Clipping Imprensa – O manifesto pela educação

Clipping Imprensa – O manifesto pela educação

Florianópolis, 28.9.15 – Nos meios políticos de Santa Catarina, o que inclui aliados muito próximos da presidente Dilma, faz uma reflexão preocupante sobre as desastrosas medidas propostas ou adotadas neste segundo mandato. Ou este governo é mais incompetente e desastroso do que se imagina, ou quer é provocar o caos para alguma solução fora da ordem jurídica.
E entre as proposições contidas no pacote do ajuste fiscal destaca-se aquela que pretende dar uma garfada de 30% dos recursos do Sistema S. Seriam atingidos o Senai, o Sesi, o Senac, o Sesi e todos os serviços de outras categorias profissionais.
Um disparate, uma gritante contradição. A senhora Dilma proclamou em seu discurso de posse que priorizaria a “Pátria Educadora”, o novo slogan. O que vem ocorrendo, contudo, é uma sucessão de cortes no setor educacional, inclusive naquele que já se revelou o melhor no contexto educacional do Brasil.
Na Olimpíada Mundial do Conhecimento, realizada em São Paulo, o Brasil conquistou o primeiro lugar, fato inédito na história. Bateu os preferidos Coreia, Japão, Finlândia, entre outros. Todos os competidores eram alunos das escolas do Senai. Aqui no Estado, o índice de aproveitamento dos egressos das escolas técnicas do Senai é superior a 95%. O mesmo ocorre com as entidades congêneres nos outros setores.
Oportuno, por isso mesmo, o “Manifesto pelo futuro” assinado pelos presidentes das sete federações empresariais de Santa Catarina, contra o esbulho pretendido pelo Palácio do Planalto e em defesa das instituições do Sistema S.

OAB omissa – Convidado pelo presidente da OAB nacional, Marcus Furtado, a participar do 2º Encontro Nacional dos Magistrados do Quinto Constitucional, o desembargador Fernando Carioni, do Tribunal de Justiça do Estado, respondeu negativamente, alegando que a atual direção da Ordem vem se omitindo em relação a graves problemas que afligem todos os brasileiros. Afirma: “A população observa o choque provocado pelos desmandos dos poderes Executivo e Legislativo da nação, constando a completa inanição deste conselho, totalmente antagônicos com anos recentemente passados.”

Desmandos – Disse mais o desembargador Fernando Carioni, ex-presidente da OAB/SC: A dignidade, a honradez empunhada pelos advogados brasileiros em defesa dos interesses nacionais encontravam ressonância e bradavam ombro a ombro com a população civil brasileira contra os desmandos hoje constatados diariamente. A OAB, no atual estágio de letargia em que se encontra, nada mais representa para os advogados e muito menos ainda para a população civil brasileira, pois permanece muda e calada, frente aos desatinos governamentais. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 26.9.15)

Multa moral

Equipes do Sest Senat advertiram cinco carros estacionados inapropriadamente em vagas destinadas a idosos e cadeirantes no estacionamento de um shopping de Florianópolis. A multa moral foi colocada nos vidros destes automóveis. Foi uma ação da semana nacional de trânsito, que tem como tema Dê Carona ao Respeito, independente da sua forma de locomoção. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini/Visor – 28.9.15)

Pobreza na Inovação, por César Smielevski*

No atual nível de competitividade, no qual as fronteiras geográficas de concorrência foram definitivamente derrubadas, inovar em processos e produtos é o que verdadeiramente possibilitará a diferenciação e o crescimento das empresas em nosso país. São inúmeras as ações adotadas pelas companhias, que visam ,em tese, proporcionar a seus funcionários condições propícias à produção inovadora, seja pelo provimento de um ambiente de trabalho descolado, flexibilidade de horário ou a miscigenação de equipes em torno de um projeto específico. Portanto, o resultado prático destes esforços fica prejudicado na medida em que as sinapses do raciocínio lógico e criativo da força de trabalho não foram devidamente desenvolvidas.
Consequência de um sistema educacional antiquado, onde as universidades, tendo a função de preparar o indivíduo para o atual mercado de trabalho, estão de forma generalizada condicionando milhões de mentes a práticas arcaicas, como se ainda vivessem no passado.
Presas às disciplinas do século passado, que nada mais agregam diante do que temos disponível em tecnologia, a maioria das universidades brasileiras não percebe que a pesquisa e o desenvolvimento são os atalhos para a inovação e, consequentemente, a oportunidade de novos e promissores postos de trabalhos para seus egressos.
Essa deficiência é transmitida às empresas pelo perfil cartesiano, burocrático e nada criativo da mão de obra contratada, recém- formada pelas universidades, que impele o círculo vicioso de produtos e serviços anacrônicos na cadeia produtiva, desinteressantes ao mercado consumidor e letal para a competitividade de qualquer empresa.
Se queremos um parque fabril moderno e inovador, atingindo rapidamente um patamar de excelência em nível internacional, é premente que discutamos a aplicabilidade de nossos currículos universitários. Concomitantemente na universidade, o estudante deve interagir com disciplinas, atividades e professores que o estimule a pensar fora da caixa. Sua mente deve estar preparada de tal forma para que, quando convidada a operar em seu potencial máximo, livremente e sem barreiras, sua criatividade aflore, gerando as inovações que o mercado avidamente aguarda e que garantirão a longevidade de nossas empresas.
*Presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Fonte: Diário Catarinense – Artigos – 26.9.15)

