Clipping Imprensa – Filas quilométricas na BR-101 em Biguaçu

Clipping Imprensa – Filas quilométricas na BR-101 em Biguaçu

Biguaçu, 14.3.16 – As obras de reestruturação da ponte sobre o rio São Miguel, no quilômetro 188 da BR-101, em Biguaçu, têm gerado filas de até 17 quilômetros e atraso de duas horas a quem precisa passar pelo trecho em horário de pico. A reforma começou na terça-feira e tem previsão de 60 dias para ficar pronta. Mas até lá, medidas precisarão ser tomadas para aliviar o tráfego. A primeira, anunciada na sexta-feira pelo gerente de operações, Fernando Luz, é a derrubada da mureta central de concreto. Assim, quem vem de Joinville a Florianópolis terá a pista da direita livre e a esquerda com acesso a um desvio pela pista contrária. No sentido norte, será liberado o acostamento para o trânsito fluir em duas faixas.
O inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Luiz Graziano, afirma que não há muito o que fazer, já que a ponte é antiga e precisa de reparos e há apenas uma faixa para que os carros passem. A orientação é que, quem puder, se programe para sair de casa fora do horário de pico, das 8h às 10h. As informações são da repórter Mônica Foltran. (Fonte: Diário Catarinense – Mônica Jorge)

O que mudou na Dona Francisca

A curva da Serra Dona Francisca, em Joinville, palco da maior tragédia rodoviária da história de Santa Catarina, que completa um ano nesta segunda-feira, está florida, bem sinalizada e protegida com um guardrail de mais de 10 metros. Essas são algumas das principais mudanças desde o acidente que matou 51 pessoas e deixou outras oito feridas.
Logo depois do acidente, entidades joinvilenses como a Acij, a CDL e a Ajorpeme se mobilizaram para discutir e sugerir melhorias na rodovia. O governo do Estado providenciou um estudo detalhado dos trechos mais perigosos e das ações que poderiam melhorar a segurança da rodovia. Discutiu-se a criação de áreas de escape nas principais descidas, como a que existe na BR-376, entre Joinville e Curitiba; a abertura de mais pistas onde fosse possível, o que ajudaria na ultrapassagem a caminhões pesados e lentos que descem e sobem a estrada todos os dias; e até a proibição do trânsito de veículos pesados, com cargas perigosas e de passageiros pela Dona Francisca.
Mas nenhuma das medidas foi colocada em prática. Estudos técnicos demonstraram que não há muito o que fazer para mudar o traçado ou amenizar os pontos mais críticos da rodovia. Seriam obras muito caras ou de complicados arranjos de engenharia. Como abrir uma pista ou uma área de escape numa montanha de pedras, vegetação fechada e de preservação ambiental? Como garantir lá nas curvas do alto da serra a mesma ou similar segurança que tem o motorista que está trafegando numa reta, no plano?

Trecho mais crítico recebeu melhorias – Um ano depois, o resultado prático das melhorias no trecho mais crítico da rodovia – entre Pirabeiraba, na zona rural de Joinville, e a entrada de Campo Alegre, onde a serra já é menos acentuada – pode ser resumido em cinco pontos: as sinalizações horizontal e vertical foram reforçadas; os postes danificados ou luzes queimadas foram substituídos; a drenagem foi melhorada em todos os trechos; a vegetação que impede a visão de placas e pontos cegos da rodovia tem sido removida periodicamente; e guardrails foram instalados nos pontos mais perigosos, inclusive no local do acidente.

51 – Foi o número de mortes causado pelo acidente com o ônibus da Costa & Mar. Entre os mortos estavam 11 crianças.

“Melhorou muito a fiscalização. Ela também funciona como uma medida preventiva de grandes acidentes e tragédias.”
Antônio Edival Pereira – Coordenador da Defesa Civil no Norte de SC

“Agora é que estamos voltando ao normal, um pouco.”
Rogério Artmann – Agricultor cuja propriedade serviu de apoio no socorro às vítimas

“Eu vi o ônibus, mas não queria ter visto… É muito triste a gente lembrar das pessoas que morreram lá.”
Elis Cristina Mazur – Sobrevivente

Sobreviventes
“É difícil, claro. Mas tem que tocar a vida”

Um ano depois do acidente, a jovem Elis Cristina Mazur, 21 anos, já fez três cirurgias, carrega um pino de metal no ombro, sente dores quase o tempo todo nas pernas e, o que lhe causa maior tristeza, perdeu o movimento dos dedos da mão esquerda. Faz fisioterapia pelo SUS e recebeu alta recentemente da psicoterapia. Ela viajava com o marido, a mãe e dois sobrinhos. Todos morreram.
Desde o acidente, Elis passou uma única vez pela Serra Dona Francisca. Mas pediu para não parar o carro.
– Eu vi o ônibus, mas não queria ter visto. Passei só uma vez no local do acidente. É muito triste a gente lembrar das pessoas que morreram lá.

