Florianópolis, 12.08.03 – O CETT (Centro de Educação e Tecnologia do Transporte) de Concórdia e a Universidade Federal de Santa Catarina apresentam, no dia 21 de agosto, em Concórdia, o resultado da primeira etapa da pesquisa que vai fazer uma radiografia sobre o comportamento dos motoristas uso de drogas e suas conseqüências. Em junho foi realizado um seminário com condutores aposentados sobre quais eram as principais substâncias usadas pelos profissionais para se manter acordados e cumprir os prazos das viagens.
Agora, o resultado desse encontro será apresentado a este motoristas. Isso faz parte dos preparativos para a consulta aos profissionais que estão na estrada e que deve começar em setembro, afirma o vice-reitor da UFSC, e professor, Lúcio Botelho, um dos coordenadores do estudo. Segundo ele, sabe-se que no passado, era mais comum a mistura de café com coca-cola e outros artifÃcios. E hoje, dados iniciais apontam que algumas drogas como a cocaÃna, fazem parte do dia-a-dia do motorista. Botelho disse ainda que até o contato com prostitutas mudou.
A diretora-geral do CETT, Márcia Senger da Silva, ressaltou que a consulta objetiva saber quais sãos as drogas, a freqüência de uso e que riscos trazem ao condutor. Esse estudo é parte de um programa mais amplo do CETT e da UFSC que é trata da mudança de filosofia sobre o transporte e sobre o caminhoneiro de carga. A uma das linhas é profissionalizar o motorista para reduzir a violência nas estradas e diminuir o custo Brasil. ?Precisamos muito pensar na vida humana e tentar preserva-la? observa a diretora. ?E isso vai acontecer quando o próprio motorista compreender que o seu papel não é apenas dirigir um caminhão e do transportador cobrar somente resultados?, diz ela.
Por isso que desde 1995, o CETT atua na formação de motoristas dentro de um modelo que leva em conta a questão cientÃfica no transporte de carga. ?Quem quer ser motorista, não basta apenas decidir que vai dirigir um caminhão”, destaca a diretora do CETT. Para ela, esse tipo de profissional não tem mais espaço, porque o mercado e os investimentos em avanços tecnológicos do setor querem alguém que saiba administrar um negócio. Assim é visto o caminhão nesses tempos modernos. ?A tecnologia usada para fazer um caminhão, exige altos custos de manutenção e quem não souber gerenciar o seu veÃculo, torná-lo eficiente e reduzir gastos, não vai sobreviver, garante Márcia da Silva.
PRONTA EM 2004 – De acordo com a diretora-geral do CETT, o resultado dessa pesquisa deve estar pronto até o final deste ano. A primeira fase da pesquisa foi a realização de um seminário feito com motoristas aposentados. Eles contaram sas histórias e sobre o uso dos estimulantes, a freqüência com que usavam. Eles usavam outros artifÃcios, diz diretora do CETT, como tomar coca-cola com café, morder a lÃngua e sentar em tolha molhada. Esse trabalho com os inativos teve a finalidade também de saber como os motoristas da ativa devem ser abordados, pois precisam que suas respostas sejam as mais honestas possÃveis para que o trabalho seja confiável.
O uso de estimulantes pode provocar acidentes graves, porque esses inibidores de sono, deixam a pessoa acordada mas com gestos lentos e sem reflexo para tomar uma decisão imediata. Pode perceber que vai se envolver em acidente, mas não reage a tempo para evitar a ocorrência. Fonte:Assessoria de Imprensa Fetrancesc
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