Florianópolis, 1.12.15 – A resposta sobre quem vai pagar a conta de luz da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, ainda é incerta. Desde a inauguração, em julho, a conta de cerca de R$ 10 mil por mês nunca foi paga e a dívida já chega a R$ 39 mil. A Celesc já notificou o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e a prefeitura e diz que, se até o fim do ano a situação não for regularizada, o fornecimento poderá ser suspenso.
A distribuidora de energia elétrica diz que só não fez o corte ainda devido a um pedido da Polícia Rodoviária Federal, já que a ponte sem iluminação causaria risco aos motoristas. O que seria um cartão-postal para este verão pode virar a maior dor de cabeça no Sul.
A polêmica sobre quem pagaria essa conta começou antes mesmo da inauguração da estrutura. Em setembro, a Justiça Federal decidiu que a iluminação seria responsabilidade da prefeitura de Laguna, que recorreu da decisão e aguarda novo julgamento para não bancar sozinha a conta.
Em agosto os representantes do Dnit afirmaram que desde a criação da Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip), instituída em dezembro de 2002, o órgão federal não tem no orçamento recursos para iluminação de rodovias. Ontem, por meio de sua assessoria de comunicação, o departamento disse que solicitou à Celesc o fornecimento de energia para a ponte para os últimos três meses, acordo encerrado na fatura de outubro.
Em entrevista ao Diário Catarinense, em agosto, o prefeito da cidade, Everaldo dos Santos, disse que lutaria até o fim para não pagar esta conta, pois a ponte de Laguna é “uma obra federal, que vai beneficiar não só Laguna, mas todo o Sul do Brasil”.
Situação preocupante – O inspetor Wilmen Vieira, chefe da delegacia de Tubarão (que cuida do trecho entre Paulo Lopes até a divisa com RS), entende que o trabalho de fiscalização e a segurança dos motoristas ficarão comprometidos em caso de desligamento das luzes da Ponte de Laguna. Segundo ele, a situação é preocupante, pois, com a chegada do verão e o fluxo intenso de turistas, a ocorrência de acidentes ou infrações de trânsito pode aumentar num trecho às escuras.
Ainda de acordo com o inspetor, mais de 90% das pontes e viadutos da região Sul do Estado estão desligadas. Ele afirma que já está em andamento uma ação junto ao Ministério Público Federal (MPF) para que as prefeituras locais arquem com os custos e mantenham todas as estruturas na BR-101 acesas.
Uma alternativa? – Um estudo feito pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em julho de 2014, apontou que trechos já duplicados não estão recebendo manutenção e uma das medidas seria considerar a possibilidade de concessão da rodovia. Com isso, a manutenção e o pagamento da conta de iluminação da ponte, por exemplo, seriam de responsabilidade da concessionária. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias/Colaborou Luis Antonio Hangai)
Ministério Público de SC recomenda mudanças no controle de estacionamento do Terminal Rita Maria, em Florianópolis
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por meio da 26ª e da 27ª Promotoria de Justiça da Capital, ambas com atuação na área da moralidade administrativa, recomendou ao Departamento de Transportes e Terminais de Santa Catarina (Deter) o retorno da informatização no controle da cobrança dos estacionamentos do Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis.
A recomendação foi emitida em função de irregularidades apuradas pelas Promotorias de Justiça. Em 2014, mais de R$ 500 mil arrecadados pelo estacionamento teriam deixado de ser recolhidos aos cofres do Deter pela administração do Terminal Rita Maria.
Além disso, após o sistema automatizado ter sido desativado no dia 1º de abril de 2014, o controle de entrada e saída dos veículos passou a ser manual, dificultando a comprovação dos valores efetivamente arrecadados. O documento ainda relaciona o excesso de cortesias e a existência de funcionários “fantasmas” ou com desvio de função.
Na recomendação, as Promotorias de Justiça estabelecem um prazo de 60 dias para retorno da cobrança informatizada, a extinção das vagas de cortesia, e uma série de orientações sobre a forma como deve ser realizada a licitação, caso o Deter opte por contratar empresa especializada para execução do serviço.
