Amanhã acontece em Florianópolis o Fórum sobre Mobilidade e Infraestrutura de Transporte, reunindo especialistas de todo o país para discutir temas como corredores específicos para ônibus nos centros urbanos; a relação ônibus de turismo, transporte escolar, de passageiros e de fretamento; táxis e limites de circulação em perímetros urbanos. O evento é realizado pela Federação dos Transportes de Carga e Logística de SC (Fetrancesc) e Câmara Interamericana de Transportes (CIT).
Fonte: Rafael Martini – Diário Catarinense
Caminhão cai de ponte e quatro pessoas morrem
Um caminhão caiu de uma ponte na BR-282, em Joaçaba, no Meio Oeste catarinense, às 2h30min de ontem, após sair da pista e romper a defensa da estrutura. Os corpos dos quatro ocupantes do veículo foram encontrados por mergulhadores do Corpo de Bombeiros entre as 6h e as 11h. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), como não há grande fluxo no local, as pistas estão liberadas.
De acordo com a empresa proprietária do caminhão, Transportes Edevaldo Rocha Ltda, o motorista do caminhão era Marcos Guimarães, de 49 anos. O veículo com placas de Gaspar/SC estava carregado com alimentos enlatados que seriam entregues em Joaçaba. O acidente ocorreu em um trecho conhecido como trevo do Chocodinho, sobre a ponte Alfredo Ítalo Remor, que tem cerca de 50 metros de altura. O caminhão continua totalmente submerso no rio, em uma região com oito metros de profundidade.
As vítimas foram levadas ao Instituto Geral de Perícias (IGP).
Fonte: Diário Catarinense
Pontos mais perigosos da SC-418 passarão por reforma emergencial
Medidas propostas pelo Departamento de Infraestrutura de Santa Catarina começam pela manutenção da iluminação, drenagem, corte de vegetação e reforma dos guardrails da rodovia.
A reação à tragédia que deixou 51 mortos e oito pessoas feridas no sábado deve começar nos próximos dias com cinco ações emergenciais de manutenção da SC-418, conhecida como Serra Dona Francisca, e duas propostas que serão discutidas com empresários, políticos e a comunidade de Joinville a partir da próxima semana.
O Departamento de Infraestrutura (Deinfra) anunciou na terça-feira que os pontos mais perigosos da serra, entre Pirabeiraba, em Joinville, e Campo Alegre, devem passar por uma manutenção que envolve cinco pontos: sinalização horizontal e vertical, iluminação, drenagem, corte da vegetação e reforma dos guardrails.
Também serão discutidas medidas mais complexas para dar segurança aos motoristas, como a instalação de áreas de escape, semelhante as que existem na BR-376 – serra Curitiba –, e a proibição do transporte de cargas perigosas, esta com um estudo mais adiantado e já proposto pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de Joinville.
O diretor do Deinfra em Joinville, Ademir Machado, passou boa parte do dia ontem em Florianópolis para acertar os pontos que serão atacados para garantir mais segurança no trecho, para o qual não há grandes obras previstas – exatamente o mais perigoso, onde há as curvas da serra.
– Vamos atacar primeiro os três pontos mais perigosos da serra, as curvas mais acentuadas. Uma equipe já está começando a limpeza e roçada – diz Machado.
É a segunda operação emergencial em pouco mais de um ano. No começo de 2014, um grupo levou em torno de 10 dias para concluir uma manutenção completa no trecho de sete quilômetros.
Fonte: Diário Catarinense
Os perigos dos 30 quilômetros da serra
Declives, curvas sinuosas seguidas de retas e trânsito intenso de veículos de carga e de passeio fazem do trecho da BR-470 em Pouso Redondo uma ameaça. No caso do acidente que ocorreu em 2000 com o ônibus argentino da empresa Giménez Viajes, a imprudência foi a principal causa do desastre rodoviário.
A reportagem voltou ontem ao local e encontrou um trecho mais seguro, com mureta de contenção, placas de velocidade máxima permitida e controladores de velocidade, mas que ainda exige muita atenção dos motoristas que trafegam por ele.
Nos quase 30 quilômetros da rodovia federal em Pouso Redondo – do 165,6 ao 197 – 164 pessoas morreram entre os dias 1o de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2014. A maior parte dos acidentes ocorre no Km 195. Para o chefe da 4a Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Carlos Stanislau os números são justificados pelo fato de que o trecho corta a cidade – com cruzamentos em desníveis da pista, excesso de pedestres e motociclistas –, mas principalmente pelas descidas acentuadas e pelo mau uso do freio:
– O tráfego é misto e muitos caminhoneiros descem usando o freio no pedal e não o motor, o que acaba provocando muitos tombamentos.
Em todo o trecho perigoso há placas de velocidade máxima permitida: 60 km/h e 40 km/h em curvas fechadas. Basta observar por alguns minutos o vaivém de carros e caminhões para constatar que muitos não respeitam o limite de velocidade.
– O acidente não se deu em nenhum momento por causa da pista, mas devido ao excesso do motorista. Não conhecia talvez bem o risco que tinha a serra – avalia o policial rodoviário federal Manoel Fernandes, que trabalhava no posto de Rio do Sul em 2000.
Trecho passou por reparos
O policial explica que desde que a pista foi melhor sinalizada, quando houve a construção de uma mureta no Km 195 e a instalação de controladores de velocidade, o número de acidentes com automóveis reduziu.
No fim do ano 2000, o Estado reforçou a sinalização, com a instalação de placas em poturguês e espanhol e editou uma cartilha em espanhol para as agências de viagens da Argentina.
O motorista de Joaçaba João Batista de Souza percorre semanalmente a Serra da Santa e sabe que a pressa não combina com o trecho:
– Tem que ter muita tranquilidade. Desço a serra a 30, 40 km/h. Se todo motorista fizesse a sua parte, não ocorreria tanto acidente.
Fonte: Diário Catarinense