Mercado, a divindade

Mercado prevê queda do PIB para 2,7% em 2015!
Mercado não acredita em controle da inflação no centro da meta para 2016!
Mercado projeta crise sem fim e perda do grau de investimento para sempre!
Sua Santidade, o Mercado. Os reis e os príncipes pedem a sua bênção. Os súditos, os humildes, os encalacrados, os desempregados o temem.
Como um Fantasma da Ópera, Ele não permite que os mortais comuns possam lhe ver o rosto. E, como Frankenstein, costuma ser mais forte do que o seu próprio criador.
Os fiéis conhecem – e temem – a sua força predatória. Tentam escapar de seus tentáculos, mas, quando percebem sua presença, já foram alcançados pela sua mão peluda e sorrateira.
Como a Santíssima Trindade e como os dogmas da fé, o novo Todo-Poderoso é um ser ubíquo: está ao mesmo tempo em todos os lugares.
Dele, não adianta correr: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
– Quem é? – perguntaram-se, confusos, os Manés da Ilha Formosa.
– É o Mercado… – ensina uma voz cibernética.
– O Mercado Público? – arriscam os ingênuos…
Ah, gente tosca e ignorante! Não é o Mercado, como o conheceis, ó tansos! Não é a mercearia, a praça de comércio, a quitanda, a bodega, a locanda, a venda, o armazém, o armarinho. É o Mercado Financeiro!
– Nesse Mercado não rola uma “geladinha”?
– Que nada! O Mercado é o novo senhor dos povos e das nações, sobrepõe-se a sistemas e constituições, é mais poderoso do que presidentes, ministros, mestres e filósofos financeiros. Pode mais do que os governos, os potentados, os emires. Tem poderes sobre a renda e o emprego.
Ou seja: decide sobre tudo. Sobre a vida e a morte. É o novo Deus!
– E quem é o dono desse Mercado?
– Ele manda em si mesmo e manda em todos. Aliás, ele não manda, subjuga. Foi para Ele que o romancista e contista inglês Somerset Maugham escreveu Servidão Humana…
– Jesus! E como é a cara dele? Como vamos reconhecê-lo?
– Ele não se faz anunciar. Não tem rosto. Não se abre em sorrisos. Sua presença é pressentida no mundo pela quantidade de sofrimento que espalha. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos – 26.9.15)

Formalizada Agenda 2030

Os 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram formalmente ontem a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável composta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS substituem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), vigentes até o fim deste ano.
– A nova agenda é uma promessa dos líderes para a sociedade mundial. É uma agenda para acabar com a pobreza em todas as suas formas, uma agenda para o planeta – disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no discurso de abertura da Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será encerrada domingo. (Fonte: Diário Catarinense – 26.9.15)

Conta de luz continuará com bandeira vermelha

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manterá na cor vermelha a bandeira tarifária referente ao mês de outubro. Com isso, as contas de luz virão com acréscimo de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O sistema de bandeiras tarifárias permite a cobrança de um valor extra na conta de luz, que varia de acordo com o custo de geração de energia. Esse valor adicional é indicado pelas bandeiras verde, amarela e vermelha, de forma a informar ao consumidor se ele está pagando mais caro pela energia.
A bandeira verde indica condições favoráveis de geração de energia, situação que não resulta em acréscimos na tarifa. A bandeira amarela indica condições de geração menos favoráveis. Nesse caso, a tarifa sofreria acréscimo de R$ 2,50 para cada 100 kWh consumidos. (Fonte: Diário Catarinense – 26.9.15)

Santa Catarina é eleito o melhor Estado para viajar no Brasil

Santa Catarina é mais uma vez o melhor Estado para viajar no Brasil, segundo o prêmio da revista Viagem e Turismo da Editora Abril deste ano. Entre destinos no Brasil e exterior, Florianópolis foi eleita a melhor cidade de praia. Nesta, que é a 15a edição do prêmio, os vencedores foram definidos em duas modalidades: por votação popular, disponível na internet entre os dias 1o de julho e 31 de agosto e por um júri especializado, formado pelos jornalistas da revista.
A lista com os 24 vencedores, composta de empresas do setor turístico, foi divulgada quinta-feira. Por sete anos consecutivos, entre 2007 e 2013, SC recebeu o título de melhor Estado para viajar. (Fonte: Diário Catarinense – 26.9.15)

