Clipping imprensa – Evento na Capital discute bem-estar no trabalho

Clipping imprensa – Evento na Capital discute bem-estar no trabalho

Florianópolis, 6.5.15 – Na segunda quinzena de maio, participantes de 50 países trazem exemplos de boas práticas para melhorar o ambiente profissional
Discutir ações para melhorar a qualidade de vida e saúde das pessoas e premiar as boas práticas das empresas são as propostas do Global Healthy Workplace Awards & Summit, que ocorre nos dias 18 e 19 de maio em Florianópolis, numa parceria entre Sesi/SC e Global Centre for Healty Wokplaces. O evento deve reunir 200 participantes de 50 países para debater principalmente a saúde no trabalho.
É a primeira vez que o encontro é sediado no Brasil e a escolha de Florianópolis não foi à toa.
– A cidade foi eleita por ser a capital brasileira com melhor qualidade de vida – diz Eloir Simm, diretor técnico do Sesi/SC e presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.
Para apresentar as boas práticas foram eleitas seis empresas finalistas, como Unilever e Chevron. Um dos objetivos é discutir como envelhecer com autonomia e qualidade e, segundo Simm, nesse caso as empresas também têm papel fundamental.
– Precisamos incentivar mais e criar oportunidades para que as pessoas participem e escolham um estilo de vida mais saudável.
Até 2022, em SC, cerca de 50% dos empregados devem ter mais de 40 anos, período em que podem aparecer as doenças associadas ao sobrepeso e ao sedentarismo – e o custo disso é alto, pois as pessoas começam a faltar ao trabalho. Para o diretor técnico do Sesi/SC, é preciso melhorar alguns indicadores no Estado como taxa de sobrepeso e obesidade, número de acidentes de percurso e faltas ao trabalho.
Suzana da Rosa Tolfo, professora do departamento de Psicologia da UFSC e doutora em Gestão de Pessoas, defende que investir em qualidade de vida no trabalho é uma forma de reafirmar aos trabalhadores que eles são parte fundamental da empresa. Porém, afirma a especialista, ainda faltam iniciativas nesse sentido:
– São muitas organizações de pequeno e médio porte e que ainda não têm a percepção clara de que investir na saúde dos colaboradores pode apresentar resultados positivos para a empresa. Fonte: Karine Wenzel/Diário Catarinense.

SERVIÇO

Global Healthy Workplace Awards & Summit

Quando: 18 e 19 de maio

Onde: Costão do Santinho, em Florianópolis

Mais informações: www.globalhealthyworkplace.org

AMBIENTE DE TRABALHO MAIS SAUDÁVEL

Algumas iniciativas ajudam a garantir o bem-estar dos funcionários

– Instalação de dispositivos de segurança e proteções em máquinas

– Limpeza dos ambientes de trabalho, treinamentos em procedimentos seguros e manutenção preventiva de equipamentos

– Tolerância zero para assédio ou discriminação

– Flexibilidade para lidar com situações de conflito do trabalho com a vida pessoal

– Instalações para fazer exercícios ou fornecer subsídio financeiro para aulas ou equipamentos de ginástica

– Subsídios para a escolha de alimentos saudáveis nos refeitórios

– Estímulo à política de ambiente de trabalho livre do fumo

– Apoio ao diagnóstico e ao tratamento de doenças

– Políticas de igualdade de gênero

– Alfabetização suplementar gratuita ou a preços acessíveis

Fonte: Organização Mundial da Saúde

 
Coluna Estela Benetti

Arrecadação de SC sobe 13% com arrocho à sonegação

Resultado da arrecadação de tributos pela Secretaria de Estado da Fazenda em abril, com alta de 13% frente ao mesmo período do ano passado, surpreende no cenário atual. Mas a secretaria explica que isso foi possível graças à estratégia de rodar as regionais com metas específicas de fiscalização e cobrança. E a promoção do Encontro Fazendário (foto) no mês de março, que deu uma injeção de ânimo para os auditores fiscais e aos demais profissionais da pasta, também ajudou. O secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni comemora o resultado, mas alerta que o sinal de crise ainda não se apagou: no acumulado do ano a arrecadação cresceu 6,57%, abaixo do crescimento da inflação. Tivemos um trimestre pior que as piores expectativas. Agora que a arrecadação reagiu, precisamos estar atentos à continuidade desse comportamento nos próximos meses. A realidade de 2015 se apresenta muito diferente. Alcançar o orçado para o ano (11,18%) ainda é um objetivo ousado para nós, um Estado acostumado a superar as metas nos últimos anos comentou Antonio Gavazzoni.


