Clipping – Paralisação dos caminhoneiros

Clipping – Paralisação dos caminhoneiros

  

Polícia monitora trechos das estradas de Santa Catarina


A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina continuam monitorando o tráfego nos trechos onde há caminhoneiros parados em protesto por uma série de reivindicações da categoria que envolvem reivindicações trabalhistas e de tráfego. O Batalhão de Choque da PRF está reforçando o policiamento.
Na manhã desta quarta (25), por volta das 11h15, o trecho da BR 282, no km 571 em Nova Erechim, foi liberado após conversa com o com o superintendente da PRF. Porém, outros 21 trechos federais ainda permanecem bloqueados. Em Xanxerê houve tensão entre caminhoneiros e policiais.
Os manifestantes estão deixando os caminhões estacionados no acostamento e impedem a passagem de outros caminhões com carga seca. Os demais veículos estão passando, mas por causa da manifestação, o trânsito nestes trechos é mais lento e gera congestionamento na maioria das rodovias.
De acordo com o inspetor Luiz Graziano, da PRF, a movimentação é muito dinâmica e não é possível prever a liberação das rodovias por enquanto. Ele afirmou que o superintendente está na região Oeste, junto à Tropa de Choque da PRF, e aguarda negociação.
A PRF alerta que a interdição é apenas para veículos de carga e afirma que não existem pontos de bloqueio para veículos de passeio ou ônibus nas rodovias federais do Estado.
Quem precisa passar por alguma BR ou precisa se informar sobre a situação na estrada pode acessar o mapa www.goo.gl/ESZ2b8 
Fonte: Notícias do Dia Online

Manifestantes colocam fogo em pneus no trevo da Femi, em Xanxerê


Pouco mais de 12 horas após a Polícia Rodoviária Federal pôr fim à paralisação de caminhoneiros no trevo da Femi, em Xanxerê, um grupo de pessoas ateou fogo em pneus e bloqueou novamente a pista da BR 282 por volta das 10 horas desta quarta-feira (25).
A condição é crítica no local e policias tentam manter a ordem. Há uma semana a greve dos caminhoneiros bloqueia as rodovias em Santa Catarina. Nesta quarta-feira, conforme a PRF, mais de 30 trechos federais e estaduais estavam bloqueados no estado.
O movimento dos caminhoneiros ganhou força nesta semana e se espalhou por diversos pontos do país. Preocupado com o impacto econômico do movimento, representantes do governo federal se reunião com empresas de Transporte para tentar uma negociação.
Fonte: Notícias do Dia Online

  

Governo precisa negociar rápido com caminhoneiros


Diante do crescimento das manifestações de caminhoneiros no Estado e no país, com elevadas perdas econômicas e desabastecimento, o governo federal precisa negociar e chegar a um acordo rápido com a categoria. Afinal, é a única que consegue parar o país em poucos dias porque a dependência para o modal rodoviário de transporte é de quase 100%. Há uma década atrás, os bancários e os motoristas de caminhão paravam o Brasil rapidamente. Com os bancos cada vez mais digitais, a força ficou só com os caminhoneiros.
Para o presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado (Fetrancesc), Pedro Lopes, Santa Catarina é um dos Estados mais prejudicados porque é grande o número de bloqueios em rodovias. Ontem à noite, eram mais de 25, incluindo os acessos aos portos de Itapoá e São Francisco do Sul. O empresário, que vai representar a categoria de SC na reunião de negociação hoje à tarde com os ministros da Casa Civil e Transporte, em Brasília, aguarda avanços nesse encontro. A categoria pede redução do preço do diesel, adoção efetiva da negociação dos financiamentos concedidos pelo BNDES junto a bancos, reajuste satisfatório do frete, redução do tempo para aposentadoria de 35 anos para 25 anos e melhoria nas rodovias, entre outras.
O governo não quer negociar a redução do preço do diesel, mas talvez, pela força do movimento, terá que adotar essas medidas. A propósito, vale lembrar que até poucos anos, o diesel sempre foi mais barato do que a gasolina para apoiar a produção agrícola e o transporte. Diante de tantos erros na política econômica e nos preços dos combustíveis dos últimos dois anos para ganhar a eleição, pode ser necessário voltar a antiga política para que o país volte ao normal. O que se espera é rapidez.
Fonte: DC – Estela Benetti

