Florianópolis, 30.07.03 – O prejuÃzo com o roubo de cargas e caminhões no Brasil já soma R$ 1,3 bilhão neste ano, mais do que todo o valor apurado no ano passado, quando foram desviados R$ 1 bilhão de mercadorias transportadas pelas estradas brasileiras. Em Santa Catarina, os desvios chegam a R$ 250 mil com prejuÃzo tributário de R$ 100 mil. O crime cresce a cada ano. E não perdem só os empresários, a população também é penalizada pelos impostos não recolhidos. O diretor-executivo da Federação das Empresas de Transporte de |Carga, Pedro Lopes diz que a média da carga tributária, sobre os produtos transportados é de 40%. O percentual representa uma perda de R$ 520 milhões.
Na opinião de Lopes, o que ajudaria a amenizar essa situação seria uma delegacia de roubos de veÃculos e recuperação de cargas. Atualmente, segundo avalia o diretor-executivo, quando acontece o roubo de carga na estrada, é registrado um boletim de ocorrência e o delito fica sem solução. ?A Investigação cai na vala comum e recebe igual tratamento ao um roubo de uma galinha?, diz. Como as quadrilhas tem ramificações em outros estados, Pedro Lopes acredita que é necessário um trabalho de cooperação das delegacias do setor já existentes do Rio Grande do Sul, do Paraná e de São Paulo.
O diretor-executivo ainda assinala que embora não seja da alçada da PolÃcia Rodoviária Federal, os patrulheiros rodoviários se empenham em ajudar na resolução de roubos de carga, que têm ainda agravantes como a formação de desmanches e venda de combustÃvel roubado com galões em postos de clandestinos, pela metade do preço. Lopes considera que é necessário uma polÃtica de governo para dar mais segurança ao setor. Embora nenhum motorista foi morto durante os roubos, ao menos, nos últimos dois anos. Mas os profissionais que levam a vida atrás do volante não têm motivos para lembrar dos momentos que passaram nas mãos de bandidos Em muitos casos, tiveram que amargar horas nas cabines amarrados pelas pernas e braços e amordaçados, enquanto os ladrões ?desviavam a carga?. Felizmente a vida foi preservada,? diz Lopes.
TRÃFEGO –
Além da questão da segurança do transporte de produtos, Pedro Lopes acrescenta que é preciso considerar também a segurança nas estradas. ?É preciso haver maior sinalização e melhor manutenção das pistas,? diz. Ele aconselha também que motociclistas, ciclistas e pedestres a ter mais atenção e que as passarelas construÃdas com o dinheiro público têm pouco uso.
Embora existam maus motoristas , a maioria tem respeito pelo tráfego. Segundo Lopes, os acidentes com caminhões estão num nÃvel aceitável, porque anualmente são treinados 7,5 mil motoristas, em Santa Catarina, com verbas provenientes do Fundo de Amparo ao trabalhador. O Serviço Nacional de Aprendizagem dos Transportes (Senat/SC) promove cursos de movimento de operações perigosas e de direção defensiva. Fonte A NotÃcia ? caderno Segurança
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