Clipping Imprensa – Raio X dos ares de Santa Catarina

Clipping Imprensa – Raio X dos ares de Santa Catarina

Florianópolis, 15.1.16 – Santa Catarina fecha o ano de 2015 com aumento no número de passageiros nos seis principais aeroportos catarinenses. Ao todo, quase 6,2 milhões de pessoas embarcaram ou desembarcaram em aviões no Estado durante o ano, a maior parte dos passageiros em Florianópolis e Navegantes.
São essas duas estruturas que concentram os principais números no quesito logística de transporte aéreo. O aeroporto de Navegantes foi o que mais aumentou a quantidade de passageiros, 9,35% na comparação com 2014, chegando a 1,5 milhão de embarques e desembarques.
Na Capital, está a maior movimentação, 3,6 milhões de pessoas passaram pelo Hercílio Luz em 2015, mas o número é quase idêntico ao do ano retrasado, com um leve aumento de 0,6%. A estagnação estaria ligada ao fato de a estrutura ter chegado ao limite de capacidade, tanto de espaço físico como em equipamentos.
– Principalmente os argentinos vão sofrer muito agora pela limitação de espaço do embarque internacional no aeroporto Hercílio Luz, principalmente quando se compara com o aeroporto de onde saíram, em Buenos Aires – explica Carlos Alberto Tomelin, professor da Univali no programa de pós- graduação em Turismo e Hotelaria e especialista em logística do turismo.
Os impactos negativos acontecem em especial na imagem da cidade como destino turístico. Não chega a ser um problema que impeça um retorno a Florianópolis, mas se torna um ponto negativo na hora de escolher qual será o local da viagem das próximas férias, de acordo com o especialista. Para a administração do aeroporto, a estagnação da taxa de crescimento na movimentação de passageiros do Aeroporto Internacional de Florianópolis é decorrente da crise econômica que o país enfrenta.
Mas os prejuízos pela infraestrutura limitada não se concentram apenas no turismo.
– Também é central na questão de receber eventos, para concretizar negócios. Se essa obra que estamos esperando há tanto tempo ficar pronta fosse finalizada, com certeza teria um impacto positivo – destaca Marisa Nilson, especialista em logística do Laboratório de Desempenho Logístico da Universidade Federal de Santa Catarina.
Estruturas de outras regiões do Estado ganham espaço – Um aeroporto foi de zero a 30 mil passageiros em 2015, o recém -inaugurado de Jaguaruna, Sul do Estado. Foram 248 pousos e decolagens desde o início das operações, em abril. Por enquanto, a estrutura opera apenas com voos da Tam, mas a intenção da empresa que administra a estrutura é fechar 2016 com linhas de três companhias diferentes.
No Oeste do Estado, a demanda do aeroporto de Chapecó segue crescendo de forma constante, mesmo sem ter um terminal com tamanho suficiente para atender a influência regional do município, que abrange 330 municípios de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. A movimentação de passageiros aumentou 6%, sendo o segundo que mais cresceu nesse quesito.
– Por isso ele deve continuar crescendo, nesse mesmo ritmo ou em um até maior – destaca o superintendente do aeroporto municipal de Chapecó, Eglon Buraseska, que destacou também os investimentos feitos pela prefeitura e pelo Estado na estrutura.
Completam a lista dos maiores aeroportos de Santa Catarina o que atende o município de Criciúma, localizado em Forquilhinha, também Sul do Estado, que viu o número de embarques e desembarques crescer 5,75%, e o de Joinville, Norte de Santa Catarina, em que a movimentação aumentou 5,11%.

Transporte de cargas aéreas cai em Joinville e Navegantes – Os aeroportos também têm uma função pouco conhecida para o grande público, o transporte de cargas. Toneladas de produtos são transportados de avião por várias partes do país, mas apenas em casos muito específicos.
— Em termo de custo, o transporte de avião é o mais caro, mas também o mais rápido. Você opta por utilizar ele apenas para alguns produtos de alto valor agregado ou que precise com urgência — explica Marisa Nilson.
Nessa disputa, quem ganhou foi Florianópolis, mesmo com Joinville tendo uma estrutura à parte apenas para o transporte de carga. O aeroporto da Capital embarcou e descarregou ao todo 3.316 toneladas de produtos, em especial equipamentos tecnológicos enviados para clientes de empresas da cidade, com uma alta de cerca de 10% no volume transportado.
Em segundo lugar, aparece o aeroporto de Navegantes, litoral Norte do Estado, com 2.076 toneladas transportadas em 2015, mas registrando uma queda de 1,8% na movimentação. O mais afetado pela crise do ano passado parece ser a estrutura de Joinville. O embarque e desembarque de carga aérea no município caiu 22% e ficou em 1.175 toneladas. (Fonte: Diário Catarinense – Thiago Santaella)