Estrutura – Melhorias físicas e na fiscalização

Para o homem que liderou o salvamento na serra, o coordenador de Defesa Civil do Norte do Estado, Antônio Edival Pereira, há uma série de melhorias físicas na rodovia que são visíveis, mas dois novos comportamentos de prevenção não podem ser vistos: 1) a formação de um grupo de respostas que mantém uma série de ações coordenadas; e 2) o maior rigor na fiscalização, especialmente de cargas perigosas.
Segundo Edival, hoje há uma estrutura gigantesca montada para atuar em qualquer situação de emergência.
– Foi uma tragédia que deixou uma aprendizado muito grande. Hoje, estamos mais bem preparados – diz Edival.

Homenagem – Cerimônia vai unir dois Estados
O acidente será lembrado neste sábado, com uma cerimônia reunindo sobreviventes e as populações de Porto União (SC), no Planalto Norte, e União da Vitória (PR). A celebração será na antiga estação ferroviária, às 9h30min, e foi organizada pelo Fórum Itinerante Afrorreligioso e pelas prefeituras dos municípios, de onde saíram as vítimas no ano passado rumo ao litoral, onde participariam de um encontro de umbanda.
O encontro também servirá para que os participantes possam conversar e refletir sobre a morte. Integrantes da Federação de Umbanda, Candomblé e Angola (Fuca) palestrarão sobre Morte, desencarnação coletiva e reencarnação.

O ônibus – Pedaços retorcidos de uma história de dor
A pouco mais de 40 quilômetros de onde ocorreu o acidente, uma enorme lona branca ao lado do posto da Polícia Rodoviária Estadual esconde os restos do ônibus da empresa Costa & Mar. Maria Gaias, mulher do motorista e dono da empresa Costa & Mar, Cérgio Antônio da Costa, não consegue sequer regularizar a documentação da empresa. Ela perdeu o marido e o filho de 12 anos no acidente.
Maria Gaias recebeu uma série de notificações ambientais, judiciais e de trânsito, mas como ela não era sócia da empresa, não consegue nem responder juridicamente pelas consequências do acidente. Ela contratou um advogado para acompanhar os passos do processo. (Fonte: Diário Catarinense /AN – Leandro Junges)

Concessões de infraestrutura não mudam com cena política, diz ministro do Planejamento

O ministro do Planejamento, Valdir Simão, disse nesta quinta-feira à Reuters que o cronograma de concessões de infraestrutura este ano não será alterado, mesmo com a piora no cenário político nos últimos dias, e argumentou que investidores estrangeiros continuam interessados no Brasil.
“Nós temos um histórico de respeito aos contratos e, portanto, há sempre o interesse de investidores nesses leilões”, afirmou ele, sem dar detalhes sobre as empresas que estariam de olho nas concessões.
Estão previstas para este ano as concessões de alguns portos e rodovias, além dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis e ao menos uma ferrovia.
O ministro afirmou ainda que não deverá emperrar o andamento dos leilões eventual demora na conclusão de acordos de leniência por empresas envolvidas na Lava Jato, muitas delas que atuam em concessões de infraestrutura como sócias ou responsáveis por obras.
Simão era chefe da Controladoria Geral da União (CGU), responsável pelos acordos de leniência, antes de assumir o Ministério do Planejamento em dezembro.
Com acordos de leniência, a expectativa é que empresas envolvidas na Lava Jato voltem a participar de licitações, movimentando o setor de infraestrutura, fortemente impactado pelo escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.
“Independentemente da conclusão de um acordo (de leniência) ou de se chegar à conclusão que o acordo não é viável, o processo de concessão terá interessados. Existem vários grupos que têm manifestado interesse no processo de concessão”, afirmou.
Questionado sobre a reação positiva dos mercados às notícias envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, no fim da semana passada, o ministro do Planejamento disse que tem de se concentrar no “investidor real”.
“Não tenho que dar recado para especuladores. Tenho que dar recado para o investidor real, que vem para cá, claro, para ganhar dinheiro, mas para gerar emprego, gerar renda e contribuir para o desenvolvimento de nossa economia”, disse o ministro.
Os mercados financeiros têm reagido positivamente aos desdobramentos da Lava Jato, sob o argumento de que isso aumenta as chances de eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. (Fonte: Reuters Brasil – Marcela Ayres e Alonso Soto)

