Motoristas passam pela experiência de ser passageiros com deficiências em curso do SEST SENAT Concórdia

Motoristas passam pela experiência de ser passageiros com deficiências em curso do SEST SENAT Concórdia

Concórdia, 24.5.16 – A empatia, se colocar no lugar do outro, foi o enfoque do curso para Condutor de Transporte de Passageiros com Necessidade Especiais ministrado pelo SEST SENAT Concórdia aos profissionais da concessionária do serviço na cidade Hodierna. Durante dois sábados, 14 e 21 de maio, foram treinados 40 motoristas da empresa com aulas teóricas e práticas sobre a locomoção, no transporte coletivo, de pessoas com deficiências físicas e visual. No treinamento o foco foi no relacionamento do motorista com esses usuários, disse um dos três instrutores da qualificação, Luís Antônio Lizzi.
Por isso, enfatizou Lizzi, durante a capacitação todos passaram pela experiência de ser portar como uma pessoa com necessidades especiais. Usaram cadeira de rodas ou muletas ou vendas para embarcar e desembarcar do ônibus, sentar e levantar e se locomover tanto no interior do veículo como fora dele. “Muitos não tinham a noção das dificuldades que o passageiro enfrenta para poder usar o transporte coletivo. Não achavam que era tão difícil essa locomoção, por isso ressaltamos que é preciso a empatia para atuar nessa função”, afirmou Lizzi.
Vimos na pele o quanto é difícil ser passageiro com deficiência física ou visual”, disse o motorista, Evandro Francisco Vieira, que experimentou usar o transporte coletivo com vendas, durante o curso. “É uma sensação nada boa, porque o motorista freava bruscamente ou caía no acostamento e o cego não tem o controle dessa movimentação. Hoje encontrei o motorista que dirigiu o ônibus e disse a ele que precisa fazer um curso”, lembra ele em tom de brincadeira. Mas depois falou sério e afirmou que a capacitação mostrou que não tinha a noção de que acontece lá atrás (com o passageiro).
Os motoristas aprenderam como é a melhor forma, com segurança, para embarcar e desembarcar um passageiro com cadeira de rodas, com ou sem elevação na porta do ônibus como estacionar o ônibus quando tem calçada adequada ou não. “Muitas vezes a própria estrutura não comporta o uso da cadeira de rodas tanto no ônibus como no local de parada e na rua.  Ele precisa pedir ajudar para atender o passageiro”, defende Lizzi. E essa é a questão importante, a prioridade é atender o passageiro com necessidade especial”.
Vieira, que é motorista profissional há 21 anos, sendo sete na empresa de transporte coletivo, acredita que o treinamento, apesar de ser uma cidade que não tem tanta correria, mostrou que “tem muita coisa a ser mudada, ter mais paciência, mais consideração e é possível ajudar, mesmo que precise de alguns minutinhos a mais para o embarque e desembarque.
Vieira aprendeu a ajudar um deficiente visual a embarcar e a desembarcar. Basta colocar a mão no seu braço ou no ombro e orientá-lo sobre os degraus, esquerda ou direita, sentar, levantar e outras dicas.
No ano passado, a empresa havia oferecido aos seus motoristas, um curso de direção defensiva, que é o motorista dirigir o seu veículo com segurança e dentro das leis e estar atento aos demais motoristas, aos ciclistas, pedestres e motociclistas, para evitar acidentes. Neste ano, o SEST SENAT Concórdia sugeriu esse curso, porque há uma grande demanda de usuários com algum tipo de deficiência. Além de Lizzi, participaram os instrutores Márcia Psendziuk e Diego Alan Ceccatto.

Fonte: JP/Imprensa Fetrancesc/SEST SENAT

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