O ofício foi entregue à Presidência do Deter e à Gerência Administrativa do Terminal Rodoviário Rita Maria na sexta-feira. (Fonte: Diário Catarinense)
Dagmara Spautz: Governador entrega licença ambiental para obra da bacia de evolução nesta terça-feira
A Fatma emitiu nesta segunda-feira a licença ambiental de instalação (LAI) para as obras da nova bacia de evolução do rio Itajaí-açu, que permitirá a entrada de navios maiores e mais carregados nos portos de Itajaí e Navegantes.
Até esta terça ainda não havia sido divulgada data para o início dos trabalhos, mas a expectativa é que o canteiro de obras esteja operando nas próximas semanas.
A entrega da LAI deve ser feita ainda nesta terça pelo governador Raimundo Colombo (PSD) ao superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Junior, durante o Fórum de Mobilidade Urbana Sustentável promovido pela BMW em Balneário Camboriú.
Duas etapas – Orçada em R$ 103 milhões, a primeira etapa da nova bacia de evolução será custeada pelo Governo de Santa Catarina e permitirá elevar de 306 para 335 metros o comprimento máximo dos navios que entram no Itajaí-Açu – uma exigência de mercado fundamental para manter Santa Catarina na rota dos principais armadores do mundo. A segunda etapa da empreitada que será responsabilidade do governo federal (e ainda depende de orçamento) vai elevar para 366 metros o limite de comprimento das embarcações no canal. (Fonte: Diário Catarinense)
Sem incremento de efetivo, SSP tem o desafio de garantir segurança na temporada de verão em SC
Sem um incremento de efetivo e com expectativa de receber mais turistas do que no ano passado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) tem o desafio de montar uma estratégia para a temporada de verão redistribuindo o contingente dentro do Estado. Para reforçar o policiamento no litoral, o órgão conta com um aporte, ainda não garantido, de R$ 25 milhões dos fundos das instituições. O dinheiro se faz necessário para custear as diárias dos agentes que migram do interior para os principais balneários e cidades turísticas do Estado.
Entre as dificuldades que batem à porta da Segurança Pública está a garantia de recursos para a contratação de novos agentes. Em um ano de crise, a Secretaria da Fazenda já anunciou cortes no orçamento de 2016 que podem afetar a entrada de cerca de mil profissionais aprovados em concurso público. Eles não irão atuar nesta temporada, mas fazem parte do planejamento da SSP para compor o quadro da segurança do Estado.
Apesar das dificuldades, o secretário-adjunto da Segurança, Aldo Pinheiro DÁvila, garantiu que a SSP tem uma estrutura montada e planejada para atender o aumento de demanda durante o verão. Nas praias, serão 340 postos de guarda-vidas e 1,2 mil guarda-vidas civis, para garantir a segurança dos banhistas.
Em relação ao atendimento nas delegacias, ele afirmou ainda que policiais com fluência em inglês e espanhol serão encaminhados para regiões de maior concentração turística. Porém, em relação às estruturas das unidades, o quadro deve se manter.
Esse é o caso da 7ª Delegacia da Capital, em Canasvieiras. O local que concentra um grande número de atendimentos durante o verão passará mais uma temporada em condições precárias. Segundo DÀvila, as obras na unidade ficarão para 2016.
ENTREVISTA
A SSP sabe que este ano SC deve receber 8 milhões de turistas, 30% a mais do que nas temporadas anteriores. A Secretaria está considerando estes números para planejar a segurança?
A SSP tem uma estrutura montada e planejada com condições de dar vazão a esse aumento de demanda. Não só na faixa do litoral, mas também nas estâncias hidrominerais. Temos um mapeamento destes pontos críticos, um planejamento que já vem há mais de uma década sendo aperfeiçoado e temos uma estrutura bastante confiável.
Como será essa cobertura do efetivo nas cidades do litoral e como fica nas regiões não contempladas?
No verão o litoral registra um incremento criminal em torno de 30% de registro de ocorrências. Em algumas cidades se chega a registrar até 100% de aumento de registros de ocorrências criminais. Para dar conta dessa demanda a única solução é trazer efetivo do interior para o litoral para suprir essa deficiência. É preciso seguir a mancha criminal que nessa época do ano se concentra no litoral.
