Belo Horizonte, 7.5.04 – As empresas de transportes tiveram um prejuÃzo de mais de R$ 1 bilhão com roubo de cargas no ano passado. Para combater o problema, o setor quer transformar a receptação em crime hediondo e exige mais agilidade no governo na regulamentação da lei, que está no Congresso há mais de sete anos.
“Já que não dá para lutar contra os bandidos, que são mais preparados do que a polÃcia, temos que combater quem compra as cargas roubadas, pois se não houvesse quem comprar não haveria o roubo”, afirmou o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Jésu Ignácio de Araújo.
Araújo reclama que atualmente o receptador não é punido. “Ele vai à delegacia, apresenta uma nota fria, fala que agiu de boa fé e foi iludido, e apenas paga uma multa, que nem é tão alta.” Do prejuÃzo de R$ 1 bilhão, Minas Gerais fica responde apenas por uma fatia entre 3% e 4%. E ainda é o Estado com maior Ãndice de recuperação das mercadorias roubadas.
Segundo o presidente do Fetcemg, Minas consegue reaver até 40% da carga desviada. O ritmo lento da legislação também contribui para os acidentes em estradas. Segundo Araújo, há cerca de oito anos o setor espera que o Congresso libere uma lei para regulamentar a jornada de trabalho do motorista. “Muitos dirigem por mais de 15 horas, o que resulta em cansaço e, consequentemente, aumenta o risco de acidentes.”
A demora da legislação foi discutida no 9º Encontro Mineiro do Transporte Rodoviário de Cargas, no hotel Ouro Minas. Nesta sexta-feira, ao evento vai discutir o desvio da Contribuição de Intervenção sobre DomÃnio Econômico (Cide).
Fonte.: O Tempo
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