Taxa de desemprego bate recorde em SC

Depois de eliminar quase 15 mil postos de trabalho em julho, Santa Catarina reduziu o ritmo das demissões em agosto, mas ainda assim teve um desempenho ruim. No total, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aponta um saldo de 6.925 empregos perdidos. Foram 77.631 contratações e 84.556 demissões no período, o pior resultado deste mês desde 1995.
Os números também deixam o Estado com o sexto pior saldo absoluto do país entre contratações e desligamentos em agosto, melhor apenas do que Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná.
As 6.925 demissões representam uma queda de 0,34% em relação à quantidade de assalariados de julho. A redução se deve principalmente à queda do emprego nos setores da Indústria de Transformação (-5.250 postos) e do Comércio (-1.224 postos).
Entre os municípios de Santa Catarina com mais de 30 mil habitantes, o que teve o melhor resultado foi Camboriú, com um saldo positivo de 70 postos de trabalho e uma variação de 0,86%. Joinville ocupa a última posição do ranking estadual com redução de 1.613 postos de trabalho, uma variação de -0,84%. (Fonte: Diário Catarinense – Victor Pereira – 26.9.15)

Catarinenses perdem espaço

O espaço de Santa Catarina na cúpula do governo federal vem encolhendo, reforma após reforma. O segundo mandato da presidente Dilma começou com dois representantes da política do Estado no primeiro escalão, com Ideli Salvatti nos Direitos Humanos e Manoel Dias no Trabalho. Confirmada a fusão dos ministérios da Previdência e do Trabalho – e o desembarque de Dias – o ano termina sem nenhum catarinense no primeiro escalão. Vale lembrar que Ideli já teve papel relevante na Esplanada, à frente da Secretaria de Relações Institucionais. Assuntos de interesse do Estado acabavam sendo levados para dentro do Palácio do Planalto. Essa ponte fica por conta da boa relação do governador Raimundo Colombo com a presidente Dilma.

Troca – Embora a bancada do PDT já tenha divulgado o nome do deputado André Figueiredo (CE) para o ministério das comunicações, Manoel Dias sustenta que não há definição sobre a saída do ministério do trabalho. Segundo ele, a indicação do nome é uma decisão do partido. Presidente do PDT, Carlos Lupi, esteve reunido com Dilma.

Desagradou – A distribuição de ministérios para o PMDB não vai assegurar ao governo Dilma apoio da bancada do partido na Câmara. O deputado Mauro Mariani, por exemplo, avisa que os deputados não estão fechados com a negociação conduzida pela liderança:
– Eles não podiam submeter o PMDB a uma vergonha dessas. Foi uma negociação equivocada – reclama.

Limitações – No Congresso, o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) cultivava boas relações com o Planalto. Embora fosse classificado como independente, mantinha contatos tanto dentro do partido quanto com a cúpula do governo. Com a morte de Luiz Henrique, esse papel ficou com o senador Dário Berger (PMDB), mas sem o mesmo trânsito. (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia &#821
; 27.9.15)

Acordem!

Além das criaturas que empatam o trânsito já citadas nesta coluna de sexta-feira, o leitor Eugênio Moretzsohn vê outra fonte de irritação em Floripa: são os antiéticos que seguem à risca a Lei de Gerson e furam as filas das pontes, ultrapassando enquanto podem os demais que aguardam por sua vez. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes – 27.9.15)

Facisc defende o Sistema S

Empresário Ernesto João Reck, 51 anos, de São Lourenço do Oeste, assume nesta segunda-feira à noite, no Costão do Santinho, em Florianópolis, segundo mandato à frente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). A posse será durante o congresso empresarial da entidade e do fórum da confederação das associações comerciais e empresariais do brasil (CACB) que abre neste domingo à noite. Nesta entrevista, ele critica o plano do governo federal de cortar recursos do Sistema S e fala de prioridades da entidade. A Facisc representa 146 associações que reúnem 34 mil empresas do estado.

O que diretoria da Facisc vai priorizar neste segundo mandato de dois anos?

Vamos intensificar as prinpcipais bandeiras da gestão anterior com foco na infraesturutra, cobrança de melhor gestão do dinheiro público e aproximação da classe empresarial com a política.

Como vão trabalhar o projeto Desenvolvimento Econômico Local (DEL)?

Vamos expandir esse projeto que é novo para Santa Catarina. A proposta dele é que os municípios pensem suas vocações com foco no médio e longo prazos. É uma metodologia trazida da Alemanha. O DEL propõe reunir as principais lideranças de cada município e pensar o que é possível fazer para as nossas cidades no futuro. Você sabe que os políticos pensam, no máximo, até a próxima eleição. Nós queremos fazer com que algumas coisas sejam planejadas independente do prefeito que entra. Já temos nove cidades que assinaram acordo de cooperação com a Facisc. Entre elas estão Fraiburgo e Quilombo.

E na infraestrutura em SC?

Priorizamos nossas rodovias estaduais e federais. No Pacto por Santa Catarina temos mais de 160 obras, mas muitas coisas precisam ser feitas ainda. Precisamos duplicar a BR-470 até Campos Novos e a BR-282 até chapecó e São Miguel do Oeste. Também temos necessidade das ferrovias Norte-Sul, Leste-Oeste e entre os portos. Nós somos um Estado exportador, precisamos de mais infraestrutura.

Qual é a sua avaliação sobre os problemas políticos nacionais?