A SSP falou em torno de R$ 20 milhões para pagamento de diárias e hospedagem. De onde vem esta verba e como será coberto este valor dentro da SSP?
O valor em torno de R$ 25 milhões que se projeta para custear toda essa movimentação de policiais além da estrutura de gastos com combustível e manutenção de viaturas, diárias, alimentação, vem do Governo do Estado e dos fundos das instituições e da Secretaria de Segurança Pública. Estes recursos não são disponibilizados com antecedência, mas nos da SSP temos a convicção de que não vai haver problemas.
O senhor já manifestou o compromisso em incrementar em 1000 policiais civis e militares os quadros da SSP. Mas no caso de não haver dinheiro, como vocês pretendem cumprir este compromisso?
Em relação a temporada de verão não vai haver incremento de efetivo. Aliás vamos ter agora uma formatura de 38 psicólogos policiais civis e até meados de dezembro teremos a nomeação de mais 60 escrivães de polícia, mas esse pessoal não vai estar apto para desempenho das funções. Nos como administradores de polícia sabemos dessa necessidade e da carência de pessoal mantemos a perspectiva das nomeações destes 608 policiais militares, 460 policiais civis mais os técnicos do IGP até o mês de março.
Uma boa parte desse dinheiro é para pagar os guarda-vidas, além de equipá-los. Como vocês estão lidando com esta estrutura? Ela já está pronta?
São mais de 1.200 guarda-vidas civis, vão ser coordenados por equipes de bombeiros militares tanto nas praias como nas estâncias hidrominerais, esta estrutura já está montada, os valores determinados, o quantitativo de pessoal, o treinamento efetuado, o procedimento está realizado, basta iniciá-lo. A operação veraneio inicia em 02 de dezembro.
Ocorrem muitos afogamentos em praias onde não tem postos de guarda-vidas. Como será a cobertura para a próxima temporada? Existe a possiblidade de ampliar o número de postos?
Esta possiblidade de ampliação é possível, mas demanda um estudo. Hoje temos em torno de 340 postos de guarda-vidas na faixa litorânea do Estado. Na temporada passada foram três afogamentos com morte, na temporada anterior foram 90 óbitos por afogamento. E apesar dessas três mortes que ocorreram no ano passado, tivemos 147 salvamentos. Nosso objetivo é chegar ao número zero.
Como estão as estruturas das nossas delegacias para atender os turistas?
Temos na operação veraneio vários policiais identificados e selecionados que serão encaminhados para algumas delegacias de maior movimentação, com fluência em inglês, espanhol. Infelizmente não conseguimos concluir a tempo a 7ª delegacia, que é a mais precária na Capital. Mas está em construção e para 2016 vamos ter um prédio de primeiro mundo para dar atendimento ao Norte da Ilha.
Em relação as prisões, como será feito o trabalho com 29 unidades no Estado interditadas?
Durante o verão o aumento de prisões é significativo também. Vamos ter mais prisões, mas há uma parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania pra que se consiga resolver estas situações no mais breve espaço de tempo possível. Por conta dos anos anteriores, sabemos em quais locais teremos um aumento de prisões e pra onde serão encaminhadas. Foco é a região de Balneário Camboriú, Bombinhas, Itapema no Norte do Estado. (Fonte: Diário Catarinense)
A mudança não virá de Brasília diz Raimundo Colombo sobre política brasileira
Na reunião do Conselho da Acij desta segunda-feira, a entidade recebeu a visita do governador Raimundo Colombo, que usou o encontro para debater com autoridades políticas e empresariais de Joinville os desafios e próximos passos da gestão à frente do governo de Santa Catarina.
— Este é um momento em que toda a população procura por pessoas íntegras, com capacidade de transformação e de liderança. É um momento de união das classes para a superação de um momento delicado da economia. E é assim que as coisas precisam caminhar, pois a mudança que tanto esperamos não virá de Brasília, e nós que levaremos daqui a mudança para lá — disse o governador.
