Três Cachoeiras, 23.4.15 – Em nova onda de protestos, caminhoneiros bloqueiam pelo menos três pontos de estradas no Rio Grande do Sul, na manhã desta quinta-feira. Desde a meia-noite, a BR-101, em Três Cachoeiras, a BR-386, em Soledade, e a BR-470, em Veranópolis, têm interrupções por manifestantes.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os protestos acontecem no km 22 da BR-101, no km 243 da BR-386 e no km 181 da BR-470. Caminhoneiros que tentam passar pelos trechos são abordados por manifestantes, que bloqueiam a passagem. Demais veículos estão liberados. Houve registro de para-brisas quebrados em razão de motoristas que furaram a interrupção — em Soledade, mais de 20 veículos teriam sido atingidos.
A PRF não soube informar quantos caminhões permanecem em cada ponto. Policiais acompanham as manifestações e, pela manhã, devem começar as primeiras negociações para liberação das rodovias. Nas estradas estaduais, segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), não há bloqueios.
Na noite de quarta-feira, pneus foram incendiados às margens de rodovias por manifestantes na BR-101, em Três Cachoeiras, e na BR-285, em Ijuí. A nova paralisação da categoria foi definida na tarde passada, após reunião com o governo federal terminar sem acordo. A principal reivindicação era a criação de uma tabela com o preço mínimo do frete — medida vista como inconstitucional pelo Planalto.
Entre o fim de fevereiro e o início de março, caminhoneiros realizaram interrupções em todo o país e houve desabastecimento de alguns produtos em função das manifestações. Fonte: * Zero Hora.
Greve dos caminhoneiros: SC não registra bloqueios nas estradas na manhã desta quinta-feira
A
pós uma reunião com membros do governo que terminou sem acordo, caminhoneiros de todo o país iniciaram, a partir da meia-noite desta quinta-feira, uma nova onda de protestos pelas estradas. Em Santa Catarina, não há registro de bloqueio em nenhum ponto das rodovias até as 8h20min desta quinta-feira.
No entanto, há movimentação de manifestantes na BR-282, em São Miguel do Oeste, Maravilha e Concórdia, e na BR-153 em Irani, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Representantes dos caminhoneiros informam também haver concentrações na BR-163 em Barracão e em Cunha Porã. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) não registrou movimentação nas rodovias estaduais catarinenses.
O caminhoneiro integrante do movimento, Junior Bonora, está em São Miguel do Oeste na manhã desta quinta-feira, onde cerca de 60 pessoas estão reunidas no trevo da BR–282. Ele informa não haver caminhões parados no local e os caminhoneiros que passam são abordados e convidados a parar e participar da mobilização.
:: Anúncio de nova paralisação dos caminhoneiros gera filas em postos do Oeste
No Rio Grande do Sul, são registrados três pontos de bloqueio até as 8h20min desta quinta-feira. Paraná, São Paulo e Mato Grosso também têm paralisações.
Fonte: Diário Catarinense
Gasolina será vendida a R$ 2,99 após acordo
Um acordo entre o Sindicato de Revendedores Varejistas de Combustíveis da Grande Florianópolis e Secretaria de Defesa do Consumidor da Capital na manhã de ontem determinou que 28 postos vendam o litro da gasolina a R$ 2,99 neste sábado em Florianópolis (veja ao lado).
A medida compensatória é uma alternativa às multas aos estabelecimentos por preço abusivo, segundo análise do Procon, e também ao mandado de segurança do sindicato que questionava a atuação do órgão.
As multas, que em média seria de R$ 50 mil por posto de combustível, somavam R$ 1,4 milhão. O secretário de Defesa do Consumidor de Florianópolis, Tiago Silva, explica que a medida é benéfica e que foi definido que os postos pratiquem das 0h até as 23h59min deste sábado o preço anterior ao repasse dos tributos pelo governo federal, ou seja, R$ 2,99. A ação do órgão já havia feito os preços na cidade caírem em torno de R$ 0,40, de R$ 3,49 para R$ 3,09.
– Representa uma vitória para o Procon e para o consumidor. Nós iremos continuar fiscalizando – afirma o secretário.
Joel Fernandes, diretor do Sindicato de Revendedores Varejistas de Combustíveis da Grande Florianópolis, também defende que o acordo é positivo para ambas as partes:
– Nós desistimos do mandado de segurança e eles, das multas. Colocamos uma pedra em toda essa questão – comenta.
Acordo beneficia o consumidor
Luciano Duarte Peres, presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Bancário, afirma que quando há um bom acordo é sempre melhor para ambas as partes.