A presidente Dilma precisa fazer gestão da gestão pública. Não adianta aumentar impostos. Ela precisa fazer os cortes necessários, fazer melhor gestão do dinheiro público. Temos muitos ministérios, muitos cargos de confiança e investimentos equivocados. É preciso reduzir isto. Tem dinheiro para emprestar para outros países, mas não tem para investir na nossa infraestrutura. O nosso Estado também precisa fazer cortes. Quantas empresas estatais que não fazem nada e continuam existindo? Poderiam ser fechadas e os empregados, alocados em outros setores. Em nível federal também quanto se gasta para manter a máquina pública? O país só vai ter jeito se reduzir o custo da máquina pública e da Previdência.

Como vê o plano do governo federal de confiscar recursos do Sistema S?

Nós, indiretamente, também fazermos parte do Sistema S porque temos uma parceria muito forte com o Sebrae no Estado. É um trabalho de muito tempo que vem dando muito resultados. Valores são direcionados aos nossos núcleos setoriais que estão fazendo uma grande diferença, dando atenção ao pequeno empresário. Se reduzirem 30%, vamos conseguir atender 30% menos nossos associados, com 30% menos de possibilidade de sucesso das nossas empresas. Vamos formar 30% a menos profissionais. Precisamos de educação, educação, educação, formação, formação, formação… Vão tirar isso? Quanto seremos competitivos? Os cortes têm que ser feitos, mas não é atingindo o meio de produção que vão solucionar o problema. Temos que investir na produção que ela dará retorno com mais impostos. Se aumentar impostos, vão acabar com a produção. O governo federal está fazendo o inverso. Neste momento de crise, o Sistema S, com seus recursos, dá condições de profissionalizar mais. Cortando essa receita, o governo estará matando a galinha dos ovos de ouro.

O senhor investe em conjunto na sua cidade, São Lourenço do Oeste. Que negócios tem e quais são coletivos?

Nosso principal negócio é uma corretora de seguros, mas atuamos também com produção de frangos, erva-mate, reflorestamento e uma agência de viagens. Formamos um grupo de investidores na cidade para construir o Hotel Poente e o Laticínio Lorenzo. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 27.9.15)

Otimismo ou frustração, por Ulrich Kuhn

Eleita, ouvimos da presidente Dilma Rousseff um discurso ressaltando a necessidade do diálogo e do entendimento. Ela afirmou estar mais madura e mais consciente dos reais problemas do Brasil, da necessidade de mudança. O discurso foi uma profissão de fé. Entretanto, saímos desta eleição tensos, emocionalmente abalados e muito preocupados com o futuro. É difícil afirmar qual das mudanças é a mais prioritária.
Poderíamos dizer que a reforma política é a mãe de todas as coisas. Outros dirão, com razão, que devemos primeiro unir novamente o país. Em seguida, a discussão seria em torno da reforma tributária e fiscal. A mudança do sistema federativo também é vital para a descentralização do poder.
Analisando por outro ângulo, a mudança da política econômica engloba muito do que foi listado anteriormente. Não podemos esquecer ainda da reforma trabalhista. A CLT incentiva a rotatividade dos recursos humanos e a baixa produtividade. A atual legislação, ao quase preestabelecer a culpa do contratante, conspira contra o emprego e o investimento. Para piorar, a diferença da forma da fiscalização entre o Brasil e o resto do mundo é abissal, tornando a relação capital e trabalho cada vez mais complexa e imprevisível.
Mudança, presidente, significa, e muito, seriedade no trato do dinheiro público, em todos os níveis. Mudança significa o claro entendimento da necessidade de uma moderna política de educação, começando na infância.
Quanto mais tempo a senhora demorar a implantar estas mudanças, mais os desafios aumentam, mais complexo fica o cenário, mais a nação e a sociedade tendem a se desiludir. E precisamos voltar a ter confiança no amanhã, para investir, crescer e consumir.
Todos nós gostaríamos de poder acreditar que o seu discurso no dia 26 de outubro não foi somente “uma profissão de fé”, mas que signifique passos concretos para enfrentar os desafios. Estes próximos passos serão a base da construção do otimismo ou da frustração.

*Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário / Blumenau (Fonte: Diário Catarinense – Artigos – 27.9.15)

Um teste para Santa Catarina

A previsão de que o fenômeno El Niño deste ano será o mais intenso desde 1950 nos remete a três frentes relacionadas ao clima e às respectivas consequências em Santa Catarina: por parte da sociedade, a compreensão de que levar os alertas meteorológicos a sério é importante até para salvar vidas; estratégias de socorro para as regiões atingidas precisam estar bem articuladas; e investimentos públicos em obras de prevenção são fundamentais.
SC é um Estado diferenciado não só em aspectos econômicos. A forte colonização europeia, forjada em catástrofes humanas e naturais a que o Velho Continente foi submetido por centenas de anos, está no DNA do nosso povo. Portanto, o ponto sobre a compreensão das catástrofes está encaminhado. Calejado por inúmeras enchentes e até um furacão, o Estado, principalmente a região do Vale do Itajaí, já dispõe de uma rede desenvolvida de atendimentos. Logo, o segundo item também está atendido.
Mas Santa Catarina ainda carece de infraestrutura adequada para minimizar os efeitos de tamanho volume de água em períodos de efeitos extremos. Exceção ao radar meteorológico de Lontras, que está em funcionamento e cobre 77% do Estado, e à ampliação da barragem de Taió, com previsão para ser concluída em janeiro, após o ápice deste El Niño, outras sete obras previstas, principalmente de construção e ampliação de barragens e limpeza de rios, ainda estão em processos iniciais, algumas à espera de licenças ambientais. São obras de pelo menos R$ 700 milhões fundamentais para minimizar o impacto das chuvas, principalmente no Vale do Itajaí e no Sul do Estado, e com custo menor do que os prejuízos humanos e os registrados na economia após as catástrofes. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial – 27.9.15)