Na sequência, Colombo fez uma ampla apresentação sobre questões políticas, econômicas e éticas do país, além de fazer um balanço otimista dos cofres públicos estaduais
— Algumas vezes é necessários que as coisas piorem um bocado para que possam, de fato, melhorar. É evidente que nem eu nem ninguém quer que as coisas piorem, e é para isso que o governo do estado está trabalhando — analisou Colombo.
O governador destacou ainda a questão da produtividade do servidor público e detalhou o tamanho do rombo da previdência do Estado, de R$ 250 milhões por mês.
— Apesar disso, prevemos um bom momento para o fim de ano, com aumento de cerca de 25% no número de turistas, chegando a 8 milhões em todo o veraneio. É um alívio considerando os últimos bimestres de 2015.
Governo prevê nova engenharia para Operações Polícias no Norte – Na área da segurança, o conselheiro Mario Boehm sugeriu o incentivo aos Consegs, a denúncia premiada e a ação articulada da Acij para apoiar a aprovação da reforma da Previdência, ideias a serem estudadas pelo Governo, segundo Colombo, que anunciou a efetivação de um mil policiais militares até março de 2016. O Secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba, foi convidado por Colombo para destacar as ações de prevenção no Estado. Grubba contou que se reuniu com o promotor Ricardo Paladino e que considera inaceitável que apenas 25% dos homicídios em Joinville sejam investigados e, deste percentual, a maoria é arquivada pela falta de provas, o que configura a impunidade. — Não é justo que depositemos toda a culpa dos nossos processos na falta de efetivo policial. Existem sim deficiências nos processos, e elas serão corrigidas com ações não de longo prazo, mas sim imediatas, que devem ser postas em prática nos próximos meses — explicou o secretário. (Fonte: A Notícia)
Justiça diz que falta de dinheiro inviabilizará voto eletrônico em 2016
Por falta de dinheiro, a eleição municipal de 2016 pode voltar a ser realizada manualmente. Desde 2000, todo o eleitorado brasileiro vota eletronicamente. A informação de que o contingenciamento pode impedir eleições eletrônicas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.
“O contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”, diz o artigo 2.º da Portaria Conjunta 3, de sexta-feira. O texto é assinado pelos presidentes dos Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) e respectivos conselhos.
A portaria afirma ainda que ficam indisponíveis para empenho e movimentação financeira um total de R$ 1,7 bilhão para STF (R$ 53,2 milhões), STJ (R$ 73,3 milhões), Justiça Federal (R$ 555 milhões), Justiça Militar da União (R$ 14,9 milhões), Justiça Eleitoral (R$ 428,9 milhões), Justiça do Trabalho (R$ 423 milhões), Justiça do Distrito Federal (R$ 63 milhões) e Conselho Nacional de Justiça (R$ 131 milhões).
As urnas eletrônicas foram usadas pela primeira vez em 1996.
Em nota, o TSE afirma que o corte de repasses à Justiça Eleitoral “prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo ano”, o que “compromete severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs)”. Segundo o tribunal, a medida terá impacto no processo de aquisição de urnas eletrônicas, cuja licitação já está em curso, sendo necessária a contratação até o fim de dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em R$ 200 milhões.
“A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas têm prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais. Na espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer, ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016”, adverte o texto do TSE.
Leia a nota na íntegra:
“A Portaria Conjunta nº 3/2015, publicada nesta segunda-feira (30) no Diário Oficial da União e assinada pelos presidentes dos tribunais superiores, informa que o contingenciamento de recursos determinado pela União para cada área do Poder Judiciário, incluindo a Justiça Eleitoral, “inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico”. Na semana passada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, já havia procurado o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para expor a preocupação diante da medida do Executivo.
O total que não será repassado para a Justiça Eleitoral soma exatos R$ 428.739.416,00 o que prejudicará a aquisição e manutenção de equipamentos necessários para a execução do pleito do próximo ano. Esse bloqueio no orçamento, compromete severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). O impacto maior reflete no processo de aquisição de urnas eletrônicas, com licitação já em curso e imprescindível contratação até o fim do mês de dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em R$ 200.000.000,00.
