Florianópolis, 21.6.12 – Os 15 radares da BR-280 estão instalados, mas ainda não se sabe quando vão entrar em funcionamento. E o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que não é preciso avisar quando eles começarão a multar.
A justificativa: nos locais onde foram instalados os redutores, a velocidade máxima não mudou e, por isso, basta o motorista continuar cumprindo a legislação. A instalação e a localização dos radares dividem opiniões dos moradores às margens da rodovia. Enquanto uns defendem a instalação em trechos urbanos onde a travessia é difícil, outros acreditam que vai aumentar o congestionamento na via. Em todos os locais há estradas laterais com acesso constante de veículos na rodovia ou intensa travessia de pedestres.
Sinalização que pode confundir motoristas
Pelo menos duas delas, em São Francisco do Sul e Guaramirim, ficam perto de trevos, e a sinalização pode confundir os motoristas. Em São Francisco do Sul há três placas com velocidades diferentes em um trecho menor que cem metros. Em Guaramirim, entre as duas placas de 50 km/h, há uma de 40 km/h.
Morador do Bairro Paulas, em São Francisco do Sul, o mecânico Elquias Curvello, 57 anos, comemorou a instalação do radar fixo de 60 km/h no km 1,6 da rodovia.
– Aqui é muito difícil de cruzar a rua. Os carros vêm muito rápido e a gente se arrisca muito – afirma.
Dono de lanchonete em frente a um dos radares, no km 28,5, em Araquari, Ismail Garcia, está preocupado.
– O trânsito precisa fluir e o radar vai contra isso – afirma.
Na lista divulgada pelo Dnit, um do radares fica no km 52,6, bem no acesso aos bairros Avaí e Escolinha. Em horários de pico, os carros têm dificuldades para entrar na rodovia.
O presidente da Associação de Moradores do Escolinha, Antônio Marcos Albano, 41 anos, diz que o certo seria ter um trevo ou viaduto.
Fonte: Julimar Pivatto/ Diário Catarinense