Florianópolis, 8.1.15 – A primeira mostra da temporada de verão em Santa Catarina é, como sempre, preocupante. Com relação à temporada passada, o remendo provisório, que poderá se tornar permanente, o nivelamento do acostamento na BR-101, no Morro dos Cavalos, que criou a segunda pista. O túnel do Formigão, em Tubarão, não foi concluído. E agora, um novo gargalo, a construção da ponte sobre o rio Tubarão. Esta obra, racionalmente, deveria ter sido feito quando da duplicação junto com o túnel na BR-101.
Estas duas obras pontuais, se não forem concluídas, irão ofuscar o brilho da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, que esperamos ver concluída no início deste ano. Não só pela importância, mas a ponte de Laguna se constitui na grande obra de infraestrutura desta década não só do Brasil, mas no Mercosul. Será um cartão postal que muito vai nos orgulhar.
Como estamos no início do ano e é época de desejos, que sejamos atendidos também com as duplicações, já muito atrasadas, das BR-280, BR-470 BR-282 e a BR-153,estas no Oeste. Queremos ainda as melhorias da BR-163, com a federalização do trecho de São Miguel do Oeste, Mondai ao Rio Grande do Sul.
Que o cenário de duplicação da BR-116, discutido em Lages, se torne realidade dentro de um modelo diferente de Parceria Público-Privada (PPPs). Esta proposta poderá ser também, necessariamente, aplicada no trecho concessionado das BR-376 e BR-101, Norte. Esta rodovia, de traçado muito antigo, precisa ser modernizada para atender a demanda da região com quatro portos, alto fluxo de turismo o ano inteiro e via importante na movimentação da economia.
Requer túneis, alargamento das marginais, pelo menos seis pontes, controle de segurança e passagem de Joinville, Itajaí e Florianópolis. São obras que não fazem parte do contrato de concessão e, por se tratar de melhorias necessárias, construídas terão impacto direto na modicidade tarifária, o que quer dizer aumento do valor do pedágio. O que o poder público não faz, a sociedade organizada faz, embora tenha que pagar.
Na parte estadual da infraestrutura, a permanência de João Carlos Ecker, como secretário de Infraestrutura é importante para a continuidade dos projetos. E nós apoiamos a incorporação do Deinfra à Secretaria. Assim, Ecker terá autonomia para comandar a secretaria e acelerar as obras, que estão muito atrasadas.
No mais, 2015 estará preparando melhor o ano de 2016.
* Pedro José de Oliveira Lopes
Presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc)