Florianópolis, 26.3.15 – As obras do trecho de Biguaçu e Palhoça do Contorno Viário da Grande Florianópolis começam em 25 de abril. Na última segunda-feira, a Autopista Litoral Sul recebeu a Licença de Instalação para os dois lotes que faltavam, Norte e Sul, que somam 34 quilômetros.
De acordo com a concessionária, o trabalho deve ser concluído até 2018, três anos após o início das obras nessas últimas áreas. O trecho intermediário, com 15,3 quilômetros em São José, já está em obras desde maio de 2014.
Entre as condicionantes da licença está a exigência de comunicar ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) o início da obra 30 dias antes – o que a empresa fez ontem.
“Já contratamos a empresa para construir a rodovia nesses trechos e as negociações com os moradores que precisam vender suas propriedades para a construção do contorno estão em andamento. Nosso objetivo é entregar o mais rápido possível”, explica o gerente de Planejamento Estratégico da Autopista Litoral Sul, Marcos Guedes.
No trecho intermediário, a obra está dentro do cronograma e cerca de 40% já foi executada. Os trabalhos no local incluem terraplenagem, drenagem, construção de uma ponte, um viaduto, uma passagem em desnível e um trevo.
O Contorno Viário de Florianópolis desviará parte do fluxo de veículos da BR-101, entre Biguaçu, Governador Celso Ramos, São José e Palhoça. O anel viário terá 50 quilômetros de pista dupla, com início no km 177 da BR-101, no Vale do Rio Inferninho, e final no km 220, próximo à ponte do Rio Aririú.
O projeto foi desenvolvido pela Autopista após discussão com os municípios abrangidos, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e os governos federal e estadual.
Fonte: Notícias do Dia
Mais perto de sair do papel
Com a autorização do Ibama para dar sequência no Contorno Viário da Grande Florianópolis, as novas obras começarão pelo trecho Norte, em Biguaçu, dentro de 30 dias. O comunicado foi feito ontem ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) pela Autopista Litoral Sul, que a partir de abril deste ano tem três anos para concluir o contorno.
Atualmente a concessionária trabalha no trecho intermediário, entre os quilômetros 211 e 215, em São José, e até 25 de abril deve iniciar no quilômetro 177, em Biguaçu.
Conforme o traçado, o contorno terá 50 quilômetros de pista dupla, cortando os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça, com início no Km 177 da BR-101, no Vale do Rio Inferninho, e final no Km 220, próximo à ponte do Rio Aririú.
Diferentemente do projeto original, por uma recomendação do Ibama, dois túneis em São José foram acrescentados ao projeto, em um aditivo. Para reduzir os impactos ambientais e evitar o corte de um morro, a solução foi fazer o desvio pelos túneis que serão incluídos no trecho intermediário, em São José.
– Foi uma solução técnica que será executada paralelamente à obra – explica o gerente de Planejamento da Autopista, Marcos Guedes.
Após quase um ano de tramitação para a liberação das licenças, a dificuldade agora fica por conta do andamento das desapropriações. Guedes lembra que 41% das áreas já foram desapropriadas, mas a especulação imobiliária que se formou na região por conta da obra tem dificultado algumas negociações.
– Muitos não acatam o valor da avaliação e não podemos pagar mais que o valor de mercado. Quando não conseguimos chegar a um acordo, o Ministério Público tem um decreto que nos possibilita uma ação de desapropriação e emissão de posse e a negociação ocorre em juízo – afirma Guedes.
Primeira etapa tem 40% de execução
A primeira etapa da obra, que começou em maio de 2014, está cerca de 40% executada segundo relatório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Inclui terraplenagem, drenagem, construção de uma ponte, um viaduto, uma passagem em desnível e um trevo.
Um dos motivos que barravam a liberação da Licença de Instalação (LI) pelo Ibama era o impacto da continuidade da obra em nove aldeias indígenas existentes na região. Em 16 de março, a Funai se manifestou favorável ao Estudo do Componente Indígena, necessário para o Ibama emitir a LI.
Foram definidas condicionantes para manter a cultura e tradição indígena. Para isso foi elaborado um estudo antropológico, além de cuidados para não interferir nos hábitos das tribos, bem como promover assistência necessária aos índios da região.
Fonte: Mônica Foltran – Diário Catarinense
Especialista avalia que é viável cumprir cronograma até 2018
O engenheiro Ricardo Saporiti, consultor contratado pela Federação das Indústrias de SC (Fiesc) e responsável por um estudo sobre a BR-101 em Santa Catarina, avalia que a liberação das licenças é um avanço. Ele considera perfeitamente exequível a obra no prazo de três anos, mas alerta que não pode haver mais empecilhos.