A demora ou a não conclusão do procedimento licitatório causará dano irreversível e irreparável à Justiça Eleitoral. As urnas que estão sendo licitadas tem prazo certo e improrrogável para que estejam em produção nos cartórios eleitorais. Na espécie, não há dúvida que o interesse público envolvido há que prevalecer, ante a iminente ameaça de grave lesão à ordem, por comprometer as Eleições Eletrônicas Municipais de 2016.
A portaria dos tribunais superiores é assinada pelos presidentes do STF, ministro Ricardo Lewandowski, do TSE, ministro Dias Toffoli, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antonio José de Barros Levenhagen, do Superior Tribunal Militar (STM), William de Oliveira Barros, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Getúlio de Moraes Oliveira, e pela vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz.
O presidente do TSE registra e agradece o apoio do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e informa que, juntos, irão envidar todos os esforços no Congresso Nacional para que as verbas devidas sejam autorizadas, a fim de se garantir a normalidade das eleições do ano que vem.” (Fonte: Estadão Conteúdo – Extraído do Portal Diário Catarinense)
Obama diz que esta é a última geração que pode salvar clima
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que esta é a última geração que poderá enfrentar o desafio de conter o aquecimento global e seus efeitos devastadores. O norte-americano foi um dos primeiros líderes mundiais de maior expressão a se pronunciar na 21ª Conferência do Clima (COP-21) de Paris, que bateu Copenhague e se tornou a maior conferência diplomática da história da humanidade. Antes dele, o anfitrião do evento, o presidente francês François Hollande, advertiu que a paz mundial está em jogo na rodada de negociações diplomáticas que começa nesta segunda-feira.
Mais de 150 chefes de Estado e de governo estão reunidos em Le Bourget, nas imediações de Paris, para o primeiro dia da COP-21, a conferência que deve traçar as políticas globais de luta contra o aquecimento global.
Obama começou seu discurso afirmando que os líderes mundiais vieram à capital francesa três semanas após os atentados que deixaram 130 mortos e 350 feridos com o objetivo de demonstrar determinação.
— Manter a conferência é um ato de resistência que prova que nada vai nos impedir de construir o futuro que queremos — disse o presidente dos Estados Unidos.
Para Obama, a COP-21 é um “momento de virada” para salvar o planeta.
— Nenhuma nação, pequena ou grande, rica ou pobre, está imune — lembrou.
— Nós somos a primeira geração a ter detonado o aquecimento climático, mas nós talvez sejamos a última a poder fazer algo para evitá-la.
Obama lembrou ainda os compromissos firmados pelos Estados Unidos para reduzir entre 25% e 28% as emissões do país até 2025, em relação a 2005.
— Como uma das primeiras economias do mundo, eu estou absolutamente consciente que nós somos uma fonte do problema — reconheceu, defendendo que se fixe um acordo e que os objetivos evoluam em longo prazo.
— Em Paris, garantamos um acordo ambicioso, com objetivos que possam ser elevados regularmente, e que levarão em conta as distinções e os progressos de cada uma das nações.
Minutos depois, o presidente da China, Xi Jinping, pediu um “acordo global, equilibrado e aprofundado contra as mudanças climáticas”.
— O acordo de Paris deverá acentuar nossas ações face às mudanças climáticas depois de 2020 — pregou.
O chefe de Estado chinês exortou as nações mais ricas a cumprirem seu engajamento de mobilizar US$ 100 bilhões para auxiliar países mais pobres, além de transferir tecnologias que possam ajudar contra os efeitos do aquecimento global.
— O princípio das responsabilidades comuns, mais diferenciadas, deve ser respeitado — defendeu.
Mais cedo, na abertura dos discursos, Hollande havia afirmado que se as mudanças climáticas não forem controladas, o risco de guerras vai crescer.
Hollande fez o discurso de abertura do evento, pouco depois das 11h no horário local (8h em Brasília).