Simples


Ficou para segunda-feira, às 15h30min, na Fiesc, a segunda reunião com a comitiva nacional que fará o detalhamento das mudanças do Supersimples e outros benefícios às micro e pequenas empresas. O Conselho das Federações Empresariais é parceiro. O evento terá a presença do ministro da secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Segundo o deputado Jorginho Mello, coordenador da comissão Especial das Micro e Pequenas Empresas, a meta é concluir o texto final até 30 de junho.


Cidadania – Coisas da Finlândia


Quem é rico paga mais


Milionário foi autuado em 54 mil euros (R$ 184,8 mil) por dirigir em alta velocidade. No país que é referência em bem-estar social, a renda do infrator pesa no tamanho da multa
Receber uma multa por excesso de velocidade não é um bom momento para nenhuma pessoa. Mas coloque-se na pele do empresário finlandês Reima Kuisla. Ele recebeu multa de 54.024 euros – o equivalente a R$ 184,8 mil – por passar a 103 km/h por hora em um radar com limite de 80 km/h. Não foi erro de digitação, nem engano de algum funcionário público.
Kuisla é milionário, e quando o excesso de velocidade é muito grande na Finlândia, a multa é calculada de acordo com a renda do infrator. A ideia é: se a multa dói para quem não tem muito dinheiro, ela tem de doer para quem tem bastante também.
A autuação teve o efeito desejado. Kuisla, 61 anos, foi ao Facebook e fez 12 posts furiosos, nos quais incluiu uma foto da multa, além de imagens do que os 54.024 euros poderiam comprar, se não tivessem ido para os cofres públicos – como uma Mercedes zero quilômetro. Ele disse que estava pensando seriamente em sair da Finlândia, opinião que mantinha quando foi contatado por telefone, enquanto estava em um bar assistindo a corridas de cavalo.
– O jeito como as coisas são feitas aqui não faz sentido. Para quem e para quê existe esta sociedade?
Há tempos, os países nórdicos têm assumido uma abordagem mais igualitária, adotando impostos progressivos e altos índices de gastos públicos. O que talvez seja menos conhecido é o fato de que eles também praticam a punição progressiva.
Muitas pessoas acreditam que uma pessoa rica deveria pagar mais pela mesma infração, se o objetivo for ser mais justo. A questão é: quanto mais um rico deve pagar?
– Esse é um sistema bem antigo. O resultado são multas mais altas, mas apenas para pessoas que podem pagar – disse Pasi Kemppainen, superintendente-chefe da Diretoria Nacional da Polícia.
Muitos finlandeses ridicularizaram as reclamações de Kuisla. Entretanto, o tamanho da multa chamou atenção no país todo e fez os canais de TV e os jornais impressos debaterem os méritos do sistema finlandês, que utiliza uma fórmula complexa baseada na renda para calcular as multas de cada infrator.
Algumas pessoas se perguntavam se o governo deveria deixar de cobrar esse tipo de multa nos casos em que as velocidades eram relativamente baixas. Outros sugeriam que multas mais altas não passavam de mais uma forma de cobrar impostos. Contudo, a ideia de que os ricos deveriam pagar multas mais altas não parecia estar em questão.
Na Universidade de Helsinki, Jussi Lahti, 35 anos, estudante de pós-graduação de Geografia, afirmou que entendia porque Kuisla estava chateado, mas que considerava o sistema de multa igualitária mais justo. E acrescentou:
– Kuisla tinha escolha quando decidiu andar acima da velocidade.