Observatório da Suprema Corte, por César Luiz Pasoldl*

Em sua fórmula contemporânea, a Constituição é a mais valiosa invenção da história das instituições jurídicas. Sua função é limitar o poder político, isto é, o poder que legisladores e governantes têm de decidir sobre o que é permitido e o que é proibido na conduta dos homens. Por meio de normas de competência, de procedimento e de direitos fundamentais, é a Constituição que estabelece quem decide, como se decide e o que pode e não pode ser decidido.
Contudo, as normas constitucionais têm, em muitos casos, sentido problemático, duvidoso, em razão da imprecisão da linguagem. Terá proteção a mulher que decide interromper a gestação simplesmente porque não se sente apta a criar um filho? Pode alguém acusar de imoral a união entre pessoas do mesmo sexo? Pode a polícia prender os fiéis que, durante o culto, consumiram substância entorpecente para entrar em contato com a divindade? São perguntas que não encontram respostas diretas no texto constitucional.
A tarefa de preencher os inevitáveis espaços linguísticos e de resolver definitivamente as controvérsias constitucionais está reservada, no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal. Suas decisões, à medida que acabam por moldar o estatuto jurídico da cidadania, assumem uma relevância quase tão destacada quanto à da lei fundamental. Elas são o resultado de um processo dinâmico de determinação do sentido e do alcance das normas mais importantes para a vida das pessoas.
Por isso, a Academia Catarinense de Letras Jurídicas e a Procuradoria Geral do Estado organizaram o “Observatório da Suprema Corte”. O ciclo de conferências será em Florianópolis nos dias 29 e 30 de setembro e contará com grandes nomes da doutrina do Direito Constitucional: Dalmo de Abreu Dallari, Juarez Freitas, Paulo de Tarso Brandão, Lênio Luiz Streck e Elival da Silva Ramos. O objetivo é debater e difundir julgamentos expressivos do nosso mais alto tribunal.

*Presidente da Academia Catarinense de Letras Jurídicas / Florianópolis (Fonte: Diário Catarinense – Artigos – 27.8.15)

Chuva causa estragos em pelo menos 10 cidades catarinenses

O mau tempo que teve início com fortes ventos na última quinta-feira, e que se intensificou com a chuva no fim de semana, acumula estragos em Santa Catarina. Pelo menos 10 cidades registraram prejuízo nas últimas horas, quando houve o aumento de nuvens carregadas devido a uma combinação de fatores: frente fria no oceano, queda acentuada da pressão do ar e ventos em altitude que trazem suporte de umidade do Norte do Brasil até Santa Catarina. A Defesa Civil segue em alerta para os níveis dos rios, já que o volume de chuva das últimas 24 horas em algumas cidades superou a média mensal.
Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, foi um dos municípios mais afetados. Cerca de 30 famílias saíram de suas residências em função de alagamentos. Segundo a Defesa Civil, choveu 160 milímetros em 24 horas no município, sendo que a média de todo o mês fica entre 120 e 140 milímetros. Conforme o órgão, mais de 20 pontes de madeira foram arrastadas e há cerca de sete comunidades isoladas: São Vendelino, Barro Branco, Invernadinha, Limeira, Alto Limeira, Pinguirito e Alto Pinguirito. Deslizamentos também foram registrados.

Radar meteorológico auxilia na prevenção – Conforme o coordenador da Defesa Civil em Alfredo Wagner, Emerson Martins, estima-se que cerca de 60% da população da cidade tenha sido atingida direta ou indiretamente pelas chuvas.
Em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, a Defesa Civil está em alerta e acompanha o nível do rio Itajaí-Açu, que já às 14h de ontem marcava 7,10 metros, sendo que o limite de transbordamento é 6,50.
De acordo com o secretário da Defesa Civil de SC, Milton Hobus, o acompanhamento é constante:
– Acompanhamos tudo, inclusive com as imagens do radar meteorológico de Lontras que está em funcionamento. Auxilia muito na emissão de avisos e alertas por parte da Defesa Civil aos catarinense – garantiu.

