Florianópolis, 12.11.15 – Em crédito adicional ao orçamento da União ainda de 2015, o governo federal reforçou repasse para a duplicação da BR-280 em R$ 13 milhões. O recurso será usado nos lotes entre Jaraguá do Sul e Guaramirim, em obras desde o ano passado. O trecho entre Araquari e São Francisco do Sul ainda não teve autorizado o início das obras, o que deve acontecer somente no ano que vem — caso vários entraves sejam removidos. (Fonte: A Notícia – Jeferson Saavedra)
Virou bagunça
A Polícia Rodoviária Federal catarinense dissolveu manifestação de caminhoneiros ontem cedo em Papanduva. Mas, calma… Não havia só caminhoneiros. Havia fazendeiros, moradores e comerciantes! Ou seja, confirma-se a tese, defendida por este colunista e outros jornalistas, de que o movimento dos caminhoneiros – estes, que começaram paralisações na segunda-feira – tem apenas o objetivo político-partidário, de contribuir para agravar o caos no Brasil.
Nem o santo ajuda – Ônibus turístico com escolta armada rumo a paraísos de compras tornaram-se comuns nos últimos anos, por causa de assaltos aos viajantes. Agora, escola armada para excursões religiosas, inclusive a Aparecida (SP), é algo que escapa à compreensão de qualquer mortal. E isso é cada vez mais corriqueiro, como deixaram claro ontem os proprietários de empresas de transporte turístico, com manifestações em Florianópolis. Eles querem mais segurança nas estradas. (Fonte: Notícias do Dia – Ponto Final/Carlos Damião)
Indignação
Já se foram anos de tentativas e nada até agora. Na verdade, desde 2009 que moradores e empresários de Porto Belo, localizados no trecho de 2 km entre a entrada do município e a Praça de Pedágio, solicitam à Autopista Litoral Sul a construção de uma marginal, a fim de ficarem isentos do pagamento de pedágio para ir trabalhar ou voltar para casa. Uma solução viável e já avaliada. Mas nem sinal de ser executada. Sendo assim, depois de várias tentativas e apelos, a comunidade decidiu e comunicou à Polícia Rodoviária Federal que fechará na sexta-feira, às 17 horas, por meia-hora, a BR 101 entre os quilômetros 156 e 158. Problemas à vista. Certamente não é a melhor forma de exigir, de repente, até um direito, pois atinge quem nada tem a ver com isso tirando a condição de ir e vir, mas a indignação com o descaso da concessionária superou a razão. (Fonte: Notícias do Dia – A Vida Segue/Paulo Alceu)
Caminhoneiros dividem opiniões
A greve dos caminhoneiros praticamente acabou em Santa Catarina e ficou mais fragilizada no resto o Brasil. Decretada por grupos regionais, acabou dividindo a categoria e a própria opinião pública.
Quem se posicionou contra identificou dois problemas: o caráter político da manifestação, com protestos pedindo a cassação do mandato da presidente Dilma, condição, segundo eles, para acabar com a crise política e virar a página do grave cenário econômico, fato que, a rigor, acabou contribuindo para o enfraquecimento do movimento; os prejuízos do setor produtivo em diferentes setores – em Santa Catarina, por exemplo, exportadores de carnes estavam antevendo problemas nas vendas para países europeus e asiáticos. Com a chegada do inverno no hemisfério norte vários contratos são suspensos pela impossibilidade de navegação nas regiões mais frias.
As correntes que apoiaram os caminhoneiros tinham também seus motivos. Entendem que o Brasil só muda no meio desta crise múltipla com substituição do governo. A presidente Dilma perdeu o comando e as condições de fazer alguma reforma. Até as mudanças que anunciou ficaram no papel.
A reação do governo, com a assinatura de medida provisória elevando as multas dos motoristas que bloquearem rodovias, também mereceu forte contestação nas redes sociais. O governo do PT nunca tem atitude semelhante quando o MST e os movimentos de esquerda bloqueiam rodovias, invadem e destroem empreendimentos agrícolas e praticam outros ilícitos penais. Para estes há até financiamento governamental. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Ponte Hercílio Luz recebe primeiras treliças de sustentação a partir de dezembro
Pouco mais de um mês após a assinatura do novo contrato emergencial, a equipe que trabalha nas obras da Ponte Hercílio Luz está prestes a concluir as primeiras peças que serão anexadas à estrutura de sustentação inferior do cartão-postal. A expectativa da Empa – empresa que executa os serviços – e do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) é que no começo de dezembro a primeira treliça de metal seja posicionada entre as duas torres mais próximas do lado continental de Florianópolis.