Multa gerou debate sobre sistema penal

O sistema de multas da Finlândia, também praticado em outros países escandinavos, data dos anos 1920, quando as autuações baseadas na renda dos infratores foram instituídas para pequenos crimes, tais como furto e agressão, ajudando a reduzir consideravelmente a população carcerária.
As multas são calculadas com base na metade da renda bruta diária do infrator, levando em conta quantas crianças vivem na casa, além de uma dedução considerada suficiente para cobrir os custos básicos de vida, atualmente avaliado em 255 euros (R$ 872,53). Em seguida, esse total é multiplicado pelo número de dias de renda que o infrator deveria perder, de acordo com a gravidade do crime.
Kuisla, um investidor que construiu um império imobiliário, foi pego em um radar próximo ao aeroporto de Seinajoki. Em vista da velocidade em que transitava, Kuisla perdeu oito dias de renda. Sua multa foi calculada com base em sua renda de 2013: 6.559.742 euros (R$ 22.445.469,20). Uma pessoa que cometesse a mesma infração e recebesse um salário de cerca de 50 mil euros ao ano (R$ 171.085,00), sem ganhos de capital e sem filhos pequenos, teria recebido uma multa de 345 euros (R$ 1.180,49).
A multa acabou gerando um debate em torno da coerência do sistema penal finlandês. A infração de Kuisla é classificada como um crime, o que pode parecer excessivamente rigoroso em um país considerado leniente em outras áreas. Por exemplo, pessoas condenadas por assassinato podem pegar apenas nove anos de pena, sendo liberadas em quatro anos e meio por bom comportamento, de acordo com Kimmo Kiiski, assessor de transporte do Ministério do Transporte e das Comunicações.
Ele afirmou que uma comissão estava considerando esse tipo de questão e deveria terminar um relatório no ano que vem, provavelmente eliminando as infrações de trânsito do sistema de justiça criminal e deixando de cobrar multas tão altas para violações relativamente pequenas.
De acordo com Kiiski, Kuisla teria pago uma multa de apenas 100 euros (R$ 342,17) se estivesse andando 3 km/h mais devagar.
– É preciso haver alguma diferença dependendo da renda ou, então, não haveria justiça, mas não uma diferença tão grande – afirmou Kiiski. Fonte: Suzanne Daley | The New York Times/Extraído do Diário Catarinense.

Sérgio da Costa Ramos

Forração de outono


Ah, as comidinhas do frio… Bolinhos fritos de aipim, ou o próprio, ao natural, nadando no melado. Um guisadinho de frescal, com paçoca de pinhão. Doce de leite, ou a sua rapadura, na sobremesa. Eis o caminho hipercalórico para estufar a pança e alcançar uma “itiriça” das brabas, isto é, uma “ligeira”, na linguagem litorânea dos manés.
Ah, as comidinhas de outono-inverno na cidade tão simpática de Nossa Senhora das Lages! Come-se sempre bem, e nem sempre seremos punidos com alguma desgraça, como a ocorrida naquele hilariante conto de Márcio Camargo Costa. Uma sátira aos costumes políticos. O “deputado da região” fora contemplado com uma “itiriça” e, solitário na casinha, tivera que optar por “carqueja ou sabugo”.
Ou seja: palha de vassourinha ou a “capa”de um sabugo de milho, para os arremates da limpeza – os asseios, se é que me entendem. Alcançaram-lhe maria-mole, da boa, um belo maço de capim florido.
– Carqueja ou sabugo pro “sô” deputado? – perguntaram os correligionários, pressurosos.
E o coroné:
– Tá loco, home! Pro deputado aqui, na farta de “papé ingenco”, tem que sê maria-mole! E das bem florida, que agora é tempo!
Pobre deputado. Junto com o chumaço verde, o verdadeiro papel higiênico campeiro, veio o ferrão de centenas de abelhas africanas.
Folclore e imaginação à parte, come-se bem nas coxilhas de Lages e São Joaquim nesta época em que o frio começa a se instalar e os os queixos não rejeitarão as comidinhas da época.
Daqui a pouco, o pinhão aparecerá em todas as panelas e em todas as chapas, cozinhando em grandes tachos, ou ardendo na forma de “sapecada”. Logo será o tempo do pinhão e da canjica – aquela papa de milho que se mistura com leite e se polvilha com canela. A família se reunirá em torno do grande fogão de cozinha, dotado de espaçoso forno a lenha, lareira perpétua a queimar nó de pinho. E viverá um dia típico do pré-inverno lageano.
Uma ovelhinha aqui, um borrego mamão ali, uma costela pingando num fogo de chão acolá. Quem tiver a sorte de estar por lá, numa das nossas Suíças, que se prepare para ganhar as adiposidades da estação, robustecer o calo abdominal – que nisso os serranos são mestres pós-graduados, grandes anfitriões que são, “monstros” de hospitalidade.

