No Brasil, o transporte rodoviário é o modal mais utilizado. Esse modelo é responsável por cerca de 75% da distribuição do país, desde insumos até produtos industrializados. O uso de caminhões e carretas nas estradas vêm aumentando desde a década de 50. Entretanto, as transportadoras enfrentam desafios logísticos, econômicos e sociais.
Em vista disso, confira abaixo cinco exemplos de riscos enfrentados e algumas sugestões de soluções para serem mitigados:
- Roubo de Cargas
- Acidentes
- Má condição das estradas
- Responsabilidade Civil Direta ou Solidária
- Elevado custo do principal insumo do transportador: O diesel
1. Roubo de cargas
Atualmente, o roubo de mercadorias e a falta de segurança nas estradas são um dos maiores problemas logísticos do Brasil. De fato, os ataques de quadrilhas profissionais aumentam a cada ano, gerando muita insegurança entre as empresas e os motoristas, causando prejuízos e colocando seus funcionários, colaboradores e patrimônio em perigo.
Para mitigar este tipo de risco, é necessário que a Gerenciadora de Risco responsável pelo trajeto da transportadora planeje uma rota segura e um monitoramento de carga eficaz para a mercadoria, assim reduzindo os riscos de sinistro.
Ademais, cabe as transportadoras promoverem treinamentos para seus motoristas a fim de que eles evitem trajetos mais sujeitos a assaltos e tomem cuidado nas estradas durante a viagem. Além disso, as empresas investem cerca de 15% de seu faturamento bruto em medidas de Gerenciamento de Riscos e segurança tais como escolta armada, ISCAS, rastreamento, equipamentos de rastreamento, segurança patrimonial, planejamento logístico, dentre outros, para proteger suas mercadorias durante o trajeto.
2. Acidentes
Excesso de velocidade e de trabalho, falta de manutenção preventiva nos caminhões, manuseio indiscriminado de telefone celular e aplicativos de conversas com o veículo em movimento, consumo de estimulantes e drogas, tais como rebites, cocaína e até o consumo de álcool são as maiores causas dos acidentes que ocorrem nas rodovias brasileiras.
Para tentar amenizar o problema é preciso que os motoristas:
- Sempre respeite a sinalização de velocidade das vias e se estiverem cansados, os motoristas devem parar em pontos de apoio mais próximos para descanso, cumprindo com o controle de jornada representado pela Lei 13.103/2015;
- A revisão dos caminhões deve ser feita conforme a orientação do fabricante para que não se tenha problemas quando está no meio da via. Não deixe para fazer as manutenções apenas quando o caminhão der problema;
- Quando estiver dirigindo não se deve fazer uso do celular e nem manusear qualquer objeto. Se for necessário a utilização desses é recomendado que se pare em um local seguro;
- Álcool e bebida não são permitidos em hipótese alguma, por isso, mesmo que tenha ingerido apenas um copo não deve dirigir. O mesmo é válido para medicamento e outras substâncias que possam alterar a percepção da realidade.
3. Más condições das estradas
Uma questão bem antiga, e que possui baixo investimento público no país, é o transporte rodoviário. Quando pensamos nos problemas do transporte e logística no Brasil fica difícil não lembrar da infraestrutura precária, falha na pavimentação, buracos, pouca iluminação, sinalização ruim, entre outros problemas que encontramos nas estradas nacionais no nosso dia a dia.
Essa má estrutura, gera consequentemente danos na frota e carga, ocorrência de acidentes e também aumento do tempo das entregas, dificultando ainda mais o trabalho das transportadoras.
A utilização de planejamento estratégico em logística, como a implementação de ações realizadas à inteligência geográfica é uma das soluções para resolver esse problema. Além disso, o governo poderia reabilitar as estradas do país, tampando os buracos, implantando mais iluminação e sinalização para melhor segurança dos transportadores e dos motoristas em geral.
4. Responsabilidade Civil Direta ou Solidária
O tema Responsabilidade Civil Geral trata-se de um dos maiores riscos enfrentados pelos transportadores. Um único evento de acidente que venha causar danos corporais e/ou materiais a terceiros, pode ocasionar prejuízos financeiros de grande severidade, com o risco de quebrar a empresa transportadora.
Existem ainda, os riscos da Responsabilidade Civil Solidária, do emissor do CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), ou seja, quando o transportador contrata motoristas agregados e autônomos para transportar as mercadorias a ele confiadas. Caso estes agregados e autônomos venham a se envolver em acidentes e causem danos corporais e/ou matérias a terceiros, e estes profissionais não tenham respaldo de apólices de seguros compatíveis com os riscos, o transportador emissor do CT-e, poderá ser responsabilizado.
5. Elevado custo do principal insumo do transportador: O diesel
Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou em março deste ano reajustes nos preços de gasolina e diesel. Nesse contexto, este aumento tem impactado o setor de transporte rodoviário de cargas, de modo que as empresas precisam repassar esta elevação ao valor dos fretes.
De acordo com o boletim técnico do IPTC, esse último aumento sobre o preço do diesel elevará os custos do transporte de cargas lotação em 12,57% na média geral, sacrificando mais as operações de longas distâncias (6 mil km) em 18%. Já para as operações de carga fracionada o impacto médio é de 4,87%.
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