Hoje, no canteiro de obras, duas armações de vigas metálicas com 80 toneladas, 30 metros de comprimento e seis de altura, estão em vias de finalização. Quando concluídas, elas serão levadas de balsa pelo mar até a ponte, onde serão içadas para que fiquem no mesmo nível das torres de sustentação. Após o traslado e o erguimento, elas serão soldadas. Até o começo de abril, quando se encerra o prazo do serviço, ao todo cinco armações devem passar pelo mesmo processo.
O engenheiro responsável pelas obras por parte do Deinfra, Wenceslau Diotallevy, explica que as cinco treliças metálicas justapostas formarão um leito em que serão posicionados 54 macacos hidráulicos, fundamentais para a etapa de “transferência de carga”. Trata-se de do momento mais delicado do trabalho, quando todo o peso do vão central da Hercílio Luz (cerca de cinco mil toneladas) será colocado sobre a sustentação inferior para que se possa realizar, finalmente, o restauro do cartão postal.
Ele também garante que as obras estão dentro do cronograma, apesar do intenso período de chuva no Estado. Conforme Diotallevy, tempo instável e ventos fortes prejudicam os trabalhos de soldagem das vigas, que é a operação básica nas treliças.
Um dos engenheiros portugueses da Empa diz que, durante o cumprimento do contrato anterior, foram mais de 40 dias de chuva. Nota também, que desde o começo de outubro o tempo não deu trégua em SC.
– Certa vez trabalhamos numa ponte em Moçambique num período de chuva parecido com este agora em SC. Chegamos até a procurar um feiticeiro para nos ajudar – conta o engenheiro, em tom de brincadeira.
O primeiro contrato com a Empa, no valor de R$ 10,5 milhões e com dispensa de licitação, foi firmado em abril deste ano e previa a construção das quatro torres de sustentação, com término em outubro. Agora o novo contrato, assinado em 6 de outubro, será voltado para a conclusão de toda a “Ponte Segura”. Com isso os trabalhos emergenciais na Hercílio Luz terão um ano de duração com custo total de R$ 21,9 milhões.
Gasto de R$ 500 milhões já entrou em pauta no TCE – A ação do Ministério Público de Contas (MPTC) que aponta o comprometimento de R$ 562,5 milhões nas obras da Ponte Hercílio Luz desde sua interdição em 1982, está para ser analisado pelo pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sob relatoria da conselheira Sabrina Nunes Iocken. A matéria entrou duas vezes em pauta (dias 4 e 9 de novembro), mas foi retirada a pedido da relatora e não há previsão de retornar nas próximas sessões.
Segundo a assessoria de comunicação do TCE, a ação foi removida para a verificação de “aspectos de contato” com outro processo que também trata da ponte Hercílio Luz – o que prevê aplicação de multas a responsáveis do Deinfra por supostos descumprimentos da Lei de Licitações.
Para o procurador Diogo Ringemberg, autor da ação do meio bilhão, a urgência da votação recai sobre dois pedidos liminares: uma que determina a notificação oficial de risco de desabamento da ponte às pessoas que moram nos arredores da ponte e outra que trata da produção e ampla divulgação de um plano de contingenciamento em caso de colapso.
– O ressarcimento aos cofres públicos deste dinheiro, embora importante, pode ser discutido posteriormente. O que não pode é demorarmos para botar em ação estas duas medidas, pois sabemos que há risco real de desabamento da ponte – afirmou o procurador.
Últimos fatos sobre a ponte:
– Em agosto de 2014 o governo de SC rescindiu contrato com o Consórcio Florianópolis Monumento, até então responsável pela restauração da Hercílio Luz. Os trabalhos de construção da estrutura de sustentação foram retomados em abril de 2015 pela Empa.
– A Empa torna-se responsável por finalizar a construção de quatro torres de sustentação, que integram as “obras emergenciais” da ponte.
– Ao final de setembro, o MPTC finaliza uma representação em que aponta o comprometimento de R$ 562,5 milhões nas obras da ponte desde sua interdição em 1982.
– Em outubro de 2015 a Empa conclui a construção das quatro torres e, no dia 6 de mesmo mês, assina novo contrato com dispensa de licitação com o Deinfra, ficando responsável por montar as demais treliças metálicas.