Tempo nos próximos dias – De acordo com a Central RBS de Meteorologia, as nuvens carregadas vão avançar para o Sudeste do Brasil fazendo com que um ar seco avance ao longo do dia a partir do Oeste. A segunda-feira é de sol e nuve
s com maior nebulosidade de manhã do Centro em direção ao Litoral.
A terça-feira será outro dia de sol e tempo seco em todas as cidades sendo que até teremos maior presença do sol. As temperaturas durante a noite e o amanhecer ficam razoavelmente baixas entre Oeste, Planalto Norte e Serra.
Se nada mudar, o sol ainda aparece na quarta, mas com aumento de nuvens e chuva entre tarde enoite, especialmente no Oeste. A segunda parte da semana deverá ter chuva.
– A primeira quinzena de outubro poderá ter volumes elevados de chuva em SC, influência do El Niño – destaca o meteorologista Leandro Puchalski. (Fonte: Diário Catarinense – 28.9.15)

Municípios do Oeste castigados pelas chuvas tentam se recuperar

Passados dois meses das enxurradas que atingiram SC, as cidades mais prejudicadas – Coronel Freitas, Saudades e Maravilha – ainda sentem os sinais do excesso de chuvas causado pelo El Niño em julho. Há pontes com as cabeceiras danificadas, montes de madeiras que eram casas espalhados pelas ruas e pessoas sem ter para onde ir e ainda vivendo no improviso. Em meio à expectativa de reconstrução, moradores do Oeste já temem os possíveis estragos que o fenômeno climático ainda pode causar, pois as previsões apontam efeitos de forte intensidade durante a primavera na região. Por isso o foco está na prevenção a cargo da Defesa Civil.
O coordenador regional do órgão em Chapecó, Clair Bazzi, diz que os municípios estão orientados para monitorar os alertas de temporais e têm planos de ação para atendimentos emergenciais.
– As pessoas em área de risco devem ser retiradas – exemplificou Bazzi.
Além disso há estoques de lonas, kits de limpeza, de higiene e colchões em cada regional para atender os atingidos. São Miguel do Oeste, Maravilha, Chapecó e Xanxerê funcionam como uma espécie de quartel-general da região.
– Temos como atender nas primeiras 48 horas, para depois acionar o Estado – relata Bazzi, ao destacar ainda que foi criado um Colegiado de Defesa Civil com 22 municípios da regional de Maravilha e, nos próximos meses, o mesmo deve ser feito em Chapecó e Xanxerê.
Enquanto isso, prefeituras tentam reerguer as cidades, ainda que faltem recursos que precisam ser liberados pelo Ministério da Integração Nacional. Em Saudades, por exemplo, o prejuízo é calculado em R$ 45 milhões – equivalente a dois anos de orçamento municipal.
Em Coronel Freitas, o trânsito na avenida Santa Catarina continua em meia pista na ponte sobre o rio Xaxim, que precisa ser reformada. Em Maravilha, a solução mais aguardada é mesmo o desassoreamento e aprofundamento do leito do rio Iracema, cujo pré-projeto já foi encaminhado ao governo federal.

Construções mais altas contra prejuízo maiores – Depois de perder praticamente todos os móveis e eletrodomésticos na enxurrada que atingiu Coronel Freitas, a família da babá Sidineia Siqueira resolveu erguer a casa a três metros de altura. Com auxílio de guindastes, a moradia de madeira, que ficou submersa até o telhado, foi levantada e é sustentada por nove pilares de concreto.
Sidineia tem auxílio dos irmãos, que são pedreiros, na reconstrução. Ela não sabe se conseguirá terminar a obra até o fim do ano e teme a chegada de mais chuva.
– Não quero viver novamente a sensação de ter que fugir de casa com minha filha nos braços e voltar e ver tudo tomado pela lama – diz.
A enxurrada que engoliu a casa da babá também acabou com o estoque do empresário Odirlei Kerstik, proprietário de uma empresa de refrigeração em Coronel Freitas que perdeu cerca de R$ 1,5 milhão. Com dinheiro emprestado por familiares, está retomando o negócio. Mas com precaução: aplicou R$ 120 mil num galpão novo, com dois pavimentos. O térreo funcionará como garagem e o segundo será do estoque, a 3,80 metros do chão.
A tentativa de evitar danos maiores é a mesma para Altair Milkiewkz, de Xaxim. Depois de ver a água alcançar 1,5 metro e ter uma fábrica de vidros e artesanato destruída pela águas do rio que dá nome ao município, ele elevou o nível do terreno, colocando 50 cargas de terra na propriedade.
– Estou ajeitando para depois tentar reconstruir – afirmou, receoso com a temporada de chuva prevista. (Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona – 28.9.15)

