Motoristas de SC reprovados

Florianópolis, 26.04.04 – O motorista catarinense é um dos piores do Brasil. Isto é o que apontam os dados divulgados no Anuário Estatístico 2003 do Departamento Estadual de Trânsito e Segurança Viária (Detran-SC), que será publicado em breve. O estudo, disponível no site do Detran (www.detran.sc.gov.br), traz informações sobre a evolução da frota em Santa Catarina e sobre as principais violações dos catarinenses ao Código Nacional de Trânsito.
No ano passado foram emitidas cerca de 550 mil multas, a grande maioria por excesso de velocidade. Também são freqüentes as infrações por avanço de sinal vermelho e pela falta do uso de cinto de segurança. Cerca de 1,2 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito em 2003 em Santa Catarina, uma média de 20 mortos para cada 100 mil habitantes. Dois números são preocupantes: o de motoristas penalizados com mais de 20 pontos na carteira, 2.580, e o de condutores embriagados, 6.536.
“Hoje Santa Catarina é considerado um dos três Estados com o maior índice de causadores de acidentes”, disse o diretor do Detran, Luiz Vanderlei Sala. Ele revelou que, mesmo existindo estados com estatísticas não confiáveis, os números catarinenses não devem ser ignorados. “Nosso motorista precisa de uma preparação melhor”, afirmou.
Para que a qualidade do motorista em Santa Catarina melhore, o Detran encaminhou à Secretaria de Estado da Educação um projeto para que disciplinas ligadas à educação no trânsito sejam incluídas no currículo escolar. Além deste projeto, campanhas contra embriaguez ao volante e de conscientização da importância do uso do cinto de segurança são constantemente realizadas.

Futuro

O crescimento médio de 10% ao ano da frota catarinense está deixando em alerta as autoridades de trânsito no Estado. Nos últimos dez anos, a frota catarinense mais que duplicou – aumentou de 866.969 veículos para 1,93 milhão.
Segundo o diretor do Detran, é provável que dentro de no máximo dez anos cidades como Florianópolis e Blumenau tenham de adotar medidas drásticas para solucionar o problema de excesso de veículos nas ruas. Até o fim do ano passado, a Capital tinha nas ruas 178,3 mil veículos, uma média de um veículo para cada duas pessoas. “É provável que o trânsito no centro da cidade fique caótico e que medidas como o rodízio de veículos, como já acontece em São Paulo, possa ser adotado.”(Jefe Cioato). Fonte A Notícia

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