Florianópolis, 13.1.16 – Foram iniciados na manhã de ontem os trabalhos para içamento da segunda das cinco treliças de sustentação da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. O serviço deve ser finalizado hoje com a soldagem do equipamento. Esta etapa da operação Ponte Segura faz parte dos trabalhos emergenciais da empresa Empa, pertencente ao grupo português Teixeira Duarte, que devem ser finalizados até abril para permitir o restauro completo da estrutura. As treliças farão a ligação das quatro torres construídas para garantir a estabilidade da ponte Hercílio Luz.
Após sucessivos atrasos, a intenção do governo do Estado agora é deixar a ponte pronta para receber veículos no primeiro semestre de 2018. No fim de 2015, após a desistência da empresa American Bridge, foi formalizada uma proposta ao grupo Teixeira Duarte no valor de R$ 261 milhões para tocar o projeto, sem necessidade de licitação.
Os trabalhos de construção da terceira treliça seguem em ritmo acelerado no canteiro de obras localizado na região continental. A expectativa é que o equipamento também possa ser instalado em breve, a depender das condições meteorológicas — para o trabalho ser realizado, é necessário um dia sem ventos ou chuva.
Deinfra mantém cronograma – O presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Wanderley Agostini, visitou o local ontem e se disse satisfeito com o ritmo das obras:
– É um momento importante da obra e uma parte muito complexa. Temos certeza de que o cronograma será cumprido, a exemplo da outra etapa realizada pela empresa Empa.
O primeiro contrato com a Empa para a execução de serviços na ponte, no valor de R$ 10,5 milhões e com dispensa de licitação, foi firmado em abril de 2015 e previa a construção das quatro torres de sustentação, com término no mês de outubro.
O segundo contrato, assinado em 6 de outubro, foi voltado para a conclusão de toda a Ponte Segura. Com isso os trabalhos emergenciais na Hercílio Luz devem ser finalizados em abril, totalizando um ano, com custo total de R$ 21,9 milhões. (Fonte: Diário Catarinense)
Indústria de carvão projeta queda de 20%
O cenário de complicações enfrentado por algumas empresas mineradoras do Sul de Santa Catarina ganha um elemento a mais em 2016 com a previsão de redução no uso de termelétricas para produzir energia no Brasil. O novo planejamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), divulgado em dezembro, deve acarretar em redução de 20% no consumo do carvão catarinense, de acordo com o Sindicato da Indústria de Extração do Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc).
– De certa forma, isso já era esperada o porque está havendo um decréscimo de demanda perto de 1,5%. E está entrando quase 10 GW de energia nova no sistema, de grandes hidrelétricas como Jirau e Belo Monte – explica Fernando Zancan, diretor-executivo do Siecesc.
O orçamento previsto para a CDE em 2016 é de R$ 18,4 bilhões. O valor representa redução de R$ 6,809 bilhões em relação aos R$ 25,246 bilhões de 2015, a maior parte na baixa da operação das usinas termelétricas. O início do ano passado foi marcado por poucas chuvas e reservatórios com baixos volumes, em especial na região Sudeste. Com os níveis se normalizando, o setor volta à normalidade e a necessidade de carvão reduz. Nos últimos quatro anos, em função da falta de água, a geração termelétrica foi mais alta e a média anual do carvão consumido nas usinas de Jorge Lacerda foi de 3,2 milhões de toneladas por ano. Para 2016, o volume de consumo na estrutura, localizada em Capivari de Baixo, Sul de SC, deve voltar a ser de 2,4 milhões de toneladas.
Na avaliação da Câmara de Assuntos de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em uma visão imediatista, a mudança é positiva porque deve ajudar a reduzir o preço da energia. A luz produzida pelas hidrelétricas é mais barata do que a advinda das usinas térmicas. Porém, em uma perspectiva de longo prazo, poderia ser interessante manter a geração termelétrica por mais tempo até garantir níveis excelentes nos reservatórios.
O sistema hidrelétrico poderia reduzir parte da produção para acumular mais água e ter segurança a longo prazo, em especial as hidrelétricas do Sudeste e Nordeste. As regiões são as mais afetadas pelo baixo nível de reservas.
— Eles poderão ser necessários mais para frente. A crise será superada e a demanda de energia vai voltar a crescer — disse Otmar Josef Müller, presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc.
A produção nos últimos anos, pela necessidade de emissão termelétrica, para compensar também o crescimento de demanda, tinha levado a produção a um pico de quase 260 mil toneladas por mês, em 2015, mas neste ano deve cair gradualmente até próximo de 210 mil toneladas.