Movimento cresce e polícia usa força para desbloqueio


A desocupação ontem à tarde do km 504,4 da BR-282, em Xanxerê, marcou o momento mais tenso dos protestos dos caminhoneiros desde que a mobilização começou. Cerca de 50 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram mobilizados na ação inicialmente pacífica, mas que terminou com correria e a tropa de choque da PRF avançando contra os manifestantes.
O desbloqueio começou às 16h45min, quando a polícia chegou ao local e comunicou que os motoristas não poderiam mais ficar na rodovia federal. Após breve resistência, os caminhoneiros começaram a deixar a BR-282. Eles tentaram ir para a rodovia estadual vizinha, a SC-480, mas foram impedidos pela PRF, o que gerou revolta. Pela jurisdição, as vias estaduais são responsabilidade da Polícia Militar Rodoviária, mas o inspetor-chefe da Comunicação da PRF em Santa Catarina, Luiz Graziano, diz que, como os manifestantes estavam saindo de uma estrada federal e tinham intenção de bloquear o tráfego na outra via, a ação tem embasamento legal.

Operação policial será feita em outros locais

O advogado Avelino Bertolon, que representa algumas empresas e associações de Chapecó convenceu os motoristas a prosseguirem com a manifestação. Ele foi chamado pelos agentes da PRF para negociar a situação, mas acabou preso. Houve então pedradas contra as viaturas e pelo menos mais duas pessoas foram presas. A tropa de choque da PRF entrou em ação e avançou contra o protesto com bombas de gás e de efeito moral, dispersando parte do movimento. Por volta de 20h30min o cenário já era tranquilo na região.
– Vamos fazer essa operação em todo o Estado para garantir a realização do movimento, mas também o direito dos caminhoneiros que queiram seguir viagem – afirmou o superintendente da PRF em Santa Catarina, inspetor Silvinei Vasques.
Além dos problemas no trânsito, a mobilização afeta outros setores. Ontem, agricultores também em protesto, jogaram leite na estrada porque com a paralisação não conseguem transportar o produto.
Na tentativa de resolver o impasse, o governo federal instala hoje uma mesa de negociações e diálogos com representantes dos caminhoneiros. A redução do preço do óleo diesel, no entanto, não está em pauta, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

Fonte: Diário Catarinense – Darci Debona, Luiz Antônio Hangai, Gabriel Rosa, Thiago Santaella, Vitor Pereira e Upiara Bosch


Manifestação disseminada

Protesto que começou quarta-feira avança pelo estado, atrapalha o abastecimento de combustíveis e a entrega de produtos perecíveis causando desabastecimento no Oeste de SC


“Sem ajuda, o setor vai falir”

DIEGO COVATTI, Caminhoneiro

Diego Covatti, 21 anos, é um dos integrantes da mobilização em Nova Erechim, na BR-282. Ele sente na pele o aumento dos custos, pois sua comissão deve baixar de 15% para 13%.
Por que você decidiu aderir ao movimento?
Diego Covatti- Com esse aumento dos combustíveis vai baixar meu salário. Só ganho comissão e a comissão deve cair de 15% para 13% se não houver uma mudança. Um frete para o Espírito Santo está R$ 8 mil e sobra apenas R$ 2 mil. Isso não dá nem para o desgaste do caminhão. Ou a gente faz a greve e todo mundo ajuda ou o setor vai falir.