Portos de SC encerram 2015 em queda

Acompanhando a queda nas exportações catarinenses, os principais portos do Estado também tiveram retração na movimentação no ano passado em comparação com 2014. O maior tombo ocorreu no terminal de Imbituba, com retração de 23,8% nos valores de mercadorias embarcadas para o exterior. O resultado passou de US$ 544 bilhões, em 2014, para US$ 414 bilhões neste ano. Na contramão do resultado financeiro, o volume das cargas cresceu no terminal.
O resultado tem efeito do câmbio e também impacto de desasceleração econômica. No terminal de Imbituba, as cargas a granel, como fertilizantes e grãos, são os principais produtos movimentados.
No complexo de Itajaí, que também agrega Navegantes, a queda foi de 18,2%. Além da perda de linhas e o fechamento do canal de acesso ao porto – que durou 45 dias, por conta das enchentes – houve o impacto da redução de embarques de carga frigorificada. A exportação de carnes de frango (-16,21%) e de suínos (-24,73%) encolheu e teve seu efeito negativo.
O porto de São Francisco do Sul, no Norte catarinense, teve 10,7% de redução nos valores de embarques. Milho, soja, fertilizantes e aço, além de outros produtos siderúrgicos, estão entre os principais itens de movimentação do terminal de cargas.

Chineses – Empresários chineses do setor de infraestrutura têm interesse em entrar na disputa da BR-282, a Rodovia do Frango, corredor logístico que liga o Oeste ao litoral do Estado. Esse trecho deveria ter sido leiloado no ano passado, mas esbarrou em questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU). A informação é do jornal Valor Econômico. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti/Julia Pitthan)

Baixa adesão marca manifestação

O Movimento Passe Livre (MPL) organizou um protesto em Florianópolis contra o aumento da tarifa do transporte público, que foi aprovado em dezembro passado e passou a vigorar no dia 3 de janeiro. Ontem, no fim da tarde, os manifestantes se concentraram em frente ao Terminal de Integração do Centro (Ticen) e depois fizeram passeata pela região central da cidade, passando pela Prefeitura Municipal e Praça XV.
A adesão foi pequena: cerca de 150 pessoas, segundo os cálculos da Polícia Militar, enfrentaram a chuva com faixas e batuques. A manifestação durou pouco mais de duas horas e terminou com um “catracaço”, mas sem repressão violenta por parte da PM, que apenas manteve conversações com líderes do movimento. Foi registrado um princípio de confusão dentro do Ticen, quando os manifestantes abriram o corredor para os passageiros entrarem sem pagar.

Imagens serão analisadas pela PM – O saldo foram oito catracas danificadas. A PM afirma que irá analisar as imagens captadas pelas câmaras do terminal para enviar um relatório ao Ministério Público Estadual.
“Vivemos uma crise econômica que atinge em cheio Santa Catarina. Mesmo quando a economia crescia era aumento todos os anos. Agora, com a crise, os governos querem fazer com que os trabalhadores paguem ainda mais por essa conta. 40 centavos é uma facada que custa caro aos nossos bolsos”, estava escrito em um dos panfletos distribuídos durante a manifestação. Os integrantes do movimento se reunirão mais uma vez para decidir quais serão os próximos passos. Sinalizaram também para um novo protesto na próxima semana, mas sem data definida.
O protesto do MPL deu-se contra o aumento da tarifa do transporte público, operado em Florianópolis pelo Consórcio Fênix. O reajuste na capital catarinense chegou a 11,94% no início de janeiro deste ano. A passagem subiu de R$ 3,10 para até R$ 3,50, no caso de pagamento em dinheiro. Em maio de 2014, logo após assinatura com a operadora do sistema de transporte coletivo, a prefeitura reduziu a tarifa de R$ 2,70 para R$ 2,58 no cartão e de R$ 2,90 para R$ 2,75 para pagamento em dinheiro. Em janeiro de 2015, o valor aumentou novamente. (Fonte: Diário Catarinense – Leonardo Gorges/Luis Antonio Hangai/Michael Gonçalves)

Tensões no horizonte

Em 2016, o terreno está pronto para atritos entre Câmara e Supremo Tribunal Federal (STF). Tensão gerada pelos pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) na Lava-Jato, disposta a punir quem assaltou a Petrobras. Ao denunciar Vander Loubet (PT-MS), a PGR solicitou a perda do mandato do deputado. Ressuscitou discussão de 2012. No mensalão, o Supremo condenou e determinou a perda dos mandatos de três parlamentares. Presidente da Câmara à época, Marco Maia (PT-RS) ignorou. Lembrou que ainda cabiam recursos e disse que só o plenário poderia cassar um deputado. Os mensaleiros renunciaram. Já Natan Donadon por sete meses foi “deputado-presidiário”. Condenado com trânsito em julgado, foi cassado após duas votações em plenário. A palavra final foi dos seus colegas. Para 2016, a primeira faísca sairá quando o STF apreciar o pedido de afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Juristas divergem. Os deputados acatarão a decisão ou peitarão os ministros? As instituições serão testadas mais uma vez.