IPVA isento

Santa Catarina registrou 3.450 roubos de veículos em 2015, um aumento de 74% em comparação a 2011. Mas o que pouca gente sabe é que o proprietário do veículo “subtraído” tem direito à isenção do IPVA, segundo defende a advogada especialista em tributos Luana Tomasi. Ela explica que basta informar a ocorrência junto ao Detran para o recálculo proporcional da taxa. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)

Navio itajaiense

O Estaleiro Oceana fez esta semana o batismo da embarcação CBO Oceana, o primeiro Platform Supply Vessel (PSV 4500) – navio de suprimento para plataformas de petróleo – construído pela empresa em Itajaí. A embarcação, que vai operar para a Petrobras na Bacia de Santos, levou dois anos para ficar pronta e recebeu incentivos dos governos federal, estadual e municipal, com financiamento do Fundo de Marinha Mercante.
O navio é um dos PSVs contratados pela Petrobras na sexta rodada de licitações do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam). O investimento não foi divulgado.
O Oceana faz parte do grupo de navegação brasileiro CBO, que também mantém um estaleiro no Rio de Janeiro (RJ). A empresa chegou a Itajaí em 2013, quando a região entrou na rota dos investimentos impulsionados pelo pré-sal. Muito antes de a Operação Lava-Jato ter provocado a crise na construção naval.
Somando mais sete embarcações em construção, o estaleiro parece ter passado pela turbulência em mar de almirante. Mantém, hoje, cerca de mil funcionários em Itajaí e contratos até 2018. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)

Planos para o aeroporto

Uma cerca nova, a retirada de uma antena de rádio nos arredores, melhorias no sistema de drenagem, corte de árvores na cabeceira Norte e um sistema de sinalização que permite pousos e decolagens à noite. Foram essas as prioridades elencadas para o Aeroporto Quero-Quero na reunião de sexta-feira entre empresários, representantes do Seterb e o diretor de Transportes da Secretaria de Estado de Infraestrutura, José Carlos Muller Filho, que concordou com o pedido. A relação será agora levada para o governador Raimundo Colombo na esperança de que o governo ajude.
Na reunião também foi defendida a necessidade de desvio da Rodovia Guilherme Jensen, ou Rua Dr. Pedro Zimmermann, o que possibilitaria no futuro a ampliação da pista do aeroporto e, quem sabe, o retorno das operações comerciais. O anseio deve ser levado à prefeitura para que inclua o desvio no projeto de reurbanização do corredor Norte, que faz parte do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Blumenau no BID.
Pelo visto, os empresários se esqueceram de que na audiência pública do Plano de Mobilidade Urbana do ano passado ficou definido que a vocação do aeroporto é para a aviação executiva, e não comercial. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)

Interesse da Infraero

O pedido de renovação do contrato com a Infraero para a administração do Aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha, foi encaminhado nesta semana pelo secretário de Articulação Nacional, Acélio Casagrande, em Brasília. Segundo a assessoria de Casagrande, a empresa alega prejuízos em operar no Sul e o governo do Estado estaria bancando essa diferença. A Infraero tem interesse em expandir a atuação no Estado e a alternativa seria viabilizar que a empresa pública assuma aeroportos que darão mais retorno, como o de Chapecó e de Correia Pinto, para, em contrapartida, continuar operando em Forquilhinha. Uma equipe da Infraero fará estudos durante as próximas semanas e vai elaborar propostas para cada aeroporto.