Ele lembra que ainda há muito a se fazer, como a contratação das demais empresas responsáveis pela execução e a continuação dos seguimentos que dependem de indenizações.
– Se iniciar agora, o tempo é viável, mas não pode ser perdido – adverte o engenheiro.
O presidente da Câmara de Transporte Logístico da Fiesc, Mário Cezar Aguiar, vê com bons olhos a liberação das licenças e a continuidade da obra, mas lembra que o contorno deveria estar concluído inicialmente em 2012, o prazo foi prorrogado para 2015 e depois, com um Termo de Ajustamento de Conduta, estendido até 2017.
– O contorno vai aliviar o tráfego de caminhões na região, mas não é a solução. Precisamos melhorar e ampliar a BR-101 – observa.
“Vamos agilizar o processo”
Marcos Guedes, Gerente de Planejamento da Autopista Litoral Sul
– Com a liberação das licenças, as desapropriações são o principal entrave agora?
Sim. Nos trechos Norte e Sul entramos com ações de desapropriações e cabe ao juiz entregar a emissão de posse. Os que tiverem de acordo vamos fazer a negociação e os que não concordarem podem questionar na Justiça. O problema é que não podemos pagar mais que o valor de mercado, que é baseado no valor dos imóveis da região. Temos um limite de negociação e muitos pedem diferenças absurdas. O fato é que as obras do Contorno geraram uma especulação de mercado que muitas vezes acaba influenciando alguns proprietários.
– Qual o prazo de conclusão das obras?
A partir de abril começa a contar o prazo de três anos para a execução da obra. Faltava a Licença de Instalação para a totalidade da obra e dependia das compensações ambientais, este trâmite demorou quase um ano. Tínhamos apenas a Licença de Instalação para o trecho intermediário. A partir de abril temos o compromisso de terminar a obra em três anos.
– Como será a execução dos trabalhos a partir de abril?
Temos uma empresa de Curitiba contratada para o trecho Norte e a licitação em andamento para empresas que farão a continuidade dos demais trechos. Vamos trabalhar com oito a 10 frentes dividindo os 50 quilômetros totais da obra, em trechos menores para agilizar o processo. Várias empresas trabalhando em no máximo dois lotes cada.
Fonte: Mônica Foltran – Diário Catarinense
Editorial – Fiscalizar e cobrar sempre
Antiga reivindicação de quem utiliza a BR-101 na Grande Florianópolis, o contorno viário na região ainda engatinha, apesar da boa notícia do início da semana da liberação de licenças ambientais por parte do Ibama para a continuidade das obras. Se confirmadas as previsões da empresa que administra a rodovia, o trecho de 50 quilômetros entre Biguaçu e Palhoça ficará pronto em 2018. São seis anos de atraso.
Principal obra de melhorias estabelecidas em contrato quando da concessão pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) à Arteris, que na BR-101 opera com o nome Autopista Litoral Sul, em 2008, o contorno vem se arrastando por anos, ora barrado por questões ambientais, agora superadas, ora por questões indígenas ora por falta de empenho da empresa na execução de projetos ou por omissão de autoridades na cobrança do cumprimento das regras estabelecidas.
Projeção feita pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que acompanha de perto a evolução da obra, estima que ao ficar pronto o contorno irá absorver 18% do tráfego, a maioria de veículos pesados, que hoje cruza a Grande Florianópolis pela BR-101, no trecho considerado o mais violento das rodovias federais no Brasil. Acelerar a conclusão da obra não se trata apenas de uma questão de economia, que a rigor é fundamental para o desenvolvimento do Estado, mas também de humanismo. Não é aceitável que os usuários convivam diariamente com o perigo e estejam sujeitos a risco constante de morte.
O contorno é vital, não há dúvidas. Por isso deve-se manter vigilância sobre o andamento das obras que já tiveram o pagamento por elas incluído nas tarifas de pedágio. Vigilância essa que o DC tem sido parte atuante desde 2013 com a série de reportagens “Pedágio sob suspeita”, que tratou de esmiuçar o cronograma de melhorias que deveria ter sido executado pela concessionária. Na época, a sociedade se mobilizou para cobrar urgência da empresa na realização das obras e que, em sua maior parte, ainda não haviam saído do papel. A pressão e a cobrança se mostraram eficientes e devem ser permanentes.