“Os indicadores aumentaram perigosamente” , entrevista – Raimundo Colombo, Governador de SC


Quais as providências para atender a segurança em Criciúma?

De forma emergencial a nossa equipe já se deslocou para lá. Na quinta-feira (amanhã) vai o secretário de Segurança, o comando da PM, delegacia-geral da Polícia Civil e inteligência. Vamos fazer uma operação especial na região de Criciúma e vamos a partir de agora tomar uma série de medidas a médio e longo prazo para fortalecer toda a ação de segurança pública nessa região, onde de fato os indicadores dos últimos meses aumentaram perigosamente.

Que medidas são essas a médio e longo prazo?

Estamos fazendo novo concurso para chamar mais policiais militares. Em março já ingressou um número significativo e agora está em andamento a conclusão do concurso da Polícia Civil. Temos demanda judicial para conseguir liberar a instalação das câmeras de videomonitoramento que é um ganho bastante importante em várias cidades de SC. As câmeras já estão compradas e o problema é uma questão de fibra ótica de empresas, que uma contesta a outra e a sociedade fica no prejuízo.

Como o senhor avalia o posicionamento do vice-governador (a respeito da violência em Criciúma)?

Não gostaria de comentar a declaração do vice-governador e ele está fora. Conversei só por telefone, vamos ter uma conversa pessoalmente. Eu desejo é que a gente some forças e faça o melhor trabalho à sociedade, que é o que esperam de todos nós.

Quanto tempo vai durar a operação?

É uma operação sigilosa, não posso dar detalhes, ela se alonga por mais tempo.


Coluna Moacir Pereira

Sul terá mutirão de segurança


As duas mais longas audiências que o governador concedeu ontem trataram do aumento da criminalidade em Criciúma e de obras e serviços do Estado pendentes no Sul catarinense. A primeira, durante uma hora e 45 minutos, Colombo tratou dos problemas da região com a chamada Bancada do Sul, integrada por oito deputados estaduais. A segunda, também com quase duas horas de duração, confirmou um mutirão especial com todas as forças policiais para o enfrentamento da criminalidade em Criciúma.
A força tarefa já iniciou a operação que será deflagrada oficialmente na quinta-feira. Os órgãos de segurança e inteligência, contudo, já estão em campo para a execução de uma grande e inédita mobilização em Criciúma. Na origem da onda de assassinatos e assaltos está o tráfico de drogas e entorpecentes e a ação de verdadeiras quadrilhas em bairros da cidade. Polícias Militar e Civil vão dar combate frontal aos criminosos nos próximos 90 dias.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio, passou a segunda-feira em Criciúma ouvindo as lideranças regionais e trocando informações sobre a operação a ser deflagrada. Ele acompanhou há mais de um ano uma situação de insegurança semelhante registrada em Chapecó. Ao mesmo tempo, o governo prometeu instalar 100 câmeras de segurança, reformar a Delegacia da Mulher e construir o Case no terreno a ser doado pela prefeitura.


Restrições


A atuação do ex-vereador e empresário João Fabris (PMDB) no cargo de secretário de Desenvolvimento Regional de Criciúma tem provocado reparos no Centro Administrativo. O próprio governador Raimundo Colombo criticou o desempenho do secretário no encontro com os deputados do Sul para tratar da crise de insegurança em Criciúma.


Nomeação

A professora Dalva Dias é a nova chefe de gabinete do deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) na Assembleia Legislativa. O ato de nomeação foi publicado ontem no Diário Oficial. Dalva Dias é esposa do ministro do Trabalho, Manoel Dias, principal padrinho da campanha de Minotto no Sul do Estado.


Alemanha

Os deputados Ana Paula Lima (PT), Aldo Schneider (PMDB) e Kennedy Nunes (PSD) embarcam amanhã para a Alemanha. Integrarão a comitiva dos auditores fiscais que vai participar do 1º Seminário Internacional de Administração Tributária Brasil-Alemanha. Estarão presentes 72 auditores fiscais de todo o Brasil, sendo oito catarinenses. O grupo é liderado pelo presidente do Sindifisco, Fabiano Nau.