Mais de 4 mil empregos gerados – A indústria carbonífera foi a base do desenvolvimento socioeconômico do Sul de Santa Catarina. A atividade envolve atualmente as cidades de Criciúma, Içara, Forquilhinha, Siderópolis, Lauro Müller, Urussanga, Cocal do Sul e Treviso, sendo a principal fonte de arrecadação de alguns municípios da região.
O segmento gerava até 2015 cerca de 4,4 mil empregos diretos em 11 minas em atividade em SC. Mas o setor vende 98% de sua produção para a Tractebel Energia, e a empresa mudou regras de fornecedores parando de adquirir a produção de quatro mineradoras: Carbonífera Criciúma, Comin & Cia, Cooperminas e Minageo.
– Essa diminuição de demanda vai ser gradativa até junho. As mineradoras estavam trazendo do Rio Grande do Sul o excesso acima de 200 mil toneladas mês. Então entendemos que não precisa haver nenhuma demissão para cumprir essa demanda – diz Leonor Rampinelli, secretário do sindicato dos mineiros de Siderópolis, Cocal do Sul e Treviso.
Ele acredita que, como as outras mineradoras que seguem com contratos terão que suprir a produção das que saíram do negócio, os mineradores devem ser contratados por essas companhias para conseguir manter o nível de produção. Devido à lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, a fornecedora de energia que detém a concessão é obrigada a comprar mensalmente 200 mil toneladas do carvão para garantir uma movimentação econômica mínima para o setor. (Fonte: Diário Catarinense – Thiago Santaella)
Indústria de SC tem leve alta em novembro
Os números da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE, mostram que Santa Catarina foi um dos únicos cinco Estados do Brasil que viu produção industrial crescer entre outubro e novembro de 2015: alta de 1,8%. Os dados, divulgados ontem, mostram no entanto que, na comparação com o mesmo período do ano anterior, a indústria catarinense teve uma queda de 4,8%. Entre janeiro e novembro do ano passado, a retração acumulada no ano é de 7,5%.
— A gente está trabalhando ainda com um quadro ruim. As exportações não reagiram. Isso não representa nem retomada, nem o início de uma recuperação. É um efeito sazonal — explica a economista Graciella Martignago, que presta consultoria para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Na comparação entre novembro e outubro, o Estado foi o terceiro no país em crescimento de produção. Ficou atrás apenas de Pernambuco (3,5%) e do Pará (1,9%). A alta está vinculada aos setores de fabricação de produtos alimentícios e confecção de artigos do vestuário e acessórios. Os dois foram os únicos que registraram avanço no período e ajudaram a deixar positiva a média da indústria estadual como um todo, com altas de 9,9% e 9,1%, respectivamente. Os produtos dos dois segmentos foram muito procurados no Natal do ano passado.
O resultado, no entanto, não ajudou a tranquilizar um dos setores mais afetados pela crise em 2015. A ligeira alta não vai conseguir reverter o acúmulo de resultados negativos ao longo do ano, em especial pela alta não estar distribuída entre vários setores.
— A indústria de transformação catarinense, que liderou a geração de empregos no país em 2014, já apresenta 18 mil postos de trabalho a menos até novembro de 2015. A atividade industrial deverá seguir fraca em 2016 até que o ambiente institucional no país melhore — explica o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
O comportamento já se repetiu em outros momentos, mas não com tanta frequência. É o segundo melhor novembro aumento de produção desde 2002, empatado com o resultado entre outubro e novembro de 2012. Mas o melhor ano foi em 2005, quando subiu 2,7%. (Fonte: Diário Catarinense – Thiago Santaella)
IBGE prevê safra recorde pelo sétimo ano
Após um aumento de 7,7% na produção de grãos em 2015, a safra brasileira deve registrar novo recorde em 2016, o sétimo consecutivo. Neste ano, a colheita deverá crescer 0,5% e atingir 210,7 milhões de toneladas, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais da metade desse volume virá da soja, que pela primeira vez romperá a barreira das 100 milhões de toneladas. O apetite dos produtores se deve à valorização da saca de soja no mercado interno. – Apesar de os preços internacionais da soja estarem em declínio, a alta valorização do dólar frente ao real faz com que os preços internos do grão sejam maiores do que os encontrados na safra passada – explicou Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
A produção de soja neste ano deverá totalizar 102,747 milhões de toneladas, alta de 5,9% em relação a 2015. O momento para o grão é tão bom que, por mais um ano, o plantio da soja avança sobre as lavouras de verão do milho. Não é à toa que a colheita de milho de primeira safra, de 28,111 milhões de toneladas, será a menor desde 2005.
– O milho está sendo substituído pela soja, que é mais rentável. Embora o rendimento da soja seja menor, o preço é mais que o dobro – observou Andreazzi.
Milho perde espaço para soja – Diversos Estados estão reduzindo o plantio de milho de primeira safra, entre eles os maiores produtores, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Os três vão elevar a colheita de soja em 2016.