Chapéu – Governadores chiaram com o reajuste do piso dos professores acima da inflação – 11,36%. Alguns gestores acusam o governo federal de fazer bondade com o chapéu alheio. Houve pressão, sem sucesso, para que o ministro Aloizio Mercadante (Educação) adiasse o anúncio do novo piso.

Trenzinho – O governo federal destravou a liberação de cargos no Ministério do Turismo, comandado pelo PMDB. A edição de ontem do Diário Oficial da União trouxe 27 nomeações na pasta, entre diretores, secretários, coordenadores e assessores.

R$ 1,2 bilhão – Foi o gasto da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) com passagens aéreas e locomoção em 2015, conforme o Contas Abertas. O gasto caiu 20% na comparação com 2014.

Briza – A inscrição de Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria irritou alguns militares da velha guarda. Presidente do Clube Naval, o vice-almirante Paulo Dobbin, que está na reserva, publicou no site da instituição comentário que questiona as “qualidades” do pedetista para receber a distinção, que teria “motivação ideológica”. (Fonte: Diário Catarinense – Guilherme Mazui)

O turismo e as festas de janeiro

Veranistas catarinenses e turistas nacionais e estrangeiros que desejarem fugir das muvucas da Ilha de Santa Catarina, dos monstruosos congestionamentos de acesso aos principais balneários do litoral, terão duas excelentes opções fora dos centros nervosos do verão.
O primeiro está em Pomerode, a cidade mais alemã do Brasil, com a realização de sua tradicional Festa Pomerana, já na 33ª edição. Ali vão encontrar até o dia 24 de janeiro gastronomia alemã de qualidade, opções de cerveja artesanal de qualidade, manifestações folclóricas variadas e uma excelente programação musical.
A partir do próximo domingo, começa em Jaraguá do Sul o Festival da Música de Santa Catarina, o maior do gênero não competitivo em todo o Brasil. Trata-se de evento com características singulares, que inclui músicos, orquestras e solistas nacionais e estrangeiros, profissionais de alto nível. Entre os destaques deste ano a apresentação da ópera Carmen, de George Biset, a mais popular e com trilha sonora emocionante.
O Festival movimenta toda a cidade de Jaraguá do Sul e virou um dos maiores motivadores para crianças e adultos dedicarem-se à música, atividade que falta muito na maioria das escolas.
O Femusc é um evento que envolve patrocínio privado, apoio comunitário e organização da Sociedade Cultural e Artística de Jaraguá do Sul (Scar), outra instituição notável a revelar o espírito público do empresariado local.
Com programação variada, terminará no dia 30 de janeiro.

Retorno – Uma rodada de chimarrão marcou o retorno de Raimundo Colombo ao governo do Estado. O vice Eduardo Moreira transmitiu o cargo na presença do deputado federal Mauro Mariani, presidente estadual do PMDB. Tema principal: o agravamento da crise econômica e a situação de penúria das prefeituras municipais.

NR-12 – Duas novas liminares foram concedidas pela Justiça do Trabalho de Santa Catarina e que impedem que fiscais do Ministério do Trabalho e dos Centros de Referência de Saúde ao Trabalhador apliquem sanções com base na norma regulamentadora número 12. Decisões do juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho da Capital. Informação da Facisc, acrescentando que as empresas beneficiadas são das entidades patrocinadoras. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)

Tumulto

Aeroporto Hercílio Luz viveu ontem um caos perto do meio-dia com brigas entre argentinos, tumultos, confusão, gritos, socos e pontapés, até mesmo um nariz quebrado. E não havia sequer um único policial. Nem PM, ne
Guarda Municipal, nem Civil e nem Federal. Uma vergonha. Além das altas taxas cobradas de embarque, não há estrutura nenhuma. O pessoal, com os poucos bancos lotados, tinha que sentar no chão. Uma vergonha.

Transporte seguro – Santa Catarina é o Estado brasileiro com o menor índice de transporte coletivo clandestino. O dado faz parte do estudo Geografia da Mortalidade no Trânsito no Brasil, da Universidade de São Paulo (USP). Para manter essa posição, o Departamento de Transportes e Terminais (Deter) lançou o aplicativo Fiscal Cidadão Deter, no qual o contribuinte pode denunciar, inclusive com fotografias, as condições do veículo (ônibus e vans), falta de licença, incapacidade do motorista ou qualquer outro motivo que possa colocar seu passeio em risco. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)

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