quando um agente municipal flagrar um motorista bêbado ou um veículo com a documentação atrasada, por exemplo, ele tem que chamar a Polícia Militar para aplicar a multa. Além do tempo maior para todo o procedimento, um policial será retirado do ofício principal para executar uma ação que antes era rapidamente resolvida. Como se tivéssemos soldados sobrando, o que, sabemos, não é verdade.
Vem então a pergunta: por que o convênio não foi renovado como vem sendo há mais de uma década? Porque neste ano o Estado resolveu mudar as regras. Antes o muni
ípio administrava a receita. Do total arrecadado, 80% ficavam aqui e 20% eram divididos em partes iguais entre as polícias militar e civil, sendo que o município administrava esse dinheiro para as corporações. Agora o Estado quer diminuir para 70% a parte do município e aumentar para 30% a do Estado, sendo que a parte usada para as policias iria para um caixa comum, podendo ou não ser aplicada nas corporações da cidade. O presidente do Seterb, Carlos Lange, diz que a autarquia deixaria de arrecadar cerca de R$ 700 mil por ano. A proposta dos municípios é manter a divisão em 80% e 20%. Não há resposta por parte do governo estadual.
Ontem tentei contato com o Detran e Secretaria de Segurança Pública. Infelizmente, ninguém falou sobre o assunto. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)
De olho nas exportações
O Porto de Itajaí quer voltar a figurar na rota das exportações de veículos. A superintendência tem se reunido com executivos da BMW no Brasil para tentar transferir para a cidade as operações da fábrica, que hoje utiliza o Porto de Paranaguá, no Paraná.
Havia uma preocupação da empresa em relação aos estragos causados pelas enchentes em Itajaí e a possibilidade de inviabilizarem operações. O porto entregou recentemente à indústria um dossiê sobre a estrutura e os resultados que os investimentos em dragagem trouxeram na enchente de 2011, quando, apesar do grande volume de chuvas, os alagamentos ficaram abaixo da média. A expectativa é que os dados oficiais ajudem na negociação.
Se firmado, o acordo pode trazer um novo fôlego ao porto, que perdeu metade das linhas – e das atracações – no segundo semestre do ano passado.
A operação com veículos é conhecida como RoRo (roll on, roll off), quando a carga entra no navio sem o auxílio de outros equipamentos. Os carros são guiados para dentro da embarcação. Uma operação considerada “limpa”, por não demandar o transporte com caminhões-contêineres.
Itajaí já operou esse tipo de carga há 15 anos, quando o porto era usado para importação de veículos da Citröen para o Brasil. Mas os carros deram lugar aos contêineres.
A APM Terminals, arrendatária que opera o terminal, informou apenas que já apresentou a janela de atracações para a indústria alemã.
As certificações de segurança da empresa, que faz parte da gigante Maersk, são ponto positivo na disputa pela carga. O fato de Itajaí não ter operação de grãos também, já que em portos graneleiros o carro suja com mais facilidade.
Com Paranaguá, o acordo é de envio de 10 mil veículos ao ano para o exterior.
Em obras – O cais ideal para operar veículos em Itajaí seria o berço 3, adaptado para cargas não conteinerizadas, mas que está com as obras paralisadas por falta de recursos do governo federal. Até que o atracadouro fique pronto, os embarques da BMW – caso o negócio seja concretizado – terão que ser feitos nos berços 1 e 2, em horários com escalas especiais que não interfiram no transporte de contêineres.
O superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior, recebeu na última semana a confirmação do envio de R$ 4,8 milhões a Itajaí para a obra – praticamente metade do que o governo federal deve à empresa Serveng, responsável pelos trabalhos.
Com o dinheiro a caminho, Santos Junior negocia com a direção da empresa a retomada das obras.
Prioridade – A prioridade dos portos catarinenses nas operações de comércio exterior fez parte das tratativas da vinda da BMW para o Estado.
Paulinho Bornhausen, que respondia pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável na época, diz que sempre houve interesse mútuo de viabilizar o uso dos portos locais, mas uma série de entraves impediu que isso ocorresse no primeiro momento – inclusive a lotação dos terminais conteineiros. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)
Hora de discutir o futuro da previdência
Ainda com receita em queda, o governo interino de Michel Temer promete divulgar amanhã a meta fiscal para 2017. As projeções são de déficit de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões no ano que vem após rombo de R$ 170 bilhões este ano e outros resultados negativos anteriores. Esses números mostram o tamanho do buraco das contas da União e alertam que os brasileiros precisam encarar de frente uma das reformas mais importantes, que impactam a maioria: a da Previdência. Isto porque os gastos nessa conta não param de crescer e a crise atual já mostrou que em momentos de dificuldades o pagamento de aposentadorias e também de salários públicos não são garantidos.
