Tubarão, 03.09.03 – Quando seu filho não quer usar o cinto de segurança, o que você responde? “A polÃcia vai pegar e multar” é invariavelmente a resposta. Pensando neste problema, o inspetor Paulo Sérgio Machado, da 2ª Delegacia de PolÃcia Rodoviária Federal (PRF), escreveu sua monografia do curso de gerência da PRF da Universidade de BrasÃlia (UnB), concluÃdo em maio. “É uma inversão de valores. As pessoas não vêem o risco que correm, lembram apenas do pagamento da punição”, observa. Com o tÃtulo “Fiscalização de trânsito: a ação da PRF e seus reflexos nas ocorrências de trânsito”, Machado sustenta que a fiscalização eficiente e rigorosa diminui o número de acidentes e, consequentemente, o de mortes nas estradas.
“Inicialmente, o motorista deve ter a sensação de que se infringir a lei, será autuado. Mas a ação dos policiais tem de ser educativa e orientativa, para que ele tenha consciência dos perigos que corre quando não utilizar os equipamentos de segurança ou dirigir perigosamente”, explica. Ele acredita que a educação para a segurança ainda vai demorar muito tempo. “A mudança da mentalidade não acontece de uma hora para outra; isto começa com um bom trabalho de fiscalização”, defende.
Machado acredita que uma maior divulgação das leis e dos perigos da estrada, aliada à melhora e ampliação constante das vias vai diminuir drasticamente o número de vÃtimas fatais. O inspetor também elogia o CTB, que trouxe “leis mais fortes”.
Uma sugestão do inspetor tubaronense para a cúpula da PRF foi a instalação de câmeras e vigilância eletrônica nos perÃmetros urbanos da BR-101, os mais perigosos. “Na Europa se dirige com segurança porque a maioria das estradas é monitorada. O sujeito sabe que se alguma coisa acontecer, a polÃcia vai saber.”
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