União da região Sul – Os presidentes das Associações Empresariais da região de Tubarão vêm se reunindo para discutir as prioridades da região pelo desenvolvimento. Em pauta: conclusão da BR-101, terminal de cargas do Aeroporto Regional Sul Humberto Bortoluzzi, construção da Ferrovia Litorânea, Segurança Pública e Roteiro Turístico Serramar. Os encontros de trabalho acontecem mensalmente nos municípios das ACI´s envolvidas (Braço do Norte, Garopaba, Imbituba, Jagua
una, Laguna, Rio Fortuna e Tubarão). Os próximos encontros estão agendados para 13 de abril, em Braço do Norte, 17 de maio em Garopaba e 20 de junho em Rio Fortuna. Em Tubarão, a reunião é dia 19 de outubro.

Números que preocupam – Em apenas um ano, a quantidade de homicídios e roubo de veículos mais do que dobrou em Criciúma. De 38 assassinatos em 2014, a cidade registrou 61 no ano passado. Os roubos de carros subiram de 87, em 2014, para 140 registros no ano passado. O sindicato dos policiais civis critica a falta de estrutura e a diminuição do efetivo para agilizar as investigações. Criciúma tem hoje 71 policiais civis – o ideal seria 204 policiais segundo uma lei estadual de 2009. As 100 câmeras de monitoramento prometidas para ajudar a PM também são aguardadas. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira garantiu que até amanhã começa a instalação de parte dos equipamentos. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias)

Corredor de ônibus parado

Segundo informação do sistema de acompanhamento de investimentos do Estado, a segunda etapa do corredor de ônibus da rua Nove de Março está em andamento, com prazo contratual de entrega no próximo domingo. Porém, como se sabe, a obra no Centro de Joinville parou no fim de setembro, logo após começar, para readequações no projeto. O corredor teve a licitação concluída em março de 2013 e não precisa de desapropriações. O trânsito de ônibus de cinco ruas da área central da cidade do Norte do Estado vai se concentrar nessa via – que será, depois da obra, o acesso de entrada e saída do terminal central.

Homem é resgatado na mata após cinco dias – Um dos ocupantes de um carro que capotou e caiu em uma ribanceira de aproximadamente 300 metros no último domingo, no Morro das Antenas, em Jaraguá do Sul, foi localizado nesta sexta-feira. Jeferson Clayton de Melo, de 28 anos, ficou cinco dias perdido na mata e foi encontrado após pedir ajuda em uma casa no bairro Águas Claras. Ele sobreviveu durante esse tempo todo porque se alimentou de mato e cascas de árvores e bebeu água da chuva.
Jeferson era uma das cinco pessoas que estavam no veículo que capotou, um Chevrolet Celta. Os outros quatro ocupantes que estavam com ele no carro saíram ilesos do acidente e foram resgatados. Jeferson disse que resolveu retornar ao veículo após o acidente para pegar alguns documentos, no caminho ele caiu e bateu a cabeça, quando acordou estava no escuro e desorientado. (Fonte: Diário Catarinense – Jefferson Saavedra)

Pedalada

Após 50 anos de adequação dos espaços públicos para o transporte individual motorizado, estamos descobrindo que, a persistir essa desconsideração com a bicicleta, o país continuará batendo recordes mundiais em mortes de ciclistas no trânsito. Prova disso são os sucessivos acidentes nas estradas da Ilha e adjacências. A constatação é do francês Clément Vialle, hoje uma das principais referências em mobilidade urbana sustentável, e que vem revolucionando os sistemas urbanos com a implantação de áreas de segurança para ciclistas em cidades brasileiras. Vialle conhece bem a Ilha, onde residiu anos atrás, e é taxativo ao afirmar que já se sabia há quase 10 anos que a ciclofaixa da SC-401 é inadequada para segurança dos ciclistas.
– Destaca-se também que, em caso de atropelamento com velocidade dos veículos maior de que 60 km/h, a chance do pedestre ou ciclista sobreviver é nula – frisa.
Engenheiro em Sistemas Urbanos, mestre em Engenharia Ambiental Urbana e professor de Urbanismo, ele diz à coluna que cabe ao poder público garantir segurança aos ciclistas. Bicicleta e automóveis podem conviver muito bem, mas para isso são necessários reais cuidados: quanto maior a velocidade na estrada, maior deve ser o afastamento e proteção dos espaços para ciclistas e pedestres. A tendência de valorização do uso da bicicleta como meio de transporte é mundial e o Brasil terá que se adequar. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)