O programa


A comitiva terá três dias de seminário com especialistas alemães e brasileiros na Universidade de Humboldt, Berlim. Fará visita ao Parlamento da Alemanha e ao Ministério de Finanças de Berlim. Seguirá depois para visita oficial ao Porto de Hamburgo, um dos maiores da Europa. Completará dia 18 de maio com roteiro em Munique.


Duplicação da SC-403 – 
Primeiro trecho será entregue sexta-feira


Era para ter sido liberado no feriado de 1o de maio, mas o primeiro trecho duplicado da rodovia SC-403, localizado no Km 3, em Ingleses, no Norte da Ilha, será entregue na próxima sexta-feira, segundo a Secretaria de Infraestrutura do Estado.
O capeamento já está finalizado, mas o atraso na entrega para o tráfego de veículos se deve às reivindicações da população do entorno, que se queixa principalmente da segurança no túnel para pedestres. Empresa e secretaria estão realizando estudo de tráfego para apurar se a liberação do trecho acontecerá nos dois sentidos da pista. Segundo o engenheiro fiscal da obra, Ivan Amaral, algumas medidas que não constavam no projeto foram incluídas.
— Estamos colocando muretas de concreto na borda do elevado que fica em frente à escola para evitar acidentes. Até sexta-feira também trabalharemos para melhorar a instalação elétrica e a sinalização na passagem para pedestres localizada abaixo da rodovia — explica.

Termo de compromisso


Autopista Litoral Sul destinou, nesta semana, o valor de R$ 3,5 milhões referente a um termo de compromisso ambiental pela obra do contorno viário. O destino do dinheiro será decidido por uma câmara técnica de compensação, que contém técnicos da Fundação do Meio Ambiente (Fatma). O recurso só poderá ser utilizado para o benefício do meio ambiente. Viram, senhores políticos! Cacau Menezes


Artigo

Prevenção a tornados, por *Roberto de Oliveira


A existência de tornados no Brasil somente há pouco tempo deixou de ser ignorada. Este retardamento criou um atraso na compreensão e na proposição de medidas para enfrentar este problema. Eventos catastróficos ainda deixam a desejar na precisão, explicação, avaliação e, principalmente, mitigação dos seus efeitos. Entre esses, destacam-se os fenômenos tornádicos baseados em um trabalho técnico apresentado em evento da meteorologia brasileira.
Embora dirigidas especialmente a esses efeitos, as recomendações contidas neste texto podem ser estendidas também a furacões, bem como a terremotos, com ligeiras adaptações. As ações pós-desastre sempre culminam em avaliações técnicas que recomendam a construção de edificações mais fortes ou apenas abrigos parciais (públicos ou privados). Mas a realidade é que, mesmo em países mais ricos, a população não segue essas recomendações.
A recuperação das edificações, por exemplo, recria as mesmas condições anteriores, proporcionando o estabelecimento do chamado ciclo vicioso do desastre. Em vista da falta de atenção e ações efetivas mitigatórias, medidas mais realistas devem ser adotadas aqui. Algumas recomendações de eficácia inquestionável são propostas.
Primeiramente, os danos pessoais: detritos viajam a velocidades muito altas, então, alerta-se para pessoas não ficarem em pé, que protejam a cabeça, mesmo em temporais muito fortes, e procurem abrigos apropriados ou peças no interior da casa onde haja construção de alvenaria com laje, como porões ou banheiros. Em relação a medidas de ordem estrutural, é aconselhável que, em edificações públicas, o poder normativo na construção de edificações hospitalares e escolares já atue no edital de licitação pelo atendimento efetivo das normas de vento, de modo a servir como abrigo.
A conscientização deve ser irrestrita em SC, pois nos situamos em um dos corredores de tornados – o segundo mais intenso do mundo. Também deve haver o emprego de uma linguagem padrão de alerta proposta pelos meteorologistas a ser adotada nos meios de comunicação. Por fim, a efetividade dessas medidas está ligada à previsibilidade e à localização desses eventos, fruto de ações da previsão de tempo, em cujos modelos haja colaboração com a população para se conseguir uma previsibilidade de 15 minutos para um tornado.
*Diretor técnico da Associação Catarinense de Engenheiros – Florianópolis.

Compartilhe este post