– O objetivo do Procon nunca é a aplicação da multa, é chegar a um acordo. A partir do momento que os postos cumprem o que foi determinado, a multa torna-se desnecessária.
Peres defende que a fiscalização deve ser constante. Para o advogado, o consumidor sairá ganhando caso se mantenha o preço mais justo nas bombas, resultado da queda gradativa nas últimas semanas. O preço mínimo no levantamento mais recente da Agência Nacional de Petróleo (ANP) na Capital era de R$ 3,20 o litro. Fonte DC
Segurança no trabalho
Chapecó vai sediar dia 28 o Encontro Estadual do Movimento em Defesa da Vida, Saúde e Segurança da Classe Trabalhadora Catarinense (Movida). O ato público pretende reunir duas mil pessoas na praça Coronel Bertaso, após caminhada pela avenida Getúlio Vargas. Segundo os organizadores, nos últimos quatro anos o número de notificações de acidentes e doenças do trabalho cresceu 325% no oeste.
SERGIO DA COSTA RAMOS
Catarina, a Ilha
O primeiro navegador a contemplar este poema insular chamado Ilha de Santa Catarina, feito de portos abrigados, enseadas, duas lagoas debruadas por dunas de ouro e 42 praias de areias prateadas, foi o veneziano Sebastiano Caboto, que registrou:
“São 10 léguas de comprimento por 3 de largura, uma ilha capilar e verde, cercada por praias de areia fina”.
Sua ancoragem na Baía Sul, que deveria ser de poucos dias, prolongou-se por quatro meses – de outubro de 1526 até fevereiro de 1527. Por pouco não se torna hóspede perpétuo da ilha, que se chamava, então, “dos Patos”.
Caboto batizou-a com o nome da patroa, sua mulher, Catarina. Estava arrebatado pela beleza do lugar. Entre a cabeleira das montanhas e o espelho das baías, vislumbrou o retrato da mulher, tão distante, na planura do mapa-múndi.
Depois do veneziano, o seu achado se transformou numa espécie de escala obrigatória entre os navegadores europeus que desciam o Atlântico, rumo ao Pacífico, contornando o Cabo Horn.
Um deles, o suíço-alemão Carl Gustav Seidler, aqui ancorou 24 vezes, a primeira delas em 1823. Chegou de madrugada, quando a joia estava oculta pelo breu da noite:
“A primeira luz revelou praias de areia fina, uma floresta ondulada pelas montanhas e algumas das paisagens que só poderiam ter sido concebidas pelo pincel do Criador”.
É fácil inebriar-se, como Caboto e Seidler. Brilhando sob o sol do outono, a Ilha resplandece em sua inigualável natureza, revelando sua carteira de identidade, onde consta a filiação ilustre: é a filha predileta do Criador.
Nada terá
No que não depende da sua bela natureza, a Ilha de Santa Catarina é a negação absoluta de uma rationale turística. É a terra do “já teve” e do “nunca terá”. Logo ali, em Camboriú, tem marina e teleférico. Em Itajaí, tem a Volvo Ocean Race e a Vila da Regata, Porto Belo é um consolidado polo de recepção turística.
Aqui, não é permitido nem desassorear o rio Itacorubi, para evitar a reincidência das enchentes no Santa Mônica. E hotel na Ponta do Coral parece ser “crime” tão grave quanto a construção de uma siderúrgica à beira-mar. Fonte DC
Entrevista Milton Hobus
“Não temos cobertura suficiente de radares”
A informação de que os tornados ocorridos no Oeste de Santa Catarina no começo desta semana poderiam ser previstos por um radar meteorológico levou a população catarinense a questionar a inexistência de um equipamento que possa monitorar a região atingida. O equipamento atualmente existente em Lontras não cobre aquela parte do Estado. Em entrevista ao DC, o secretário de Defesa Civil de SC fala sobre a necessidade de reforço no monitoramento e futuros investimentos.
Quanto a equipamentos, o Estado tem o suficiente para fazer o monitoramento de todo o território do Estado?
Não, não temos. Estamos no início do trabalho. Primeiro, não temos todas as informações centralizadas e tratadas. Não temos uma cobertura suficiente de radares e nem conhecimento para saber tratar todas essas informações. É algo que vai acontecer passo a passo. O importante é que existe planejamento e cada mês colhemos mais resultados.
Então ainda falta estrutura para o Estado? Tanto de equipamento quanto de pessoas?
