Ministro dos Transportes promete, mais uma vez, iniciar a duplicação da 101 em 2004

Brasília, 23.12.03 – A duplicação do trecho Sul da BR-101, entre Palhoça e Osório (RS) deve custar em torno de US$ 700 milhões e não mais US$ 1,1 bilhão como estava previsto no orçamento revisado da obra. A informação foi passada pelo ministro dos Transportes, Anderson Adauto, ontem durante a coletiva à imprensa em que divulgou o balanço das atividades do Ministério e algumas prioridades para o ano que vem. Entre elas a duplicação da BR-101 no trecho Sul. Ele fez mais uma promessa em relação ao início dos trabalhos. “As obras começam no ano que vem, com certeza”, disse.
Segundo ele, em janeiro se reúne com a diretoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para definir a abertura dos envelopes com as propostas financeiras das 62 empresas interessadas em fazer a obra. As empreiteiras entregaram suas propostas em 14 de agosto desse ano.
A redução de preço se deve a adequação do projeto. Agora, a
duplicação será feita de forma mais enxuta, o que vai provocar a redução dos gastos. “Todas as obras fundamentais serão feitas, mas há pontos que não precisam ser concluídos nessa primeira fase”, comenta Adauto.
Para reduzir os custos, o Ministério está deixando de fora do projeto a construção de ruas laterais, por exemplo, além de contar com a redução dos juros pelo empréstimo junto ao BID. O ministro calcula que a obra leve de quatro a seis anos para ser concluída nessa fase inicial. A segunda parte, incluindo as ruas laterais, ainda não foi planejado. Não se sabe de onde viriam os recursos e nem quanto tempo levaria.
Segundo ele, a demora no andamento do processo de licitação foi decorrente de alguns compromissos que o governo federal ainda não havia firmado com o BID. “Agora está tudo certo. Entregamos o plano de manutenção do Corredor do Mercosul, apresentamos o novo plano de modelagem das concessões das rodovias e implantamos o programa de balanças. Essas eram as exigências do banco antes de acertarmos mais um contrato”, revela.
Adauto espera ainda que ocorra uma nova redução de preços para a duplicação da rodovia por conta da concorrência acirrada pela obra. “Espero uma redução do preço em torno de 15%, sobre os US$ 700 milhões.”
O ministro se mostrou insatisfeito também com a atual estrutura do Departamento Nacional de Infra-estrutura em Transportes (DNIT) e disse que vai promover concurso público para as áreas de fiscalização e informática do departamento. “O órgão era para funcionar em substituição ao Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DER),
mas não está funcionando como deveria ainda”, comentou. Ele também não descartou mudanças nas diretorias do órgão.
Fonte: A Notícia.