– No mesmo mês a empresa American Bridge – norte-americana que construiu a ponte na década de 1920 – desiste de assumir a etapa final de restauração da estrutura. A companhia vinha sendo assedada pelo governo estadual desde fevereiro de 2015. (Fonte: Diário Catarinense)
De olho em SC: Mônica Jorge defende a bandeira de segurança para a região da Grande Florianópolis
A segurança sempre foi um diferencial de Santa Catarina e de Florianópolis, que só perde posição para São Paulo entre as capitais com menor número de homicídios no último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O assunto, porém, não tem sido tratado com a atenção merecida, o que pode fazer com que se perca esta marca positiva em pouco tempo.
O baixo número de efetivo policial — um problema não só da Grande Florianópolis, mas de todo Estado — facilita quadrilhas que neste ano fizeram uma sucessão de assaltos a bancos e caixas eletrônicos em pequenas cidades. Em Florianópolis, que chega a triplicar a população durante a alta temporada, a presença da polícia nas ruas é fundamental para manter a ordem e evitar aumento de problemas como furtos e assaltos.
Outro grande problema é a falta de vagas em presídios versus o impasse judicial com os municípios de São José e Imaruí, que se recusam a receber as estruturas. Isso somado às condições inadequadas do Complexo Penitenciário da Agronômica, que só neste ano registrou pelo menos três fugas e foi parcialmente interditado por estrutura inadequada, são problemas que precisam de atenção especial e resolução com urgência. Enquanto isso, sem vagas para novos detentos, tem preso em flagrante esperando por julgamento em liberdade por falta de cela. Defendo esta bandeira porque assim como educação e saúde, segurança é uma das bases para o desenvolvimento.
Duplicações também importantes – Rodovias de qualidade impulsionam a economia de todo o Estado, são escolhidas como rotas para escoamento de produtos e podem levar empresas a optarem pelos portos de SC pela qualidade dos trajetos. Por isso, também é uma bandeira muito importante. Além disso, impactam no bem mais valioso: a vida das pessoas que circulam por elas diariamente.
Clima – Por ser um dos Estados mais propensos a fenômenos naturais, SC precisa ser referência nacional, em todas as regiões, nos trabalhos de prevenção contra desastres. O Vale do Itajaí, que sofre mais com enchentes, alagamentos e deslizamentos, está um pouco melhor preparado, mas é preciso estender as lições que já se aprendeu por outras regiões. Neste ano o Oeste foi pego totalmente de surpresa por um tornado, que, se tivesse sido detectado com antecedência, poderia ter evitado mortes. A conclusão de obras para aumento da capacidade dos rios e a implantação do radar meteorológico no Oeste são fundamentais. (Fonte: Diário Catarinense)
Florianópolis ganha primeiro estacionamento controlado por robôs do Brasil
A promessa é de poucos minutos para deixar ou retirar um veículo no Centro de Florianópolis, mas a espera da população para que isso aconteça já tem mais de cinco anos. A empresa responsável pela construção do polêmico edifício deve apresentar oficialmente o primeiro estacionamento-garagem completamente automatizado do país nesta quinta-feira.
O local tem 256 vagas para veículos e promete desafogar parte da demanda por vagas de estacionamento na região central da Capital. A previsão para abertura para população é às 7h de sexta-feira. No entanto, um pedido de liminar apresentado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pede a suspensão da abertura.
O terreno de 1.300 m², localizado ao lado da Catedral Nossa Senhora do Desterro, deveria permitir o alojamento a cerca de 52 carros, mas no prédio de oito andares, além de térreo e subsolo, a capacidade passou para 256 vagas. Para André Iasi, presidente da Estapar no Brasil, empresa que faz a gestão do empreendimento, os benefícios do projeto vão além do número de vagas disponíveis:
— Ao todo, serão 19 robôs que farão esse processo completamente automatizado de levar o veículo até a vaga e depois trazê-lo de volta. É uma obra inovadora no paí
s, que contou com boa parte de sua produção no Estado de Santa Catarina.
De acordo com o Iasi, o edifício robotizado de Florianópolis é o primeiro do Brasil. Apenas cinco funcionários devem trabalhar no prédio, sendo dois técnicos em robótica. No começo da operação, a empresa informa que funcionários extras devem trabalhar na entrada do edifício para orientar os usuários como utilizar o serviço de estacionamento. A empresa preferiu não revelar o valor investido no empreendimento. Até o ano passado, o valor divulgado era de aproximadamente R$ 14 milhões.