Mesmo sem uma estrutura adequada a Defesa Civil emitiu para a região do Oeste um alerta de fortes temporais para segunda-feira. Só que não temos nem conhecimento e capacidade para avaliar uma informação como recebemos do Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), cujas imagens estão disponíveis para Santa Catarina. Ainda não temos capacitação dos meteorologistas para tratar essas informações. E tudo isso é um aprendizado, que demanda um tempo e que o Estado já começou a fazer.
Quais são os equipamentos necessários?
Um radar como o de Lontras a ser instalado no Oeste de Santa Catarina, que é promessa do Governo Federal e que iniciará a varredura desde o Rio Grande do Sul. A previsão que o Governo Federal passou é para o final deste ano. Mas o governador já determinou, que se não ocorrer a ajuda, o Estado irá fazer porque não podemos mais esperar. Outro radar menor, com outras características, deve ser instalado no Sul. Além desses radares, outros R$ 25 milhões devem ser investidos para equipamentos no Centro de Monitoramento de Alertas e equipamentos de campo para levantar mais informações.
Já tem lugar determinado para esses radares?
O estudo definitivo do lugar específico não está pronto, mas deve ser em Chapecó. E outro menor deve ser em Criciúma. A ideia é que tudo esteja funcionando junto com o Centro de Monitoramento de Alertas, em junho de 2016.
Como o Estado irá se preparar para fazer a manutenção desses equipamentos, para não deixá-los inoperantes como o radar de Lontras?
É todo um aprendizado. Nós ainda não estamos prontos para operar esse sistema. O próprio radar em Lontras estava operando de forma assistida. Nós ainda não demos o aceite dele, justamente por causa disso. E o que aconteceu com ele foi um problema técnico com a queima de alguns circuitos eletrônicos que a empresa ainda não soube explicar. Segundo a experiência do Simepar, que tem esses equipamentos, houve problemas no início e depois foram solucionados.
O Estado poderá se defender dessas intempéries?
Iniciamos isso em 2013. Esse processo está em construção e levará algum tempo para que todos no Estado tenham acesso a essas informações e todos possam agir. Vamos aprendendo, fazendo intercâmbio de informações. Queremos que o Estado tenha real condições de enfrentamento desses desastres que podem ocorrer.
Cabe à Defesa Civil melhor informar a população sobre como agir nessa situação?
Esse é um trabalho que começamos em 2013 e que fizemos seminários de capacitação para que os municípios tenham planos de contingência. Mas as cidades que não têm essa memória de desastres acabam não fazendo. Se você vai a Blumenau, Rio do Sul, Itajaí, esse planos estão prontos e a população melhor orientada. Porém, sem essa informação de base, a ação do Centro de Monitoramento de Alertas, que será inaugurado, e informações de outros sistemas ficam sem efetividade. Por isso, o Estado está investindo na contratação dos planos de contingência municipal para todas as 295 cidades.
O que é esse Centro de Monitoramento e como ele poderá ajudar nessas situações?
Dentro do projeto do Centro de Monitoramento de Alertas está a disponibilização de informações e ação pela internet e via celulares para que as pessoas tenham acesso a todos os alertas no território de Santa Catarina.
Onde será esse Centro de Monitoramento de Alertas?
Na Defesa Civil, em Florianópolis, e ficará pronto em um ano. Ele irá integrar todas as informações do Estado, para interpretar e disponibilizá-la apurada. Os meteorologistas vão se comunicar e centralizar as informações. Fonte DC
Duplicação da BR-116
A BR-116, que corta a Serra catarinense, tem 100 pontos críticos que precisam de correções e de duplicação. No feriado da Páscoa trechos tiveram congestionamentos de 20 km. A Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense decidiu agilizar ações de um grupo de trabalho junto à Autopista Planalto Sul sobre estudos de readequação de vários trechos. Priorizou agora a bandeira da duplicação. Fonte: coluna Moacir Pereira.
A greve, os agricultores e os caminhoneiros
A greve é um direito constitucionalmente assegurado aos trabalhadores e pode ser exercido em condições extraordinárias, nas quais as relações de trabalho e produção perdem o equilíbrio e se desfazem os parâmetros de justiça. Os transportadores se utilizaram desse direito em março deste ano, quando o preço dos combustíveis, dos pedágios e de outros itens de custos se elevaram e inviabilizaram essa essencial atividade profissional e empresarial.
O modo como se operou, na prática, esse direito e seus reflexos em outra categoria muito sacrificada – os produtores rurais – merecem uma reflexão. Sem meias palavras, é preciso dizer o seguinte: essa greve criou percalços para toda a sociedade, mas gerou sérios prejuízos para as famílias rurais que, ironicamente, apoiaram os caminhoneiros.