— Hoje, vivemos um dia histórico. A França recebe 150 chefes de Estado e de governo e milhares de delegados de todos os continentes. Jamais uma conferência recebeu tantos representantes de tantos países — celebrou, lembrando que o encontro acontece três semanas após os atentados de Paris, que deixaram 130 mortos e 350 feridos.
O presidente da França lembrou que o ano de 2015 registra o recorde de aumento da temperatura média, o que torna a necessidade de agir ainda mais premente.
— Como aceitar que sejam os países mais pobres aqueles que emitem menos gases de efeito estufa? — questionou.
— É em nome da justiça climática que nós devemos agir.
Para Hollande, a COP-21 representa uma esperança de que o acordo que substituirá o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, desenhe uma trajetória credível para conter o aquecimento global abaixo de 2ºC até 2100, ou até mesmo 1,5ºC, se possível.
— O aquecimento prenuncia conflitos e provocará migrações maiores do que as guerras. Estados correm o risco de não poder mais suprir as necessidades vitais de seus povos — advertiu.
— O que está em questão nessa conferência do clima é a paz.
Ainda na abertura, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu um acordo universal e destacou a obrigação das nações mais ricas em financiar a luta contra o aquecimento global.
— Os países desenvolvidos devem manter sua promessa e mobilizar US$ 100 bilhões — exortou o diplomata.
— Cabe a vocês a sorte da COP-21. O futuro do nosso planeta está em suas mãos. (Fonte: Estadão Conteúdo – Extraído do Portal Diário Catarinense)
No papel
Com a volta da votação por cédulas na eleição do ano que vem, assunto que o DC acabou de dar em primeira mão, aventada pela Justiça Eleitoral, retornarão as emoções nas apurações. Coração na boca na abertura de cada urna. Já estou imaginando os locutores das rádios anunciando: “Sessão tal, na localidade tal: Cesar Souza, x votos; Gean Loureio, y votos. Vereador fulano, não foi sufragado”. Nossa Senhora Protetora dos Eleitores!. É claro que a ressurreição da votação no papel será um retrocesso histórico, mas que valerá a pena, isso valerá. Coisa tipo final de campeonato. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)
Retrocesso: a volta do voto manual
A assinatura da Portaria Conjunta no 3/2015, subscrita pelos presidentes do STF, Ricardo Levandowski, e do TSE, Dias Toffoli, ameaçando com a suspensão do voto eletrônico e com o retrocesso ao voto manual comporta várias leituras.
A primeira representa mais uma prova inequívoca do desastre do governo da presidente Dilma, do estelionato eleitoral de 2014 e o total desmascaramento da mentirada oficial na campanha política e nas manifestações públicas durante todo este ano. O caos fiscal exigiu neste fim de ano cortes drásticos que desnudam a retórica da manipulação.
A segunda tem conteúdo político. Os dois presidentes – um com passado de militante petista e outro transformado em advogado de defesa dos mensaleiros – procuram, na prática, pressionar o Congresso Nacional a aprovar o ajuste fiscal, montado com equívocos primários pelo governo, alterado com manobras casuísticas e agora ferido pelo escândalo que se abateu no Senado com a prisão do líder governista Delcídio Amaral.
A medida drástica contida na ameaçadora portaria tem outro efeito diversionista. Tira o impacto dos crimes testemunhados pela nação nas gravações contra Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves, e o interesse nacional pelos desdobramentos do vergonhoso episódio.
Quer dizer: o caos governamental é muito maior e as perspectivas para 2016 mais pessimistas. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
“Pedaladas” e riscos para S
Para quem pensava que a crise econômica e seus impactos nas contas públicas já haviam chegado ao fundo do poço, o anúncio de provável corte de diversos os gastos do governo federal este mês mostra que o poço parece não ter fundo. Caso a União não consiga aprovar no Congresso a revisão da meta fiscal que permitirá déficit de R$ 120 bilhões, os cortes sugeridos pelo Tribunal de Contas da União no pagamento das contas de água, luz, telefone e aluguéis poderão gerar a suspensão de serviços importantes para a população catarinense. Isso se prestadores de serviços do Estado cumprirem suas normas gerais para inadimplência.