O presidente Temer, caso seja confirmado na votação do impeachment em agosto, promete enviar a reforma ao Congresso em outubro. Embora reconhecido como um governo fraco popularmente, ele precisa conduzir essa discussão, levá-la para a população e viabilizar a aprovação das mudanças no Congresso, sob pena de o país sucumbir numa crise futura, com dificuldades muito maiores para os aposentados. Os riscos estão crescendo porque a nova fórmula 85/95 elevou em 52% o valor médio pago aos aposentados que a adotam.
A lista sugestões para a reforma da Previdência inclui idade mínima de 65 anos para homens e 60 para mulheres; uma nova fórmula de cobrança de contribuição de pequenos agricultores, aproximar as regras dos servidores públicos com as do INSS e proibir o acúmulo de pensão por morte tanto no setor público quanto no privado.
Considerando o que acontece no primeiro mundo, o Brasil poderia adotar a mesma idade de aposentadoria para homens e mulheres, até porque, em média, elas vivem mais.
Leilão da Busscar – A Justiça fará amanhã mais uma tentativa para leiloar a massa falida da montadora de ônibus Busscar, de Joinville, avaliada em R$ 294 milhões. Esta é a terceira tentativa e a oferta será por 49% do valor de avaliação, ou seja, R$ 144 milhões. Será a última oferta completa da empresa, o que permitirá um eventual retorno à atividade. O pregão será às 14h na sede da Associação Empresarial de Joinville (Acij). A fábrica principal de ônibus será oferecida por R$ 122,4 milhões. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Governo admite novo déficit para 2017
O governo federal deverá apresentar uma projeção de rombo nas gastos públicas para o próximo ano semelhante à de 2016. Será o quarto ano seguido de déficit primário. A definição da nova meta fiscal será anunciada até amanhã, disse ontem o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Há uma disputa entre as alas política e econômica do governo sobre o valor. Dentro do Ministério da Fazenda, técnicos gostariam que o déficit fosse de no máximo R$ 150 bilhões, mas isso depende das projeções de receitas para 2017 que a Receita Federal está realizando. A Casa Civil chegou a dizer que o ideal seria repetir a mesma meta deste ano, de R$ 170,5 bilhões, mas a equipe econômica quer um número menor. Um valor intermediário está em discussão, de R$ 160 bilhões.
Meirelles disse que a meta fiscal será a “menor possível”, além de “realista” e “crível”. Ele reconheceu ainda que o governo interino avalia o aumento de impostos para fixar um déficit no próximo ano abaixo do de 2016:
– Estamos concluindo os cálculos e certamente deveremos anunciar até quinta-feira as conclusão deles. Estamos fazendo os cálculos visando anunciar uma meta menor possível, mas realista e crível.
O ministro minimizou as divergências dentro do governo e disse que a equipe política tem o direito de manifestar a sua opinião. Para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, repetir os R$ 170,5 bilhões deste ano seria um sinal positivo para o mercado financeiro.
Para determinar a nova meta, o governo está fechando medidas de aumento de receita. Além de ajustes em tributos existentes, a equipe econômica conta com o programa de concessões e privatizações para arrecadar, em 2017, de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões. Na lista do que pode render recursos no ano que vem está o leilão de campos do petróleo do pré-sal de áreas que podem ser unitizadas. São aquelas áreas próximas a campos já leiloados e que podem ser unificadas.
Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, “o que precisamos é apresentar uma programação fiscal que seja extremamente clara, transparente, e que traga credibilidade”:
– É preciso que não haja nenhuma dúvida de que o que for apresentado é uma meta realista, factível e traga para os agentes econômicos, não só o mercado financeiro, mas investidores e industriais, a certeza de que o país tem uma programação fiscal saudável e terá, no longo prazo, uma trajetória de dívida estabilizada. (Fonte: Diário Catarinense)
Funcionários da Infraero planejam paralisação durante a Olimpíada
A tentativa do governo interino de mudar a configuração da Infraero causou uma revolta de técnicos da estatal, que planejam, em represália, paralisações durante a Olimpíada do Rio, que acontecerá entre 5 e 21 de agosto. Na terça-feira, o presidente da empresa, Antônio Claret, convocou uma reunião com toda a diretoria e, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, pediu a todos os diretores que deixassem os cargos.