Em resumo
Editorial trata da importância da obra para a segurança dos usuários da BR-101 e para a economia de SC
Fonte: Diário Catarinense
Marginal pronta em dois meses
Enquanto uma equipe de operários finaliza a terraplanagem nas proximidades do Direto do Campo, outros trabalhadores começam a remoção do muro da Casa da Agronômica, a residência oficial do governador Raimundo Colombo. Uma faixa do terreno foi repassada à Prefeitura de Florianópolis para execução da obra de ampliação da marginal da avenida Beira-Mar Norte. A melhoria, que inicialmente servirá para dar fluxo ao trânsito naquele local, futuramente abrigará o corredor de ônibus da Capital. A expectativa da Secretaria de Obras é começar a construção do anel viário central no segundo semestre.
As equipes que executam a obra na Beira-Mar Norte deram início à instalação de uma cerca dentro do terreno da Casa da Agronômica. Depois disso, serão removidos muro e camadas de pedra e terra, deixando livre o acesso entre o Direto do Campo e a Polícia Federal. “Precisamos seguir medidas de segurança para que o espaço não fique desprotegido”, disse o secretário de Obras de Florianópolis, Rafael Hahne.
Nesse trecho, que corresponde à etapa 1, são 600 metros de obra. Na etapa 2, são 400 metros, que serão executados posteriormente, nas proximidades do Titri (Terminal de Integração da Trindade). Naquele ponto (segunda etapa) será acrescida uma faixa de domínio entre o CIC (Centro Integrado de Cultura) e a Secretaria de Saúde do município, no bairro Trindade. A implantação da marginal da Beira-Mar custará R$ 614 mil. Os trabalhos começaram no dia 23 de janeiro e têm previsão de término em 23 de maio. “Com esta melhoria, eliminamos o gargalo do trânsito em frente ao Direto do Campo. Não teremos corredor de ônibus agora, mas sem essa obra de infraestrutura não seria possível implantarmos o anel viário no futuro”, afirmou Hahne.
Fonte: Alessandra Oliveira – Notícias do Dia
Última etapa do projeto contempla corredores de ônibus
Além dos recursos para as obras do corredor de ônibus, a Secretaria de Obras terá de buscar aprovação de verba para a revitalização do calçadão da Beira-mar, local que será modificado quando as obras do anel viário começarem. “Nossa intenção é alargar ainda mais a área de caminhada e melhorar a arborização”, antecipou Rafael Hahne.
Quando pronto, o anel viário, que ligará o Centro à Beira-mar e aos bairros Pantanal, Saco dos Limões, José Mendes e Prainha, terá 17 quilômetros. A última etapa do projeto contempla corredor exclusivo de ligação entre os terminais Tirio, Tican e Ticen. Para a conclusão da obra, será necessário duplicar a Rua deputado Antônio Edu Vieira e construir o elevado do Rio Tavares. Também será preciso aterrar partes da orla da avenida Beira-Mar Norte. O corredor de ônibus no entorno do Morro da Cruz passará pelo Centro, Agronômica e Pantanal e será exclusivo até o bairro José Mendes.
Fonte: Alessandra Oliveira – Notícias do Dia
Estado cresce mais do que o país
O faturamento das empresas de produtos alimentícios em Santa Catarina cresceu 8% ao ano entre 2007 e 2011, o dobro da média nacional, segundo estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). O trabalho será apresentado hoje no Fórum Econômico do Grande Oeste Catarinense, que se inicia às 18h, no Lang Palace Hotel, em Chapecó.
O estudo faz parte do projeto Rotas Estratégicas Setoriais para a Indústria Catarinense, dividido em 16 temas, que aponta as estratégias e os obstáculos das empresas catarinenses para crescer nos próximos sete anos, até 2022.
As exportações do setor agroalimentar nacional geraram um saldo positivo de R$ 28 bilhões no período. E o Estado é o responsável por 8% das vendas de alimentos do país para o exterior, tendo como principal destino o Japão, com 17% das vendas.
Setor também tem gargalos
A área, porém, enfrenta gargalos como o déficit de milho, que gira em torno de 40% da demanda, e problemas de infraestrutura, como rodovias não duplicadas e falta de ferrovias no Oeste.
Outro limitante é a produtividade dos trabalhadores do setor. No abate e processamento de itens de carnes, por exemplo, um trabalhador catarinense produz R$ 59 mil por ano, contra a média nacional de R$ 66 mil.