Quais são as outras reivindicações do movimento?
Covatti – Não dá para pagar eixo erguido em pedágio. A gente gasta R$ 750 em pedágio para ir para São Paulo. As estradas estão ruins. Em Santa Catarina a BR-282 e a SC-469 estão cheias de buracos. A gente arrisca quebrar um eixo. É uma vergonha o uso da força policial. Nossa manifestação é pacífica. Estamos liberando carro pequeno, câmara fria fica só 48 horas e carga perecível está passando.

Mas vocês não estão forçando o pessoal a parar?
Covatti – O pessoal está sabendo que caminhão não passa.


“É justa, mas mal organizada”

NERI CORREIA, Caminhoneiro


Neri Correia, 45 anos, saiu de Itajaí, no domingo, para buscar uma carga de frango em Itapiranga e ficou parado na barreira duas vezes: em Xanxerê e depois em Nova Erechim.

Você concorda com a manifestação?
Neri Correia – A reivindicação é justa, mas está mal organizada. Tinha que definir uma data e aí pais de família poderiam ficar em casa. Além disso, não tinha condições de banheiro e higiene em Xanxerê. É arriscado ficar parado na estrada pois há risco de roubo. Eles ameaçavam com um cone quem não queria parar.

Mas a situação não está difícil para o setor?
Correia – Eu sou empregado. Ganho comissão. Se ficar parado não ganho e tenho a família para sustentar.

Quanto você deixou de ganhar com essa paralisação?
Correia – Em três dias já são R$ 500 que a gente não ganha. Isso depois fará falta.


O efeito nas indústrias


Grandes companhias alimentícias já interromperam a produção e alegam que a coleta está comprometida por causa dos bloqueios de caminhoneiros nas estradas federais de Santa Catarina e outros Estados do país.A Tirol, uma das principais produtoras catarinense de leite com sede em Treze Tílias, no Oeste do Estado, está operando com de 5 a 10% da capacidade. A empresa informa que produz, por dia, 1,5 milhão de litros de leite e que a suspenção da coleta afeta 90% desta produção. A Cooperoeste também ameaça a interromper a produção hoje, caso a situação não seja resolvida.
Segundo informações do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindileite), as companhias de Santa Catarina produzem cerca de 6,5 milhões de leite por dia. O sindicato contabiliza um prejuízo de R$ 12 a 15 milhões desde o início dos bloqueios.
A produção frigorífica também sofre. A Aurora Alimentos, sediada em Chapecó, está com as atividades parcialmente paralisadas. A empresa contabiliza 23 mil funcionários. Os frigoríficos da JBS Foods, em Itapiranga, estão no limite de armazenagem e também devem suspender a produção. A unidade abate cerca de 160 mil aves por dia. A gigante BRF, que tem unidades no Oeste de SC, paralisou os trabalhos em pelo menos duas fábricas no Paraná, nas cidades de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos.


Portos de Itapoá e de Santos são afetados


Os protestos dos caminhoneiros pelo país afetaram dois portos ao longo do dia de ontem: o de Itapoá, no Norte de Santa Catarina, e o de Santos, em São Paulo.
A SC-416, que dá acesso ao Porto de Itapoá, foi fechada por caminhoneiros. O terminal informou, durante a tarde, que estava trabalhando normalmente com as cargas que já estavam no pátio. Os impactos ainda estão sendo avaliados.
Diante da situação de Itapoá, boatos sobre uma possível paralisação das vias de acesso aos terminais portuários de Itajaí e Navegantes surgiram desde o início da manhã. A Polícia Rodoviária Federal recebeu informações sobre um possível fechamento da BR-101, mas os rumores não se confirmaram.
A Portonave, maior movimentadora de contêineres do Sul do país, emitiu comunicado informando que, por enquanto, os impactos se restringem às cargas de parte dos clientes “que entraram em contato informando que haverá um atraso para a chegada de alguns contêineres de carga refrigerada, vindos do Oeste do Estado”.