A produção total de café também deve crescer em 2016, para 2,984 milhões de toneladas. O avanço de 12,5% em relação ao ano passado deve colocar um ponto final no período de três anos em baixa e será impulsionado pelas condições climáticas mais favoráveis, apontou o gerente do IBGE.
– O ano de 2016 dá indicação de recuperação, atingindo patamares de 2012 (antes do período de baixa). O café depende de chuvas no Centro-Sul, que devem ser melhores. Além disso, a valorização do produto incentivou o agricultor a investir, melhorar a adubação – afirmou o gerente do IBGE.
Também deverá ter expansão a produção o feijão de primeira safra, com 1,565 milhão de tonelada, alta de 16,7% ante 2015. Os preços mais atrativos são o principal motivo para o aumento, segundo o órgão.
Apesar do grande avanço em relação a 2014, o levantamento da safra colhida no ano passado ficou menor entre novembro em dezembro devido a perdas na produção de trigo. Na passagem do mês, a produção do cereal recuou 11,6%, para 5,425 milhões de toneladas.
Com isso, a safra de trigo, que seria recorde segundo levantamentos anteriores, ficou 13,4% menor do que a colhida em 2014.
– Pelo segundo ano seguido, a produção brasileira de trigo foi afetada pelo excesso de chuvas durante a fase final do ciclo das lavouras – apontou Andreazzi.
Ainda assim, a safra de 2015 totalizou 209,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE. O volume é recorde na série do instituto, iniciada em 1975. (Fonte: Diário Catarinense)
Projeções otimistas no Porto de Imbituba
O crescimento para este ano no Porto de Imbituba, no Sul, deve ser de 15%, comparado a 2015. A projeção representa uma movimentação de mais de 4 milhões de toneladas. Só no pagamento de impostos, a expectativa é repassar mais de R$ 3 milhões este ano para o município. Essa possibilidade tem em vista as obras que foram feitas na dragagem de aprofundamento. Com a homologação da nova profundidade, em outubro de 2015, já foi possível ter aumento na movimentação, principalmente, de commodities agrícolas.
— A estimativa é que, desde que a SCPar e o governo do Estado assumiram a administração do porto, em dezembro de 2012, nós possamos chegar a um crescimento acumulado entre 70% e 80% – analisa o presidente do Porto de Imbituba, Rogério Pupo.
Com relação aos investimentos, a SCPar cita melhoria da infraestrutura portuária, entre elas: modernização do parque de informática para uma movimentação de embarque e desembarque mais rápida; obras de sinalização náutica; instalação de novos marégrafos e estações meteorológicas que vão aumentar a segurança e garantir mais precisão em todas as manobras; ampliação da área de armazenagem; e, em conjunto com a Secretaria Especial de Portos (SEP), investimento no sistema viário da cidade. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias)
Governadores ou mercado
A chegada do ministro Nelson Barbosa (Fazenda) arejou o diálogo com os
governadores. Os relatos do primeiro mês da equipe econômica revelam um quadro sensível às dificuldades dos Estados, na contramão do estilo queixo duro de Joaquim Levy. Barbosa jura empenho para cumprir o ajuste fiscal do antecessor – o que se diz em Brasília é que com o novo time a negociação é dura, “mas tem jogo”. Com situação financeira que causa inveja no restante do país, SC monitora eventuais socorros a Estados, em especial os encalacrados, como RS, RJ e MG. O governo federal está em uma encruzilhada: escolhe mercado ou política? Deixa os Estados na mão ou encontra uma forma de aliviar a crise, de impulsionar investimentos? O Planalto reconhece o cenário fiscal delicado e a desconfiança do investidor, que atrasam a recuperação da economia. Junto, precisa controlar a pressão do impeachment e do ano eleitoral. A presidente Dilma Rousseff terá de optar. Os governadores confiam que terão a preferência.
Pumba – Dário Berger (PMDB-SC) abre 2016 com o javali-europeu na mira. A espécie é responsável por perdas nas lavouras de milho e soja. Um convite à ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para discutir o tema foi aprovado na Comissão de Agricultura do Senado.
Gogó – Brasília treme com os vazamentos da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O delator citou três ex-presidentes (Fernando Collor, Fernando Henrique e Lula) e lança dúvidas sobre a presidente Dilma Rousseff. Vale lembrar que delação solitária não é prova.
Drible – Como a CPI do Futebol só faz barulho no Senado, está em gestação outra comissão de inquérito na Câmara. O pedido para criação da CPI da Máfia do Futebol já foi formalizado.