Fiscal cidadão, por Fúlvio Brasil Rosar Neto*

O gestor público deve planejar, conhecer e utilizar novas ferramentas buscando a plena sintonia com seu público alvo, além de aprender com as próprias particularidades de seu tempo. O Departamento de Transportes e Terminais (Deter-SC) tem de, entre suas atribuições, regular e fiscalizar o sistema de transporte intermunicipal de passageiros que compreende os 295 municípios integrados pelas linhas de ônibus que transportam aproximadamente 90 milhões de pessoas/ano, rodando 1 milhão de km/dia.
Somos destaque nacional, pois Santa Catarina possui o menor índice de transporte clandestino do Brasil, fruto do trabalho intenso e aguerrido de nossos fiscais. Com o objetivo de melhorarmos ainda mais, para inovar e atingir novos objetivos, estamos implantando uma nova ferramenta, o Fiscal Cidadão. Trata-se de um projeto- piloto que visa disponibilizar aos seus usuários uma tecnologia ágil e dinâmica, capaz de propiciar e fomentar maior participação e cooperação entre os stakeholders na estrutura do transporte intermunicipal, quais sejam: empresas transportadoras, órgão regulador do serviço e primordialmente as pessoas transportadas.
Os usuários poderão baixar gratuitamente o aplicativo Fiscal Cidadão Deter nas lojas virtuais oficiais (Play Store e Apple Store). Após instalar, é possível realizar denúncias ou reclamações, sobre quaisquer aspectos que englobem as condições do veículo, segurança, comportamento de colaboradores, bem como da operação do serviço em si.
Portanto, nossa missão é a de proporcionar qualidade, serviços adequados e transparência para que o sistema cumpra sua finalidade de oferecer aos transportados um canal direto que potencialize a sua participação. Assim, poderemos direcionar as ações fiscalizatórias e operacionais de maneira a tornar o transporte intermunicipal ainda mais eficiente, confortável e seguro, permitindo alcançar maiores mudanças através de aplicações de políticas públicas responsáveis e que gerem reais efeitos.
*Presidente do Deter-SC – Florianópolis (Fonte: Diário Catarinense – Artigos)

Impeachment será acelerado

O efeito imediato das manifestações deste domingo será dentro do Congresso, acelerando o processo de impeachment. Já há quem aposte que, depois do tamanho dos protestos contra a presidente Dilma, o processo esteja concluído na Câmara e no Senado em no máximo 60 dias. A aliados do PMDB, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirma que coloca o plenário para votar em 40 dias. É dessa pressa que o governo tem medo. A insatisfação tomou conta das ruas, alimentada pelas últimas notícias envolvendo o presidente Lula. Além da indignação com os atos de corrupção, há também o quadro econômico. Enquanto sobe a inflação e aumenta o desemprego, o governo Dilma não consegue reagir. A única novidade apresentada dos últimos dias foi a possibilidade de transformar Lula em ministro. Quem já estava descontente, ficou indignado. Para completar, as manifestações ocorreram em um momento crucial, para Dilma, às vésperas do julgamento no STF dos embargos do rito do impeachment. Na noite de ontem, Dilma reuniu 10 ministros para avaliar os próximos passos. A prova de que o governo está sem rumo é que ainda havia petista defendendo que a saída é colocar Lula em um ministério dentro do Palácio do Planalto. Será o abraço dos afogados.
E o futuro? – Os tucanos Geraldo Alckmin e Aécio Neves foram vaiados. Michel Temer não empolga. Se houver o impeachment, qual liderança política vai emergir da crise? No fim, não pegou bem esse exército de deputados e senadores que resolveu tirar uma casquinha das manifestações.
Fora do barco – Depois das manifestações, integrantes da cúpula do PMDB já consideram resolver sobre o desembarque do governo antes de 30 dias. Esse foi o prazo determinado na Convenção do partido. No encontro, nenhum ministro peemedebista defendeu o governo. Aliás, já tem ministro se preparando para limpar as gavetas.
Língua solta – Quando os presidentes Eduardo Cunha (Câmara), Renan Calheiros (Senado), o vice-presidente, Michel Temer, e José Sarney subiram no palanque da Convenção, um peemedebista protestou em alto e bom som: – Aí é todo mundo ladrão! (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia)