Na mira do MPSC – Do processo licitatório até a liberação de alvará para a construção do prédio, são vários os problemas questionados pelo MPSC que tramitam na Justiça desde 2010, quando a área que pertence ao Governo do Estado foi concessionada para a I-Park Estacionamentos Inteligentes por 30 anos. Poucos meses após o pregão, a empresa teve 70% de seu capital vendido para a Estapar, multinacional do setor. O tipo de licitação, a venda de parte da empresa e a construção do prédio serviram de argumentos para uma ação civil pública da 26º Promotoria da Defesa da Moralidade Administrativa da Capital.
— A empresa ganhou uma licitação sem o Governo ao menos checar se ela teria condições financeiras de construir o prédio. E também não havia projeto para um edifício de oito andares tão próximo de um patrimônio histórico como a Catedral, muito menos com fachada de vidro, que reflete a luz sobre a igreja. O próprio alvará concedido pela prefeitura é cheio de falhas, que estão em outro processo movido pelo MPSC – explica o promotor Aor Steffens Miranda, que protocolou uma ação cautelar na quarta-feira para impedir a inauguração do estacionamento. (Fonte: Diário Catarinense)
Prefeitura de Florianópolis relança edital para duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira
A Prefeitura de Florianópolis relançou nesta quarta-feira, em Diário Oficial, o edital para a duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira, principal via da região do Pantanal. A licitação inicialmente foi publicada em setembro, mas empresas que tinham interesse em participar fizeram questionamentos sobre detalhes técnicos e legais da concorrência. Com as perguntas respondidas e os ajustes feitos, o edital está novamente disponível.
As empresas candidatas têm agora até o dia 7 de dezembro para apresentarem propostas. O prazo de execução da obra é de 36 meses, a partir do recebimento da ordem de serviço pela vencedora da concorrência pública.
Atualmente, a Edu Vieira é um dos principais gargalos do trânsito dentro da Ilha. Paralelamente ao processo de licitação, a prefeitura negocia com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a cessão de 32 mil metros quadrados de área.
O investimento total na duplicação da Edu Vieira é de cerca de R$ 37 milhões. A obra faz parte do projeto de implantação do Anel Viário Trecho Sul, que vai da rua João Pio Duarte Silva, na entrada do bairro Córrego Grande, até a Avenida Paulo Fontes, no Centro, passando pelos bairros do Pantanal, Saco dos Limões e Prainha.
Segundo o edital, poderão participar todas as empresas que atuam em ramos de atividades relacionados à duplicação de vias, exceto consórcios e companhias inidôneas, que estejam em processo de falência ou que tenham servidor público ativo ou empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista em seu corpo diretivo.
A obra contempla duplicação da via, construção de corredores exclusivos para ônibus, um elevado exclusivo para o transporte público, ciclovia, calçadas, passeio, drenagem, terraplenagem, sinalização horizontal e urbanização.
Os envelopes com as propostas podem ser entregues até o dia 7 de dezembro, às 14h, na Diretoria de Licitações e Contratos da Secretaria da Administração, no 3º andar, sala 301, do Edifício Aldo Beck, na rua Conselheiro Mafra, 656, no Centro. (Fonte: Diário Catarinense)
Laudo diz que ponte Tancredo Neves, em Itajaí, teria perdido resistência do solo
O laudo sobre a ponte Tancredo Neves, em Itajaí, apontou que as fundações estão intactas, porém a estrutura teria perdido a resistência do solo. A situação tem feito com que a ponte ceda um milímetro por dia desde que foi interditada em outubro — até a terça-feira foram 22 centímetros. De acordo com o secretário de Obras, Marcelo Schilikmann, um especialista de Blumenau está analisando o documento para apresentar uma solução definitiva à prefeitura.
A empresa responsável por elaborar o laudo fez ainda fotos subaquáticas que, segundo Schilikmann, mostraram que não ocorreram danos nas fundações submersas. Ainda, conforme o secretário de Obras, o aprofundamento embaixo da ponte pode ter provocado a desestabilização da estrutura. O documento apontou nove metros de profundidade no local.
— Acredito que teremos que fazer um preenchimento lateral das estacas que sustentam os pilares e levantar a calha do rio (fazer uma espécie de aterro) para estabilizar novamente a ponte — comenta.
Schilikmann espera ter uma solução em mãos até o início da próxima semana. Enquanto isso, a ponte continua bloqueada para veículos — apenas pedestres, ciclistas e motociclistas têm passagem liberada. O secretário diz ainda que não há perigo da ponte cair. (Fonte: O Sol Diário)