Atrasos em obras de rodovias resultam em prejuízos para transportador, segundo Pedro Lopes

Atrasos em obras de rodovias resultam em prejuízos para transportador, segundo Pedro Lopes

Florianópolis, 17.9.15 – Muitos são os argumentos para justificar o não cumprimento de programas, ações e projetos no Brasil e em Santa Catarina. Pelo menos esta é a realidade dos últimos tempos, principalmente no que se refere às rodovias. Aqui no Estado, por muita pressão no momento certo, tivemos inaugurada a ponte de Laguna – e nada mais.
Buscando alguns momentos na memória, lembro-me, por exemplo, da manhã em que houve o evento para lançamento das obras do Aeroporto Hercílio Luz – que deveriam estar encerradas em 2017. Até hoje, no entanto, pouco ou quase nada foi feito, a não ser os fingers comprados – e creio que pagos -, que foram atirados ao tempo, depositados nos canteiros da obra.
Ainda recordo-me das rodovias BR 470 e BR 280. De obras por lá tivemos nada. Também tem a BR 285, que parou na divisa com o Rio Grande do Sul. E a BR 163, cujas obras estão inacabadas e a federalização da rodovia se mantém na promessa.
As ferrovias? Para estas não há sequer projeto. Continuam, apenas, as promessas e muitos discursos. Quanto aos portos, as obras de Navegantes e Itapoá estão paradas. Os demais, por sua vez, se arrastam com obras minguadas.
O que nos salva mesmo são as melhorias e manutenções feitas nas BRs 101 e 116. Além da menina dos olhos do governo, a ponte Anita Garibaldi que, como disse, foi uma das poucas obras entregues por aqui.
O saldo destes atrasos e obras prometidas, mas não entregues, para um Estado rodoviarista como o nosso, onde tudo o que se produz é conduzido por caminhão, é percebido nas perdas diárias pelos transportadores, que, talvez, sejam irrecuperáveis. Resultado também dos gargalos enfrentados pelos motoristas que possivelmente serão encarados por, pelo menos, oito ou dez anos, se considerada a suspensão de obras que já deveriam estar prontas.
Por isso, a antiga esperança, aquela que tínhamos tempos atrás, se transformou, hoje, em desesperança.

*Texto veiculado nas edições de hoje dos jornais de Santa Catarina, A Notícia e Diário Catarinense.

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