Situação da PRF em Santa Catarina é a mesma das rodovias: precária por falta de investimentos.

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Situação da PRF em Santa Catarina é a mesma das rodovias: precária por falta de investimentos.

Itajaí 13.11.03 – O motorista enfrenta diariamente os buracos das rodovias, a falta de acostamento e o excesso de tráfego. Na mesma situação estão os patrulheiros da Policia Rodoviária Federal, que tem a missão de diminuir acidentes e salvar vidas. Mas a exemplo das precárias rodovias em Santa Catarina, a PRF está sem dinheiro para pagar o combustível e efetivo insuficiente para coibir os abusos nas rodovias, fiscalizar o grande volume de veículos e atender os acidentes. Essas informações nada animadoras foram dadas pelo superintendente da PRF, Ademar Paes, ao falar durante mesa-redonda sobre rodovias federais no 2º Encontro Estadual de Transportadores de SC. Santa Catarina é líder nacional em número de acidentes vítimas fatais nas estradas. A má conservação das rodovias é um dos principais problemas, segundo Paes, para o aumento do número de acidentes. E pesquisa da Confederação Nacional do Transporte aponta que 82% das rodovias brasileiras são ruins e péssimas. Apenas 18% são boas e ótimas. Ele alertou que mesmo duplicada, a BR-101, trecho Norte é uma obra com defeitos e em dia de chuva a pista inunda e provoca aquaplanagem e muitos acidentes. E, além disso, em alguns trechos como Itajaí e Balneário Camboriú já apresenta saturação e os engarrafamentos acontecem quase que diariamente.
Um dado citado pelo diretor-executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes, mostra como a péssima conservação das estradas pode resultar acidentes. No Brasil acontecem de 10 a 70% mais mortes no trânsito que em países europeus. Paes afirmou ainda que o Estado tem apenas 413 patrulheiros para administrar 2.400 quilômetros de estradas. E que há previsão de um novo concurso, mas que provalvelmente o número para Santa Catarina servirá apenas para cobrir aqueles que deixaram a função por aposentadoria. Segundo ele, é impossível com esse quadro conseguir dar conta de tudo. Ele citou, por exemplo, que quando a BR-101 foi inaugurada, na década de 70, eram três mil veículos diários e agora, no trecho Norte são 30 mil/dia e no Sul 18 mil dia.
Outra preocupação do superintendente é quanto ao aumento do crime organizado que tem atingido diretamente os caminhoneiros nas estradas e exigindo da PRF mais essa função de risco.
Uma exposição de dados feita pelo inspetor José Graziano indica que as viaturas estão com o tempo de vida útil esgotado. E sem contar que falta dinheiro para a gasolina. Na ocasião, Paes solicitou ao deputado federal Leodegar Tiscoski, que faça em Brasília, uma intervenção junto ao governo para suplementar verbas para o órgão. Também dificulta o trabalho da PRF, de acordo com Graziano é a falta de balanças de pesagens que liberam muitos motoristas a abusar no excesso de cargas e danificam a rodovia. Fonte: Imprensa Fetrancesc

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