Procissões pelo Brasil

Há algo de “fluvial” na multidão em protesto, transportando sua manifestação multicolorida em direção ao mar dos inconformados com o governo e sua desastrosa gestão.
Enganam-se os que pretendem reduzir a tragédia brasileira a uma canhestra questão ideológica: esquerda x direita. Coxinhas contra Mortadelas. Ou a direita bem nutrida contra os radicais em defesa de uma boquinha.
Ninguém é contra, de graça, a um governo minimamente competente. Como o de Lula em seu primeiro mandato. O mar de insatisfação cresceu com o binômio péssima gestão mais corrupção, desaguando nos protestos de ontem, apoiando a mudança constitucional do governo.
A democracia representativa, como hoje a conhecemos, padece de grave crise. Os cidadãos de bem já não se sentem representados por transgressores que exercem um mandato para melhorar a própria vida, criando privilégios e cometendo patrimonialismos. Mas é a democracia que temos e que devemos aperfeiçoar, votando melhor e com mais critério, via voto distrital.
Impeachment com rito aprovado pelo STF – cujos ministros, em sua maioria, foram nomeados pelo partido no poder – e com o suporte popular, não pode ser golpe.
Golpe é mudar o regime num “jantar” de cartolas, muitos dos quais com contas a ajustar na Lava-Jato. Mudar o presidencialismo – ainda que manco – para um bizarro semipresidencialismo ou semiparlamentarismo, é mero acordo para salvar pescoços. Por ele, Dilma seria promovida a “rainha” e ficaria no posto, sem poderes. Os botões do controle executivo ficariam por conta dessa coalizão oportunista da qual é eterno porta-voz o PMDB, capaz de trair governos em que detém sete ministérios e uma vice-presidência…
Melhor seria um presidencialismo mitigado por um “referendo revogatório”, o “recall”, direito pelo qual ao mesmo povo que elegeu seria dado o direito de “deseleger”, em caso de gestão altamente temerária, tecnicamente desastrosa ou eticamente criminosa.
Corrupção não tem ideologia. É uma doença. Como a dengue ou o zika vírus.
Sua percepção – e a necessidade de erradicá-la – é hoje uma unanimidade nacional. Até o Senhor dos Passos concordou, com sua hierática presença nas ruas, ontem, representando todos os brasileiros numa espécie de Calvário redentor. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)

Um passo a mais para o impeachment

Independentemente dos cálculos sobre a quantidade de pessoas que participaram diretamente das manifestações de ontem em centenas de cidades brasileiras, incluindo todas as capitais, não pode haver dúvida de que foi a indignação com a corrupção e com os erros do governo que encheu as ruas e praças do país. As multidões que vestiram verde e amarelo para protestar neste segundo domingo de março manifestaram-se inequivocamente contra a permanência da presidente Dilma Rousseff no comando do país, contra a hegemonia do PT e de seus aliados na política nacional e a favor do juiz Sergio Moro e da Operação Lava-Jato.
Foi, acima de tudo, um aval explícito e sonoro de parcela da população brasileira para o processo de impeachment que já está em andamento no Congresso e que terá seu rito definido pelo Supremo Tribunal Federal ainda nesta semana. A manifestação de ontem, somada à posição adotada pelo PMDB na convenção nacional do último sábado, fragiliza ainda mais o apoio da presidente no Congresso Nacional. O partido do vice-presidente Michel Temer, como se sabe, proibiu seus filiados de assumirem novos cargos no governo nos próximos 30 dias e decidiu adotar uma posição de independência no parlamento, enquanto decide se rompe ou não com o governo.
O impasse político é grave e delicado. Embora o Congresso seja extremamente sensível à pressão popular, não há como ignorar que pelo menos 22 deputados e 12 senadores já foram denunciados pelo procurador-geral da República como beneficiários das irregularidades apuradas na Operação Lava-Jato. Além disso, é preciso considerar que os substitutos imediatos da presidente, em caso de afastamento, seriam seu vice – que também pode ser cassado junto com ela pelo Tribunal Superior Eleitoral – ou o encrencado presidente da Câmara – igualmente alvo de processo de cassação.
Mas os problemas da democracia sempre podem ser resolvidos com mais democracia. Assim como as manifestações de ontem foram realizadas de forma ordeira e pacífica, também há espaço para a busca de soluções constitucionais para a crise. Ainda que, pelas pesquisas, o impeachment presidencial seja a vontade da maioria da população, caberá à parte sadia do Congresso e ao Judiciário zelar pela legitimidade do processo e pela integridade da Constituição. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)

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