ItajaÃ, 14.11.03 – As empresas de transporte de carga do Estado acumulam um prejuÃzo médio mensal na ordem de R$ 12 milhões em função da má conservação das estradas. Os valores fazem parte do relatório de um estudo encomendado pela Federação das Empresas de Transporte de Carga de Santa Catarina (Fetrancesc), e apresentado ontem na abertura do 2º Encontro Catarinense de Transportadores. O seminário prossegue hoje, quando haverá uma palestra sobre a reforma tributária.
Para cada hora perdida na estrada, o prejuÃzo da transportadora é de cerca de US$ 4. Como os caminhoneiros levam em média quatro horas para percorrer um trecho, que em condições normais seria percorrido em duas horas e meia, a perda diária com a má conservação chega a US$ 6, um acréscimo de 50%. Se for levada em consideração as conclusões de estudos feitos pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), de que os paÃses latino-americanos e do caribe enfrentam prejuÃzos anuais na ordem de 1% a 3% do PIB por causa da péssima situação das estradas, o Brasil acumula um prejuÃzo de cerca de R$ 10 bilhões por ano.
Projeto do pedágio na 470 volta à pauta
O diretor-executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes, qualifica a atual situação do transporte como calamitosa.Trafegar nas péssimas estradas que cortam os estados resulta em um acréscimo de mais de 45% no custo operacional dos veÃculos, além das desvantagens do tempo ampliado das viagens. Lopes destaca que em Santa Catarina a situação é mais crÃtica na BR-470, entre Rio do Sul e Navegantes, no trecho Sul da BR-101 e nas BRs 280 e 116.
A alternativa defendida pela federação, é promover uma parceria pública-privada para recuperar as rodovias. A proposta do projeto é consituir uma empresa de economia mista para realizar a duplicação do trecho entre Indaial e Gaspar da BR-470, em uma distância que chega a 27 quilômetros. Coforme Lopes, a intenção é começar as audiências públicas para discutir o projeto no primeiro semestre do próximo ano.
Se aprovado, pode ser levado para outras obras de recuperação das estradas catarinenses. O investimento, por sua vez, será custeado através de um sistema de pedágio, que a federação confencionou chamar de pedágio social. Fonte: Jornal de Santa Catarina