Amin: aeroporto está no limbo

Prometido pela Infraero nos últimos 20 anos e garantido pelos três governos do PT, o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis, está no limbo. Essa é situação constatada pelo deputado federal Esperidião Amin (PP), depois de audiências mantidas em Brasília com o presidente da Infraero, Antônio Gustavo do Vale, e com o ministro da Aviação Civil, Alexandre Padilha.
A Infraero não pode investir um único real na execução do projeto já contratado, porque há um acórdão do Tribunal de Contas da União proibindo qualquer investimento em obras incluídas no regime de concessão pública. E a Secretaria Nacional de Aviação Civil está impedida de lançar o edital de licitação para abrir a concessão porque há um contrato em vigor na Infraero.
Amin relatou a situação ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Mauro Mariani (PMDB), ao governador Raimundo Colombo e ao prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior. Uma reunião do Fórum Parlamentar com o ministro Eliseu Padilha está marcada para depois de amanhã, em Brasília. Além de avaliação do impasse, serão estudadas alternativas para superá-lo.
A construção do novo terminal de passageiros do Aeroporto Hercílio Luz é reivindicada há 30 anos. Foi incluída como prioridade da Infraero quando Curitiba e Porto Alegre também careciam de novos terminais. Os aeroportos das capitais do Paraná e do Rio Grande do Sul tiveram entregues modernos aeroportos, enquanto Santa Catarina ficou na promessa. O último contrato com a Espaço Aberto foi rescindido e está na Justiça Federal. A segunda colocada na licitação foi contratada, mas não pode tocar a obra.
Tristeza! Passados 30 anos, Santa Catarina continua o zero da 101. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira – 28.9.15)

Moedas em queda, crise agravada, por Graciella Martignago*

A América Latina enfrenta uma combinação de moedas em queda, inflação em alta e pouco ou nenhum crescimento econômico. As moedas mais desvalorizadas alimentam a inflação, pois tornam as importações mais caras, desafio compartilhado, principalmente, por Brasil, Peru e Chile.
Além de gerar inflação, outro efeito indesejado da desvalorização é o crescimento do endividamento de empresas que captaram recursos no mercado internacional.
Após 2009, as taxas de juros no mercado internacional baixaram significativamente e muitas empresas latino-americanas fizeram emissões de bônus. Como os fundamentos macroeconômicos dos emergentes estavam sólidos, houve apetite dos investidores.
Alguns segmentos, como os produtores de commodities e exportadores de manufaturas, têm uma alta participação de receitas em moeda estrangeira, e, portanto, estão em uma melhor posição para acomodar o crescimento da dívida associado à depreciação cambial.
Pesquisa realizada pelo Jornal Valor Econômico com 41 empresas exportadoras e com atividades fora do país mostrou que 80% registraram crescimento na participação de receitas obtidas no exterior em relação à receita total nesse ano. Empresas catarinenses como a WEG e a Portobello são exemplos.
Por outro lado, companhias que possuem atividades direcionadas ao mercado doméstico ou importador têm tipicamente menos amortecedores. Além de estarem endividadas em dólar, a recessão impedirá que as receitas subam.
Segundo estudo realizado pelo FMI, com mil empresas latino- americanas, as mais vulneráveis estão no México e no Brasil. Uma boa parte dos que emitiram bônus lá fora desde 2009 foram exportadores de commodities, como os do setores de mineração e óleo e gás, mas uma parte relevante de emissores atuam somente no mercado interno. Um caso que tem chamado a atenção é da Petrobras, que tem mais de US$ 50 bilhões em títulos de dívidas (bônus) no mercado de capitais internacional. A empresa, sozinha, é responsável por 30% de toda a dívida corporativa brasileira no exterior. Companhias aéreas também enfrentam o impacto do dólar mais caro no balanço da empresa, uma vez que mais da metade dos custos operacionais estão atrelados ao dólar e tem companhias do setor com expressiva participação da dívida em moeda estrangeira.
Este cenário cria um importante desafio para as autoridades, que devem fazer um balanço entre intervenção e ajuste. Na semana passada, tivemos um exemplo da intervenção do Banco Central brasileiro para impedir que a desvalorização se amplie. Mas, deve-se resistir a tentação de intervir mais do que ajustar, porque os fundamentos pedem pelo ajuste.
Consultora econômica da Fiesc e professora da Unisul* (Fonte: Diário Catarinense – Artigos – 28.9.15)

Alerta de Miriam Leitão

A colunista de economia da Rede Globo, Miriam Leitão, que fez palestra sobre conjuntura econômica, alertou sobre o alto desemprego com a crise em palestra no Fórum da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e do Congresso Estadual da Facisc, a Federação das Associações Empresariais do Estado, que ocorre até amanhã em Florianópolis.
Disse que o problema é mais grave quando se abre os números: o desemprego das mulheres, negros e jovens e bem maior do que a média, o que é preocupante. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti – 28.9.15)