Indicado pelo PR, Claret sinalizou a integrantes da diretoria que eles seriam substituídos por pessoas apontadas pelo partido. Porém, ouviu que os executivos não deixariam os postos e que o assunto teria de ser levado ao conselho de administração. Os técnicos temem que a mudança leve a nomeações políticas para comandar os aeroportos mais importantes do país.
O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, também do PR, enviou, na terça, ao conselho de administração pelo menos quatro ofícios, a que O GLOBO teve acesso, em que pedia explicitamente a exoneração de quatro diretores. No encontro extraordinário, realizado na manhã de terça, Claret teria dito que, por ordem do Palácio do Planalto, todos os diretores deveriam renunciar. Ele teria justificado a troca como uma questão política.
— A renúncia coletiva era para que ficasse mais elegante para que o partido dele, o PR, nomeasse os diretores, promovendo uma verticalização da Infraero, ou seja, um aparelhamento. Todos os diretores se recusaram a renunciar, por discordarem desse método — contou um dos presentes, sob a condição de anonimato. — Ele (Claret) disse que agora se complicou, pois se comprometeu com o PR a liberar todas as diretorias.
Segundo essa fonte, esse movimento ocorre não só por um simples aparelhamento. A intenção seria retirar todos os técnicos contrários a uma mudança no estatuto da Infraero. Sem resistência interna, seria mais fácil alterar um item do regulamento que impede a nomeação de pessoas que não são reconhecidas como técnicas do setor para dirigir os aeroportos.
— Para mudar o estatuto, há necessidade de haver maioria da diretoria, e nenhum diretor votaria a favor das indicações políticas. Logo, destituir a diretoria é muito importante para esse passo — frisou um executivo da empresa.
Alguns técnicos começaram a pressionar o Planalto para que não haja mudança na equipe. Algumas diretorias são consideradas estratégicas como as áreas de engenharia, comercial e de publicidade.
Com a recusa dos diretores, Claret terá de submeter a demissão dos executivos ao conselho de administração. Caso consiga mudar a diretoria, os técnicos prometem um estardalhaço durante os Jogos Olímpicos.
— Vamos ter problemas com a Olimpíada. O corpo técnico das áreas de segurança, navegação aérea e comercial indicou insatisfação com esse cenário — garantiu um funcionário.
A Infraero disse, em nota, que “a mudança de comando de diretorias é procedimento comum em trocas de gestão, e o objetivo é adequar administrativamente a empresa aos parâmetros do novo governo”.
Claret assumiu o posto há pouco mais de um mês. Na terça-feira, segundo fontes do PR, ele teria se reunido com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e outros parlamentares. No encontro, ele teria sido orientado a mudar toda a diretoria.
Capital será aberto – A disputa de poder ocorre num momento crucial em que o governo abrirá o capital dos aeroportos Santos Dumont e Congonhas, que formam uma das dez ponte aéreas mais frequentadas do mundo. Pelos planos, a Infraero poderá se desfazer de até 49% da participação nesses dois aeroportos, considerados as joias da coroa da rede aeroportuária brasileira, sob o controle da União. A entrada do sócio privado no negócio é a aposta do presidente interino, Michel Temer, para fazer a Infraero voltar a dar lucro e agregar novas tecnologias que aumentem a eficiência e a qualidade do serviço aos usuários. (Fonte: O Globo)
Inflação para famílias com renda mais baixa é de 9,52% em 12 meses
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação dos preços da cesta de compras para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,57% em junho deste ano. A taxa é menor que a de maio (0,84%), segundo dados divulgados hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IPC-C1 acumula 5,28% no ano e 9,52% em 12 meses. As taxas registradas para famílias com renda até 2,5 salários mínimos são superiores
à inflação média para todas as faixas de renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR).
Em junho deste ano, o IPC-BR teve taxa de 0,26%. Já no acumulado de 12 meses, o IPC-BR ficou em 8,54%.
A queda do IPC-C1 na passagem de maio para junho foi provocada por recuos em cinco das oito classes de despesa que compõem o índice: saúde e cuidados pessoais (a taxa passou de 1,71% em maio para 0,38% em junho), despesas diversas (de 4,31% para 0,40%), habitação (de 1,18% para 0,90%), vestuário (de 0,48% para 0,33%) e comunicação (de 0,22% para 0,18%).
Por outro lado, três grupos tiveram alta: alimentação (de 0,53% para 0,68%), transportes (de -0,40% para -0,01%) e educação, leitura e recreação (de 0,16% para 0,50%). (Fonte: Agência Brasil – Extraído do portal Aqui Acontece)