Embarque de grãos foi prejudicado

Um grupo de caminhoneiros bloqueou ontem a entrada e a saída do Porto de Santos, prejudicando o embarque de grãos. A concessionária Ecovias informou no final da tarde que a pista sul da rodovia, que dá acesso ao porto no sentido litoral, foi interditada no quilômetro 64 e o tráfego parou desde o quilômetro 61. Ainda de acordo com a Ecovias, veículos de passeio foram autorizados pela Polícia Rodoviária a trafegar pelo acostamento.
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a interrupção ocorre no trecho entre os pátios de triagem, em que chegam os caminhões com agendamento, e os terminais de cargas. Com o bloqueio, os caminhões não deixavam os pátios para seguir até os terminais, onde seria realizado o desembarque dos grãos.
Fonte: DC – DAGMARA SPAUTZ


Decifre a Fórmula

Além de causar uma onda de manifestação em diversos Estados por conta do reajuste do preço do diesel, a alta do combustível também impacta na hora de encher o tanque do automóvel. Para tentar baixar os preços nas bombas catarinenses e evitar abusos, o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor determinou em R$ 0,22 o limite por litro de gasolina e R$ 0,15, de diesel. Em caso de descumprimento, a multa pode chegar a R$ 6 milhões. O poder agora está nas mãos dos usuários, que precisam ficar de olho.

Motorista como fiscal

Elizabete Fernandes, diretora do Procon/SC, explica que se não houver recuo nos preços, o órgão vai propor uma ação civil pública em março. Mas ela admite não haver efetivo suficiente para fiscalizar todo o Estado. Das 295 cidades, só 88 têm o serviço. O aumento será acompanhado de perto até maio, quando entra em vigor a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Na prática, a determinação encontra barreiras. Gabriel Meurer, diretor do Procon de Florianópolis, diz que começaram as análises da documentação ontem e em um caso, de aumento de R$ 0,40 no litro de gasolina, a própria distribuidora havia feito repasse maior:

– Estamos analisando a margem de lucro. Se estiver com a mesma margem de antes do aumento dos impostos, não será multado.


Sindicato recomenda a donos preparar defesa

Robson de Souza, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetro) de Santa Catarina, ressalta que além do aumento dos impostos, há outros impactos nos custos, como elevação do preço da energia, folha de pagamento e custos de logística:
– Aí está o cerne da confusão que o Procon está fazendo em Santa Catarina e em outras regiões, porque está caracterizando acima de R$ 0,22 como abusivo, mas não está observando que esse aumento foi lá na refinaria e para o posto de gasolina existe uma distância muito grande.
A indicação aos associados, segundo Souza, é que cada um faça sua defesa em caso de notificação e autos de infração. Júlio Cézar Zimmermann, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau, não vê com preocupação a medida do Procon:
– Aqui na região, os postos simplesmente repassaram o aumento dos impostos, isso quer dizer, PIS/Cofins e ICMS. Afinal, o governo do Estado aumentou o ICMS e quem vai pagar isso são os postos de gasolina?
Ele disse que os empresários ainda não receberam notificação do Procon, mas que assim que receberem vão apresentar a documentação que justifique o aumento. O presidente cita que em seu posto, por exemplo, o aumento nos custos da gasolina foi de R$ 0,28 por litro. Nenhum representante do Sindicato da Grande Florianópolis e do Litoral foi localizado para comentar o tema.

Fonte: DC – Karine Wenzel e Hyury Potter

 

Adesão

A adesão dos agricultores e lojistas do Oeste de SC em apoio ao movimento dos caminhoneiros mostra que é grande a insatisfação com série de custos enfrentada pelo povo brasileiro neste início de ano. Quem sofre mais são as pessoas que têm menor renda.
Fonte DC – Estela Benetti