Por um mundo compartilhado

Resta saber se as mensagens de paz e as críticas serão absorvidas por homens e mulheres que detêm o poder de influenciar o destino de milhões de pessoas.
O papa Francisco e a cantora colombiana Shakira, cada um no seu estilo, ocuparam o mesmo palco na última sexta-feira e emitiram coincidentes mensagens de paz e solidariedade para uma plateia planetária. Ambos fizeram suas manifestações na sede das Nações Unidas, em Nova York, e coincidiram num ponto principal: o ser humano pode, sim, construir um mundo melhor, compartilhado por todos, sem fome nem miséria.
Foi enfático o líder da Igreja Católica, que aproveitou os 70 anos da ONU e uma assistência qualificada, formada por cerca de 150 chefes de Estado e de governo de todos os continentes, para classificar como irresponsável a gestão econômica global, guiada pela ambição de riqueza. O Papa condenou duramente o lucro indiscriminado de organismos financeiros que não estão submetidos ao interesse coletivo e defendeu a regulação desses organismos. Aproveitou, ainda, o momento de grande visibilidade para renovar a pregação em defesa do meio ambiente, lembrando que a sede de poder e a propriedade material sem limites favorecem a miséria, destroem a biodiversidade e ameaçam a própria existência da espécie humana.
Foi precisa e contundente a cantora Shakira ao interpretar para o mesmo público a canção Imagine, de John Lennon, que evoca um mundo sem fronteiras nacionais, sem religiões, sem ganância, sem fome – “sem nada por que matar ou morrer”.
Ambos foram aplaudidos de pé pelos assistentes e pelas autoridades presentes. Resta saber se as mensagens de paz e as críticas serão absorvidas por homens e mulheres que detêm o poder de influenciar o destino de milhões de pessoas. Nem a pregação social do líder religioso nem o canto emblemático da artista devem esgotar-se com os aplausos, pois contêm ensinamentos que podem mesmo ser aplicados na construção de uma sociedade planetária mais justa e mais igual.
E esta não é uma tarefa apenas dos governantes. Todas as pessoas podem contribuir com exemplos, ideias e ações nesta cruzada pela proteção do ambiente e pela justiça social.
Como diz um dos versos da canção histórica, é fácil se você tentar. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial – 28.9.15)

Respeito no trânsito. Onde?

Domingo encerrou a Semana Nacional do Trânsito, que teve como slogan neste ano “Dê carona ao respeito, independente de sua forma de locomoção”. O tema escolhido não poderia ser melhor, pena que tão pouca gente leve essa recomendação a sério. O que mais falta no nosso trânsito, atualmente, é respeito. E ninguém escapa: do caminhoneiro ao pedestre, todos só estão preocupados consigo mesmos. Motoristas de veículos pesados, como caminhões e ônibus, acham que porque são grandes podem fazer o que quiserem, são os donos das ruas. Até porque quem vai ter coragem de disputar espaço com eles? Depois vêm os donos dos carros mais potentes, tipo camionetes, que se julgam superiores, por exemplo, aos donos de carros populares. Por alguma razão que desconheço, acreditam que têm mais direito do que os demais de estarem ali, ocupando aquele espaço.
Na sequência vem os motoristas de automóveis, de uma maneira geral, que dizem que as motos só servem para “atrapalhar” o trânsito e atrasar a vida dos outros. E os “motoqueiros”, que também não cumprem as regras básicas de boa convivência, tornando um inferno transitar nas nossas ruas. E tem ainda os ciclistas, muitas vezes andando pelo lado errado da rua (inclusive pelas calçadas) e sem os equipamentos de segurança. E os pedestres? Esses também têm uma boa parcela de culpa neste caos todo. Contribuem de forma significativa para a carnificina no trânsito, não respeitando as regras. Era e
atamente nesse ponto que eu queria chegar. Todos nós, sem exceção, criticamos o comportamento dos motoristas, mas agimos de maneira correta quando somos pedestres? Duvido. Gente cruzando fora da faixa de segurança (mesmo quando ela está bem pertinho) ou atravessando a rua apesar do semáforo estar vermelho para pedestres é o que mais vejo.
No trânsito deveria valer o mesmo ensinamento que aprendemos em casa, com nossos pais: quer que te respeitem? Então, respeite o outro também. Não interessa qual o meio de locomoção, todos têm direitos e deveres, pelo menos na teoria. Já na prática… Não é à toa que mais de 1,2 milhão de pessoas morrem todos os anos vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, sem contar os mais de 50 milhões de feridos. O Brasil é o quinto país nas estatísticas de morte nesse segmento. Em Santa Catarina, a violência no trânsito é 40% maior do que a média nacional. Mudar isso depende de cada um e de todos nós. É uma questão de educação. (Fonte: Diário Catarinense – Viviane Bevilacqua – 28.9.15)

Notícias do Dia – Artigo (28.9.15)

Notícias do Dia – Coluna (28.9.15)

PEC polêmica está na Câmara

Enviada na semana passada ao Congresso, a Proposta de Emenda Constitucional 140 (PEC) que recria a CPMF estabelece que a cobrança da alíquota de 0,20% deverá ser feita até 31 de dezembro de 2019. Pelo texto do Palácio do Planalto, os recursos arrecadados serão destinados ao pagamento de benefícios dos aposentados e pensionistas da Previdência Social.
Para ser promulgada e entrar em vigor, a PEC terá de vencer uma difícil articulação política e também a tramitação legal. A proposta precisará ser aprovada em dois turnos de votação em ambas as casas legislativas, com aprovação de três quintos dos congressistas. No caso da Câmara, 308 dos 513 deputados federais. No Senado, precisará contar com os votos de 49 dos 81 parlamentares.
A tramitação começa pela Câmara, com análise inicial pelos integrantes da Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ). (Fonte: Notícias do Dia – Rafael Thomé – 28.9.15)

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