Cinco dicas para o planejamento estratégico nas transportadoras, por Joyce Bessa*

Cinco dicas para o planejamento estratégico nas transportadoras, por Joyce Bessa*


Responsáveis por movimentar 65% de tudo aquilo que é produzido no Brasil, transportadoras precisam de planejamento para enfrentar problemas burocráticos e organizacionais que ferem os negócios

Representando 11,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o transporte rodoviário de cargas é um dos principais setores da economia no país. Além disso, o modal é responsável por movimentar 65% de tudo aquilo que é produzido no Brasil e é reconhecido como o principal meio de abastecimento do comércio e da indústria.

Apesar do alto faturamento do setor, que chega a aproximadamente 370 bilhões de reais, as empresas do transporte de cargas enfrentam problemas burocráticos e organizacionais para atingir seus objetivos e metas. Para isso, Joyce Bessa, Head de Gestão Estratégica, Finanças & Pessoas na TransJordano, empresa especializada em transporte de combustíveis, acredita que o planejamento estratégico deve ser implementado como forma de agilizar esses processos, bem como de auxiliar a empresa a definir suas estratégias e a atingir seus objetivos finais. “O planejamento estratégico é uma tendência não apenas nas transportadoras, mas em todas as empresas. Não devemos ficar pensando apenas no dia a dia, mas também no futuro, para não ficar em desvantagem com algum competidor direto ou outro que você ainda não conheça”.

A elaboração desse planejamento específico envolve uma série de análises apuradas do setor em geral, tornando necessário o monitoramento constante. “Ou seja, esse método é fundamental para qualquer empreendimento, seja ele de pequeno ou grande porte”, acrescenta Joyce.

Na TransJordano, esse planejamento é feito com auxílio da Fundação Dom Cabral (FDC) e por meio do programa Parceiros para a Excelência (PAEX). “Com isso, temos professores altamente capacitados que nos ajudam nessa organização. Realizamos reuniões de planejamento estratégico duas vezes ao ano, além de revisão trimestral”, completa a empresária.

Para auxiliar os empresários no desenvolvimento desse planejamento estratégico, a diretora da TransJordano separou cinco dicas práticas:

1 – Análise da sua empresa e do setor:

Em geral esse deve ser o primeiro passo de qualquer planejamento estratégico. Analisando os pontos na qual necessitam de melhorias. As categorias que precisam ser analisadas são as forças, ameaças, fraquezas e oportunidades. Você deve reunir sua equipe e fazer uma análise SWOT; a partir dela, você poderá usar alguns métodos para classificar em até cinco itens diferentes cada categoria citada acima.

A partir desse ponto será possível definir um plano de ação para que haja mudanças significativas e melhorias no que já está dando certo.

2 – Determinação de metas e objetivos:

Depois da análise, o próximo passo será identificar as falhas que prejudicam a produtividade e aumentam os custos da empresa. Após obter esses dados será mais fácil definir os objetivos para eliminar esses problemas e melhorar o desempenho do setor.

O importante é definir metas, que vão variar de acordo com cada tipo de empresa.

3 – Implementação:

Manutenções programadas e monitoramento da frota e roteirização de cargas fazem parte desse passo. Com objetivos e metas definidos, fica mais fácil identificar o que é necessário fazer para alcançá-los. O importante é alinhar a equipe e estabelecer prazos para que aconteça essa implementação, que muitas vezes gera mudanças.

4 – Acompanhamento das ações:

Consiste em acompanhar os resultados das intervenções realizadas por meio dos indicadores de desempenho (KPIs), sendo eles tempo médio de deslocamento, número de entregas realizadas em determinado período e outros.

5 – Identificar problemas e reajustá-los de acordo com seu negócio:

É possível pelo constante monitoramento, identificando com mais facilidade os pontos que podem ser melhorados, removendo falhas e melhorando a operação.

“A elaboração estratégica do transporte de cargas não possui um ponto final específico, pois pode ser revisto sempre que necessário, buscando novas metas e objetivos para um melhor desempenho. Esse acompanhamento será primordial para o êxito de qualquer empreendimento. Além disso, é altamente recomendada para proporcionar as condições necessárias para o crescimento da empresa”, finaliza Joyce.

*Formada em administração de empresas e pós graduada em Gestão em Negócios, Joyce Bessa atua como Head de Gestão Estratégica, Finanças & Pessoas na TransJordano, empresa especializada no transporte de combustíveis e como Vice Coordenadora Nacional da Comissão de Jovens Empresários do setor de Transportes – COMJOVEM.

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