Blumenau, 9.11.15 –A curto prazo não tem nenhuma possibilidade de que sejam retomadas as obras de duplicação da BR-470, nos lotes 3, entre Gaspar e Blumenau e no 4, entre Blumenau e Indaial, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de carga e Logística de Santa Catarina (Setcesc), Osmar Ricardo Labes. Essa foi a conclusão de Labes após o debate realizado na sexta-feira, 6 de novembro, na Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), do Fórum Parlamentar Catarinense com representantes do governo federal para debater a situação da rodovia.
A explicação dada para o atraso pelo superintendente do DNIT, Vissilar Pretto, é a falta de dinheiro para as desapropriações e para a continuidade das obras. Segundo Labes, Pretto também não fez nem uma previsão de quando a verba pode vir para fazer as mais de 900 desapropriações das 1.200 previstas. Vissilar afirmou que o principal motivo dos atrasos é a excessiva burocracia fazer as desapropriações.
Labes aproveitou o encontro para solicitar ao superintendente que seja feita a manutenção do atual trecho da 470, pois está sem qualquer obra neste sentido. Pretto garantiu que nos próximos dias deve ser lançada a licitação e a contratação da empresa para que até o início do semestre de 2016 possa iniciar o conserto nos trechos 3 e 4.
Com os dois trechos parados, que são em áreas urbanas, o presidente do Setcesc afirma que não há qualquer previsão de quando a duplicação deverá ficar pronta, mas pelo quadro atual só depois de 2021.
Nos trechos 1 e 2 entre Navegantes e Gaspar a construção está em andamento, apesar de lenta. Mas também não devem estar prontas em 2017.
A obra tem custo total previsto de R$ 860 milhões no trecho entre Navegantes e Indaial, mas está parada na maior parte em razão da falta de desapropriações, conforme o Setcesc já havia informado com exclusividade no início do ano, em seu Informativo bimestral de número 17. Veja Aqui.
O deputado Décio Lima, que é da região de Blumenau e do partido da presidente, Dilma Rousseff, insistentemente foi cobrado acerca dos atrasos, disse que é preciso levar em conta os aspectos técnicos: “São milhares de desapropriações, com recursos à Justiça. Há até casos de pessoas que estão sendo indenizadas mesmo tendo tomado áreas públicas da União às margens da rodovia”.
O que disse o DNIT – O superintendente do DNIT, Vissilar Preto, apresentou um balanço das obras. De acordo com ele, três dos quatro trechos encontram-se em obras atualmente.
O trecho 2 é o mais avançado, com 25% das obras concluídas. O trecho 1 tem 14%. O trecho 3 tem 6% e o trecho 4 (entre Blumenau e Indaial) ainda não foi iniciado.
Concessões – A reunião contou ainda com a presença de um técnico da ANTT que falou sobre o processo de concessão da BR-470. No total, 28 empresas ou consórcios foram autorizados pelo Governo Federal para fazer estudos de demanda e de melhorias necessárias.O prazo para entrega encerra no início do próximo ano. Após, a Agência levará o documento para debate junto às lideranças das cidades envolvidas, com objetivo de receber sugestões. Na sequência haverá audiências públicas e apreciação pelo TCU antes de ocorrer o leilão.
Fonte: Comunicação do Setcesc/ Giovani Vitória | Jornalista/JP/Imprensa Fetrancesc * Com informações do Portal Jornal de Blumenau
Fotos: Divulgação Setcesc