Tanto a Celesc, distribuidora de energia elétrica, quanto a Casan, fornecedora de água e esgoto, têm política comercial de cortar o serviço após atraso de 30 dias no pagamento. Se não houver acordo para postergação, instituições da União como Hospital Universitário, INSS, Receita Federal, Justiça Federal e outras poderão ficar sem energia e água e terão que fechar as portas no final do ano ou início do ano que vem, justamente quando o turismo estará em alta.
O atraso da conta de luz do campus de Joinville da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é de três meses e o fornecimento é mantido por uma liminar. Agora, havrá problema para pagar também a conta do campus de Florianópolis, que chega a R$ 1,5 milhão por mês. A Celesc vai avaliar como administrará esses atrasos. A Casan, por exemplo, que luta para reduzir a inadimplência, está cumprindo os prazos à risca, ou seja, corte em 30 dias.
As contas da União chegaram a esse ponto em função de gastos excessivos para a eleição de 2014, juros altos e queda da arrecadação devido à recessão causada pela falta de confiança. O governo deveria fazer um esforço maior para encontrar soluções. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Enfrentando a concorrência
Um horror o que os taxistas de Porto Alegre tiveram a coragem de fazer com aquele motorista do aplicativo Uber, dentro do estacionamento de um supermercado. Se o socorro demorasse mais um pouco talvez ele fosse espancado até a morte. Uma selvageria que não tem explicação. Não adianta dizer que os taxistas estão revoltados porque o Uber está tirando clientes e que muitos pais de família que ganham a vida dirigindo táxis ficarão sem emprego. Nada disso justifica a violência. Tem medo de ficar desempregado? Pois então que melhore os serviços oferecidos à população.
Minha mãe entrou em um táxi, dias atrás, no Centro de Florianópolis, e pediu para o motorista levá-la até o Hospital de Caridade, que também fica no Centro, só que no alto de um morro. Impossível para uma senhora de quase 80 anos chegar lá caminhando. Bastou ela dizer para onde queria ir para começar a ouvir palavrões e xingamentos do taxista, que estava indignado porque a corrida seria curta e ele não teria quase nada de lucro. “Hoje é o meu dia de azar. Só teve pingadinho. Só mixaria, assim não dá”, reclamava, enquanto dirigia, num mal humor do cão. Minha mãe, que é da paz, ainda disse: “Se o senhor está tão desgostoso assim deveria trocar de profissão. O trânsito já é estressante, e dirigir irritado só piora as coisas. Se não quer me levar é só me deixar aqui que eu pego outro táxi”. Ele continuou resmungando, deixou-a no hospital e saiu batendo a porta e cantando pneu. É esse tipo de motorista que quer competir com o Uber? Acho difícil.
Cansei de pegar taxistas mal humorados e com carros sujos, inclusive fedendo a fumaça de cigarro. Assim como cansei de pegar motoristas excelentes, educados, simpáticos, com carros limpos, confortáveis, para os quais sempre pedi cartão com telefone e faço questão de ligar quando preciso, seja aqui ou em qualquer outra cidade onde vá. Um deles, inclusive, é nosso “preferido” na família, o Seu José. O táxi dele está sempre impecável, com uma música ambiente baixinha, temperatura interna agradável. Eu perguntei se ele tem medo da concorrência do Uber. Sabem o que ele me respondeu? “É só saber que eles estão chegando por aqui que vou lá e compro um carro igual ou melhor do que os deles. Vão oferecer jornal e revista para o cliente? Monto uma biblioteca aqui dentro. Inclusive com comida e bebida, se precisar. A gente tem que competir de igual para igual com a concorrência, e não ter medo dela”. É isso aí, meu amigo.
Temos aqui em Florianópolis uma das tarifas mais altas do Brasil _ apesar dos motoristas argumentarem que elas estão sempre defasadas devido ao aumento constante dos preços dos combustíveis _ mas o serviço oferecido à população muitas vezes deixa a desejar. Estes sim, que são relapsos, devem temer a concorrência, que vai chegar logo logo por aqui, podem acreditar. (Fonte: Diário Catarinense – Viviane Bevilacqua)