Cota – O Ministério da Educação elabora levantamento para mostrar que em algumas universidades federais o desempenho dos cotistas supera o dos demais alunos. “O cotista tem dificuldade no primeiro ano da graduação, mas depois embala”, avalia o ministro Aloizio Mercadante. (Fonte: Diário Catarinense – Guilherme Mazui)
Colombo e as crises
O governador Raimundo Colombo retorna hoje a Santa Catarina. Vai encontrar, no mínimo, duas situações críticas que exigirão decisões políticas. Uma, interna e setorial, envolve a demissão da médica Cristina Machado Pires da Superintendência dos Hospitais Públicos da Secretaria de Saúde. A rebelião que se formava entre os diretores hospitalares foi contornada pelos secretários João Paulo Kleinubing e Murillo Capella. Mas o impasse permanece. Tanto que o novo superintendente, nomeado também pelo governador interino Eduardo Moreira, o médico Heron Felício Pereira, não assumiu o cargo.
A segunda questão crítica é mais grave e abrangente porque decorre dos equívocos de Brasília. Os técnicos da Secretaria da Fazenda estão prevendo um ano “muito ruim”, com reflexos em Santa Catarina.
Já há estudos sobre renovação de contratos. Colombo disse na coletiva ao Grupo RBS que não haveria reajuste com base na inflação. As empresas contratadas na área de serviços terão que reajustar os salários dos empregados pelo salário mínimo ou pela inflação. Alegam que será impossível sobreviver sem reajuste.
Os prognósticos da Fazenda, pelo que a presidente Dilma vem decidindo, indicam que a arrecadação deve crescer zero ou até pior do que isso. Como o Estado tem aumento vegetativo da receita, o cinto terá que ser mais apertado na gestão e em medidas de contenção de despesas.
Protesto – A suspensão das obras do viaduto da BR-280 em Jaraguá do Sul, no acesso ao município de Schroeder, deverá provocar ações na Justiça Federal. Indignado com o descaso do DNIT, o deputado Vicente Caropreso (PSDB) divulgou nota de protesto. Informa que a obra foi prometida para abril de 2015. Ele fez vários apelos ao departamento, mas nunca foi ouvido. Está denunciando o fato ao Fórum Parlamentar Catarinense. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Diferença
No ano passado, a tarifa normal do transporte coletivo em Blumenau foi reajustada R$ 0,05 acima do valor cobrado em Joinville, ficando em R$ 3,30. A partir do próximo dia 27, os bilhetes em Blumenau passarão a custar R$ 3,65. Desta vez, portanto, R$ 0,05 abaixo de Joinville. Passagens de domingo e de estudantes custarão R$ 1,85. Blumenau também terá passagens ao valor de R$ 4,50 a partir do próximo dia 27, mesmo custo da tarifa embarcada em Joinville – apontado como o bilhete mais caro do país. Mas, em Blumenau, esse é o preço do embarque na chamada linha seletiva, percorrida por micro-ônibus aparelhados com ar-condicionado. Só passageiros sentados são permitidos na linha. (Fonte: Diário Catarinense – Roelton Maciel)
Cargos como moeda de troca
A crise política amplia um dos piores defeitos dos chamados governos de coalizão, que abrigam políticos e partidos sem nenhuma coerência programática e sem compromissos com a ética. Um exemplo é o que acontece agora com as tentativas do Palácio do Planalto de afastar o risco de dissidências de apoiadores. A tática é a distribuição de cargos e favores que contemplem os esforços para conter o ímpeto de eventuais defensores do impeachment. O caso mais recente e emblemático dessa troca de favores é o que envolve o oferecimento de um ministério à bancada mineira do PMDB, com a intenção de fazer com que o partido mantenha em sua liderança o deputado Leonardo Picciani, aliado do Planalto.
Também se noticia, a partir de informações dos próprios envolvidos, que o Executivo vem mapeando os cargos do primeiro ao terceiro escalão, para saber quem são seus ocupantes e se de fato têm compromisso com a defesa do governo. Quem não se adequar às demandas e às expectativas governistas poderá ser expurgado, para que políticos fiéis ocupem seus lugares. Repete-se o que o setor público tem de pior e que se manifesta com maior intensidade em momentos de tensão, como o que o país vive atualmente.
Fecha-se o cerco em torno de padrinhos e afilhados, para que, depois do fim do recesso, o governo esteja fortalecido para enfrentar a ameaça de afastamento da presidente da República. São as mesmas práticas flagradas pela Operação Lava-Jato. Muitos dos responsáveis por desmandos na Petrobras, alguns transformados em delatores, ascenderam a cargos elevados por conta da insistência dos governantes em ignorar princípios como o da impessoalidade na admissão por concurso e o de mérito nas promoções. O resultado é sempre uma conta elevada para os brasileiros. A Petrobras é o exemplo mais visível de deformações que o clima criado pelo impeachment apenas ressuscita com outros personagens. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)