Pedro Lopes disse que prazo para o Contorno não será cumprido e alerta para os equívocos dessa obra para os usuários da BR-101, na Grande Florianópolis

Pedro Lopes disse que prazo para o Contorno não será cumprido e alerta para os equívocos dessa obra para os usuários da BR-101, na Grande Florianópolis

Florianópolis, 17.8.15 – O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, em entrevista à RBS falou sobre as dificuldades de cumprir o prazo estabelecido pelo Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) até 2018, as obras do Contorno Viário de Florianópolis. Para ele o principal problema está na desapropriação das famílias da região de Palhoça por onde foi estendido traçado, porque a prefeitura de Palhoça permitiu a construção de um condomínio residencial sobre o terreno por onde passariam as vias do contorno.

E em decorrência dessa decisão da administração municipal também vai exigir a construção de oito túneis e alguns viadutos, que nem começaram e então será possível fazer essas obras de arte em três anos? Para Lopes, não. Por isso ele chamou a atenção de quem ninguém foi responsabilizado por ter permitido construir edifícios residenciais sobre as pistas.
Além disso, por conta disso, a obra deve ter um aumento do valor de mais de 200% E quem vai pagar a conta? Todos os usuários da rodovia desde a praça de pedágio de Palhoça até a de São José dos Pinhais (PR). “Se eu morasse no Paraná não pagaria esse contorno que só favorece à grande Florianópolis.”

O presidente da Fetrancesc fez críticas ao então ministro dos Transportes e à ANTT que havia assinado documento para que o Contorno saísse na BR-282, evitando desapropriações e ainda contribuindo para desafogar o transito desta rodovia no acesso à 101. Mas as autoridades preferiram atende aos interesses políticos.

Lopes lembrou que é preciso discutir quem vai pagar o valor pelo aumento do traçado do contorno que era desnecessário do ponto de vista técnico e da irresponsabilidade da administração de Palhoça.

Tudo isso poderia ter sido evitado se interesses diversos que não são da população usuária não tivessem ajudado a criar a situação em que está. Um exemplo citado por Lopes é o projeto alternativo apresentado pela concessionária que passaria no atual traçado da 101 criando no total 11 pistas para o trânsito de longa distância, para o trânsito de curta distância e para o urbano. Este teria um custo de cerca de R$ 400 milhões na época e hoje em torno de R$ 700 milhões.

Estaria pronto e resolvido o problema dos engarrafamentos. Teremos um contorno viário que vai ter apenas 20% do atual movimento do trecho da BR-101, na Grande Florianópolis. Nesta região são mais de 400 mil viagens de veículos de carga por dia, sem contar os que acessam a Florianópolis para trabalhar, estudar e resolver questões com os serviços públicos, entre outros. Fonte: JP/Imprensa Fetrancesc.

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