A reação dos caminhoneiros


Governos e sociedade foram surpreendidos pela greve dos caminhoneiros, que se espalha como pólvora pelo país e causa prejuízos incalculáveis à economia catarinense. Até agora nem as autoridades entenderam bem a origem desta paralisação que toma rumos incontroláveis. As informações disponíveis indicam que os caminhoneiros estão com a corda no pescoço. Os profissionais autônomos, incentivados pelo governo Dilma com créditos longos e subsidiados para aquisição de caminhões, declaram-se em situação de insolvência, conforme relatos de deputados ontem. Solidários com os motoristas devem tomar uma posição sobre o movimento hoje, exigindo alguma medida federal.
O aumento no preço dos combustíveis teve dois componentes. O primeiro foi o anúncio do governo de que gasolina e diesel teriam elevação de apenas 20 centavos por litro. Em postos de Santa Catarina, onde era oferecido há 30 dias a R$ 2,90, o litro da gasolina chega a ser vendido a R$ 4,00. Um aumento de 35%, sem que os fretes tenham recebido idêntica atualização. O segundo é a deterioração das estradas.
A situação é de perplexidade geral. Com um fator agravante: o movimento não tem uma liderança. Diluído entre comandos diversos, acaba impedindo a abertura de acordo. Além disso, a pauta é extensa e fica difusa na avaliação das autoridades.
Neste contexto, somam-se dois fatores: a manifestação contra corrupção no governo Dilma no dia 15 de março; e a convocação que Lula e o PT estão fazendo para atos públicos em defesa da Petrobras.
Como ninguém está contra a Petrobras, na prática serão protestos a favor da roubalheira.

Fonte: DC – Moacir Pereira

Sem diálogo, o Brasil para

A paralisação dos caminhoneiros é uma afronta à população. Os bloqueios de rodovias não só causam transtornos imediatos, como atrasos a quem viaja, descumprimento de compromissos e sofrimento nas estradas, mas também já provocam desabastecimento de combustível e produtos perecíveis, além de prejuízos irreparáveis para produtores rurais e pequenos agricultores. Neste sentido, depois de dois dias de paralisação, já se tornou um movimento inegociável. Tem que ser sustado imediatamente, pois fere o direito de ir e vir, assegurado pelo inciso XV do artigo 5o da Constituição Federal.
Mas o movimento dos caminhoneiros faz sentido, ainda que tenha uma liderança difusa e que possa estar sendo estimulado pelas transportadoras. O repentino aumento dos combustíveis e dos pedágios, combinado com a redução do valor dos fretes decorrente da crise econômica e dos baixos preços das commodities agrícolas, tornou praticamente inviável o negócio de transportar mercadorias. Por isso, os caminhoneiros – muitos deles endividados pela compra de caminhões novos, incentivada pelo governo no ano passado – querem prorrogar seus financiamentos, alterar a legislação trabalhista específica da categoria (a Lei dos Caminhoneiros, já aprovada pelo Congresso e aguardando sanção presidencial) e atenuar suas perdas.
Ainda assim, não têm o direito de parar o país. Age corretamente a Advocacia-Geral da União ao pedir à Justiça o imediato desbloqueio das estradas. Deveria fazer isso também em outras situações, pois foi a leniência do Estado para controlar excessos de movimentos sociais que estimulou no país a vulgarização de protestos e manifestações cuja única e principal estratégia para chamar a atenção é o bloqueio do trânsito. O governo, este e seus antecessores, também é responsável pela dependência do transporte rodoviário, pela administração equivocada dos preços dos combustíveis, pelo represamento de reajustes necessários e, principalmente, pela falta de diálogo preventivo.
Sem diálogo e ações firmes, o Brasil para mesmo, pois a crise econômica e os ajustes fiscais necessários logo motivarão outras categorias de trabalhadores a reivindicar e a protestar. A democracia permite isso – mas não permite e nem deve permitir que os direitos dos demais brasileiros sejam bloqueados.

Em resumo
Editorial pede o imediato desbloqueio das estradas para que as reivindicações dos manifestantes possam ser negociadas, sem causar tantos transtornos à população.
Fonte: DC – Editorial

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