ItajaÃ, 14.11.04 ? O custo com transporte só poderá ser reduzido quando houver planejamento para o uso intergrado dos modais, de acordo com as facilidades geográficas que existem no Brasil. Essa foi uma das conclusões apresentadas pelos representantes do transporte aéreo, rodoviário, ferroviário e marÃtimo durante mesa redonda sobre A Intermodalidade como Estratégia LogÃstica na Atualidade. É necessário a mobilização de empresários e governos para viabilizar as parcerias público-privada, pois é esse modelo de gestão que poderá diminuir a crise que enfrenta o setor de transportes, devido à falta de investimentos, especialmente nos últimos 10 anos.
Uma das criticas dos participantes da mesa é quanto à falta de visão global do governo para o setor de transportes. O gerente de Produção e Relações com o Mercado, da Ferrovia Tereza Cristina, Carlos Augusto Menezes alertou que a falha está em se planejar, por exemplo, uma estrada, mas não se pensar na ligação com outras modalidades. E isso tudo representa custos, pois às vezes, o transporte acontece duas vezes no mesmo trajeto. E alem disso, se não houver um programa sério para essa finalidade, em pouco tempo será necessário lutar pela triplicação da BR-101. O gerente afirmou que existem trechos viáveis no estado para instalar mais ferrovias. O secretário de Infra-estrutura, Edson Bez de Oliveira, afirmou que existe um projeto 750 quilômetros de ferrovia para ligar os portos às principais áreas produtivas do Estado, com investimentos de R$ 1 bilhão.
Menezes citou como exemplo de planejamento para a integração, o Projeto Cidade do Transporte, que começa a ser construÃdo em Criciúma, numa área de 580 mil metros quadrados na rodovia CRI-274. E deve reunir 150 empresas de transportes e prestadores de serviço, movimentando por mês, quando iniciar a operar, 20 mil veÃculos de cargas. Na Cidade dos Transportes terá ramal ferroviário e ligação direta com o porto de Imbituba. E o importante, destaca Menezes, é a racionalização do uso dos modais ou seja, o caminhão pequeno para trajetos mais locais, os maiores para percursos mais longos, o trem para o maior volume de cargas e trajetos mais distantes as rodovias fazendo os percursos maiores e ou fazendo etapas desse trajeto junto com o rodoviário, o marÃtimo e o aéreo, especialmente, em cargas de outros paÃses. E ainda terá unidade de combustÃveis e será cercada para garantia dos operadores.
O representante do setor aéreo, da Tam Cargas, Fernando Del Nero, disse que as empresas aéreas estão atuando mais forte no transporte internacional, com cargas para a Europa, Mercosul,. Estados Unidos e Extremo-Oriente Destacou que a integração dos modais é que vai aumentar a competitividade do Brasil especialmente quando o assunto é exportação. Outro questionamento feito pelos especialistas é quanto ao pouco uso do mar e dos rios no Brasil para o transporte de cargas e até de passageiros no Brasil. O representante do porto de ItajaÃ, Marcelo Leal, acredita que não se pode mais perder tempo, já que estamos há menos de um ano para o inÃcio da Alca (Ãrea de Livre Comércio das Américas) e que vai exigir do paÃs corte de custos na produção e no transporte para garantir as vendas ao exterior e ter poder de negociação com outros mercados. Leal disse que está mais do que na hora das empresas privadas participarem do processo de investimentos e de promoção da intermodalidade. O chefe do DNIT, João José dos Santos garantiu que há um esforço grande do governo para aprovar o mais rápido possÃvel o projeto da parceria público-privada. Fonte: Imprensa Fetrancesc