Florianópolis, 28.11.14 – Posso me reportar à solução paliativa, que não seja definitiva, do trecho da BR-101, no Morro dos Cavalos em Palhoça, que foi o alargamento do acostamento, transformado em quarta pista, em tempo recorde, ou do contorno de Florianópolis, da preocupação com o andamento das obras da ponte de Laguna; da novela sobre a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, da lenta duplicação da BR-470 e da BR-280, mas prefiro ficar no trânsito da Ilha de Santa Catarina – Florianópolis e arredores.
Há quanto tempo temos nos referido aos congestionamentos e aos transtornos que enfrentamos, nós do transporte de carga, de passageiros, dos escolares, do fretamento e turismo, das ambulâncias, das viaturas das polícias e dos táxis. E por que não dizer dos que de carro particular se encaminham para o trabalho ou para passeio.
Desperta a preocupação com a saturação das pontes de acesso e saída da Ilha, Colombo Sales e Pedro Ivo, da Beira-mar Norte, da passagem Biguaçu-São José, algo em torno de 93% superada.
Lembram-se de quando aqui mesmo que antes de se preocuparem com o contorno, que ainda vai demorar e custar muito mais que o previsto inicialmente, deveriam dar mais atenção à entrada e saída de Florianópolis, do volume violento de veículos da 101, ocasião em que todos taparam os ouvidos? Não acreditaram, vendaram os olhos para a realidade daquele momento e que hoje já extrapola o seu limite.
Por que não deram ouvidos ou pelo menos prestaram atenção ao projeto de alargamento e ampliação das marginais da BR-101, que ficaria com 11 pistas no trecho entre Biguaçu e Palhoça, obra que ocorreria paralela ao contorno de Florianópolis? Não custaria mais que R$ 500 milhões. O contorno deve custar o triplo disso e nada vai resolver para os engarrafamentos entre Palhoça e Biguaçu, porque é trânsito local. Só não está pior, porque em alguns momentos a Polícia Rodoviário Federal (PRF) teve que agir com rigor para que se nivelasse os acostamentos.
Neste momento não temos nem uma coisa e nem outra. Mas uma certeza, só os túneis que devem ser construídos no contorno, porque Palhoça autorizou a construção de um residencial sobre o trecho do traçado, vão custar R$ 800 milhões.
Prevaleceu a teimosia de querer desviar os caminhões para o contorno, como se fossem os indigestos, esquecendo-se que os caminhões precisam chegar à Ilha para abastecer Florianópolis de tudo. E ainda atender a demanda dos que nos visitam, gerando renda. Não vejo o poder público capaz de resolver o problema.
Fetrancesc orienta motoristas de veículos de carga a evitar filas nos fins de semana
Em mais uma temporada de verão, a Fetrancesc orienta as empresas de transporte rodoviário de carga e os motoristas de caminhão para que evitem circular às sextas-feiras e aos domingos a partir das 16 horas nas rodovias federais, especialmente a BR-101 Sul, em Laguna. Vai solicitar apoio às Federações do Rio Grande do Sul e do Paraná para que seus veículos, com passagem somente por Santa Catarina, usem caminhos alternativos.
* Pedro Lopes – Presidente Fetrancesc
Fonte: Diário Catarinense (edição de ontem 27/11)