ItajaÃ, 14.11.03 – Os empresários de transportes precisam manifestar, urgentemente, ao Congresso Nacional e ao governo contra mais aumentos de impostos, porque se depender dos parlamentares, pagarão mais uma vez a conta. Esse foi o recado deixado pelo deputado federal Gervásio Silva, ao falar das reformas Tributária, da Previdência e da medida provisória 135 que trata da Cofins, hoje, pela manhã, no Segundo Encontro Estadual de Transportadores. Ele chegou a classificar a Câmara e o Senado Federal como ?muito irresponsáveis para o Brasil? e aconselhou os presentes a ficar na informalidade ou esconder o máximo possÃvel seus negócios, porque todas as mudanças que estão sendo feitos em BrasÃlia aumentarão mais ainda a famigerada carga tributária.
Já no primeiro dia do evento, os presentes deixaram bem claro ao deputado Leodegar Tiscoski, que não aceitarão mais aumentos de impostos e com nenhum retorno para o Estado. Basta lembrar a ?briga? que está acontecendo para ter as mÃnimas condições de tráfego nas estradas. O presidente da Fetrancesc, Augusto Dalçóquio Neto, lembrou que a Confins deve ter um aumento de 90% se aprovada a medida provisória 135 que trata do fim da contribuição em cascata e que tributa só no fim de qualquer processo. Dalçóquio Neto disse que o transportador não terá como repassar mais esse valor, que deve ser um aumento de 13% do frete ao cliente. Os participantes do evento, também quiseram saber o que os parlamentares estão fazendo para defender os interesses de Santa Catarina. As respostas convenceram muito pouco, quase sempre foram mescladas com dificuldades de trabalhar na Capital Federal e problemas por causa de interesses partidários.
O deputado Gervásio Silva fez duras crÃticas ao governo federal pelos modelos de reforma tributária e previdência. Segundo ele, a da previdência nada vai resolver o problema de caixa, por que o governo não está mudando o modelo de gestão da previdência, que desde que foi criada é administrada por polÃticos e de acordo com interesses polÃticos do governo. Para ele é preciso que a sociedade controle a previdência social pública.
Quanto à reforma tributária, o deputado destacou que deve provocar elevação da carga tributária dos atuais 37 para 41% do PIB, Segundo ele vai acontecer por que os estados que perderão receita em alguns tributos deverão adotar, por exemplo no ICMS, a faixa máxima de tributação, a idéia é fixar em cinco as faixas de cobrança, para recuperar receita. Outra mudança deve ser da Cide (Contribuição de Intervenção de DomÃnio Econômico) que poderá passar dos atuais R$ 0,52 centavos de cada litro de gasolina para R$ 0,80.
O parlamentar destacou que alguns setores, como de serviços devem ser os mais penalizados, tanto na Cofins como na reforma tributária. Ele citou um exemplo de uma transportadora de São Miguel do Oeste, que se for aprovada a MP 135, passará a pagar de Cofins R$ 87 mil, contra os atuais R$ 47 mil.
Gervásio avisou que tem um projeto que muda o atual modelo de pesagens dos caminhões, passado do sistema de eixos, para uma pesagem do caminhão inteiro. Fonte: Imprensa Fetrancesc
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