Em quase todo o transcurso do movimento, os grevistas interromperam o fluxo de matérias-primas das áreas rurais para as indústrias – e leite, grãos, frutas, hortigranjeiros, aves, bovinos e suínos deixaram de chegar às agroindústrias. No contrafluxo, rações, pintinhos, leitões e outros insumos deixaram de chegar aos estabelecimentos agrícolas. As indústrias paralisaram a produção por falta de matéria-prima e de local para estocagem dos produtos processados. Os depósitos e os pátios ficaram repletos de mercadorias que não puderam sair em direção aos centros de consumo em razão do bloqueio das estradas.
O resultado disso foi devastador para a agricultura e o agronegócio em geral, e para a economia das famílias rurais, em particular. É preciso lembrar que o oeste barriga-verde responde por 75% da produção agropecuária do Estado. Foram jogados fora milhões de litros de leite; faltou ração para um plantel permanente de quase 100 milhões de aves e 5,5 milhões de suínos.
No momento em que se fala na reedição da greve dos transportadores, está chegando a “conta” da paralisação anterior que se situa em cerca de 400 milhões de reais, dinheiro que não circulará na economia catarinense, não entrou na conta dos produtores e faltará no caixa das agroindústrias.
Eventual nova paralisação, além de obedecer os parâmetros da lei, precisa evitar os males causados a segmentos vulneráveis da sociedade e o risco que corremos de perder o privilegiado status sanitário que a cadeia do agronegócio construiu nos últimos 30 anos, uma conquista que sustenta milhares de empregos e gera bilhões em riquezas, beneficiando famílias urbanas e rurais. Artigo :Mário Lanznaster – Presidente Da Cooperativa Central Aurora Alimentos
SC vai reforçar equipes da área de sanidade
Bo Embora esteja tomando medidas para reduzir os custos com pessoal, o governo catarinense terá que reforçar as equipes que atuam nos trabalhos de defesa à sanidade agropecuária. Isto porque é preciso manter melhor status sanitário do país, o de livre de aftosa sem vacinação, que está aquecendo as exportações de agroindústrias do Estado. De acordo com o secretário de Agricultura e Pesca, Moacir Sopelsa, são necessários cerca de 80 médicos veterinários e mais 70 a 80 profissionais para atuar nas 63 barreiras de proteção ao Estado nas divisas com a Argentina, Paraná e o Rio Grande do Sul. O governador Raimundo Colombo disse que será encontrada uma solução para contratar mais fiscais. Há um questionamento judicial sobre o último concurso da Cidasc, que impede a realização de um novo concurso. A Procuradoria Geral do Estado está tentando resolver esse impasse disse Moacir Sopelsa. Tanto o governado Colombo quanto os secretários estão sendo pressionados pelo sindicato das empresas de carnes, o Sindicarnes/SC para aumentar as equipes porque se ocorrer algum evento sanitário as perdas para o setor, que é o mais dinâmico da economia estadual, hoje, serão grandes. Conforme o secretário, as equipes atuais são suficientes para o trabalho, mas o problema é que muitos profissionais estão se aposentando e isso exigirá novas contratações para a Cidasc e Epagri. Se o Paraná já tivesse adotado barreiras sanitárias para deixar de vacinar contra a aftosa e buscar a certificação junto à OIE, SC até poderia reduzir um pouco suas equipes, mas essa realidade ainda está longe.
Caminhoneiros de novo nas estradas
Apesar da recessão, vem aí, novamente, o movimento dos caminhoneiros com uma série de barreiras em todo o Estado depois do grande prejuízo sofrido na mobilização anterior, do final de fevereiro e início de março.
É lamentável que, apesar da recessão enfrentada pelo país, o governo federal pouco se esforçou para atender reivindicações da categoria. É claro que há um custo em reduzir o preço do diesel, mas podiam negociar outras alternativas. Ignorar o movimento do setor de transporte é jogar o risco ao setor produtivo. E justamente por quem cometeu o exagero de elevar em mais de 400% o fundo partidário beneficiando quem tem credibilidade zero.
Com o balanço da petrobras, o dólar fechou ontem em queda de 0,62%, a r$ 3,0083 menor patamar desde 4 de março. A divulgação de dados sobre o fluxo cambial positivo, as votações no congresso e melhora do clima político também ajudaram.
Escândalo
As perdas da Petrobras de R$ 21,58 bilhões em 2014 com R$ 6,1 bilhões devido à corrupção revelam escândalo que precisa ser punido duramente. Imagine quantas obras de infraestrutura poderiam ser feitas no país com esse dinheiro! Para lembrar: a BR-101 Sul tinha custo inicial de US$ 1,1 bilhão. Fonte: coluna Estela Benetti.