O vice-presidente da Aurora Alimentos, Neivor Canton, disse que o faturamento acima da média brasileira, mesmo com um crescimento um pouco menor do que a produção nacional, revela que a indústria catarinense está apostando em produtos de maior valor agregado.
– Nosso foco não pode ser commodities, mas produtos diferenciados, mais elaborados, para mercados com um nível de exigência maior.
Em Chapecó, será apresentado também o estudo do setor de móveis e madeira. Um dos objetivo dos empresários dessa área é retomar as exportações, que caíram de R$ 827 milhões em 2008 para R$ 594 milhões em 2012.
Fonte: Darci Debona – Diário Catarinense
Futuro do Oeste
Mais de 500 pessoas confirmaram presença no 1o Fórum Econômico do Grande Oeste Catarinense, hoje à noite, numa iniciativa da Fiesc, Universidade do Oeste, com apoio do Sebrae, BRDE e Acic. O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, fará um panorama de SC com perspectivas ao Oeste e outros temas sobre cenários e competitividade serão debatidos. O agronegócio exportador é o setor mais animado da região enquanto o comércio está preocupado.
Fonte: Estela Benetti – Diário Catarinense
Diz que fica
João Carlos Ecker garante que continua à disposição do PMDB para continuar à frente da Secretaria de Infraestrutura. Circulam nos bastidores informações de que ele estaria de saída. Ecker avisa que fica no posto até que o partido ou o governador decidam o contrário. Ontem, ele esteve na Fiesc para apresentar as obras em andamento no estado.
Fonte: Coluna Moacir Pereira, interino Upiara Boschi – Diário Catarinense.
É contigo, Mariani
Na transmissão do cargo de coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense não houve passagem de faixa, só de demandas. Foi assim na noite de terça-feira, quando Mauro Mariani (PMDB) assumiu a função que era ocupada até então por Esperidião Amin (PP) e já foi recebendo um calhamaço do presidente da Fiesc, Glauco Côrte. Atento, o senador Dário Berger (PMDB) observava o aliado receber os pedidos da indústria.
Fonte: Coluna Moacir Pereira, interino Upiara Boschi – Diário Catarinense
Fim da linha
Sindicato das Empresas de Transporte Urbano da Grande Florianópolis (Setuf) entrega hoje ao Ministério Público informe sobre a defasagem da tarifa praticada em São José. Caso não obtenham autorização para aumentar a passagem, as empresas pretendem encerrar as atividades dia 13 de abril. Como não existe um marco regulatório do transporte coletivo no município, o risco é real.
Fonte: Rafael Martini – Diário Catarinense
SC almeja receber cruzeiros maiores
O debate sobre a abertura de Balneário Camboriú para o mercado de transatlânticos chegou a um novo e ousado patamar. A Secretaria de Turismo do município protocolou ontem junto à Marinha o projeto de um porto completo para navios de cruzeiro, com estrutura para receber os maiores transatlânticos do mundo.
A proposta é diferente da ideia inicial, que sugeria ancorar as embarcações em alto-mar e oferecer pequenos barcos que trariam os turistas do navio até o molhe. Agora, o projeto envolve estender o molhe da Barra Sul em 370 metros e dragar o canal para permitir a atracação de até dois navios ao mesmo tempo, um na parte interna e outro na parte externa da estrutura.
O maior atracadouro, na parte interna do canal, permitiria até a parada do Allure of the Seas, navio da companhia Royal Caribbean, que é hoje o maior do mundo em atividade e que ainda não pode ser recebido em nenhum porto turístico do país por falta de espaço.
O autor do projeto é André Guimarães Rodrigues, bacharel em Ciências Náuticas e prático em Itajaí, que afirma com veemência que a atracação em Balneário é possível e viável e classifica as condições na baía de “quase perfeitas”. Segundo ele, o local escolhido fica protegido de ventos e ondas e tem pouca influência de correnteza, já que o Rio Camboriú tem baixa vazão se comparado, por exemplo, ao Itajaí-açu. O custo do projeto ainda não foi estimado.
O protocolo do projeto é o primeiro de uma série de longos passos que a prefeitura de Balneário Camboriú terá que transpor se quiser que a cidade receba os transatlânticos. Os trâmites incluem desde estudos de navegabilidade e simulações de atracação, passando pela avaliação profunda das condições naturais e, enfim, o licenciamento ambiental.
O projeto ainda precisa de uma estrutura de embarque e desembarque de passageiros e também de espaço para alfandegamento da Receita Federal.
Fonte: Diário Catarinense