Apagão rodoviário brasileiro preocupa CNI

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Apagão rodoviário brasileiro preocupa CNI

Brasília, 31.10.05 – A pesquisa Indicadores de Competitividade Industrial, realizada pela CNI ( Confederação Nacional da Indústria), mostrou que 75% das 743 empresas consultadas estão insatisfeitas com o estado de conservação das estradas nacionais. O governo não desconhece o problema. A malha rodoviária brasileira de responsabilidade federal enfrenta série deterioração: 76% dessa malha, segundo o reconhecimento oficial,está com algum tipo de problema.
Porém, a pesquisa também mostrou que 81% das empresas consultadas planejam investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) neste ano. O estudo captou que 76% das empresas pretendem comprar máquinas e equipamentos e 65% planejam concentrar investimento no processo produtivo.
As duas constatações, a do apagão rodoviário e a da vontade de investir em P&D, levam a previsível embate. O presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, afirmou que não basta a empresa ser inovadora ” se o ambiente externo prejudicar sua competitividade dessa maneira”. Esse é o ponto importante.
A degradação logística atinge mais uma pequena empresa, a maior responsável pela absorção de mão-de-obra. José Augusto Fernandes, diretor da CNI, ponderou que as grandes empresas possuem recursos para utilizar “os meios de logísdtica”, enquanto as pequenas dependem quase que só das estradas.
A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, revelou que o transporte nacional de cargas cresceu no ano passado 12,3%, em relação a 2003, alcançando 206 bilhões de toneladas, um marco histórico com aumento de 76,3% de investimento no setor.
As melhorias permitiram o transporte de outros produtos além dos tradicionais minérios, grãos e combustíveis pelos 29 mil quilômetros da malha ferroviária: frango congelado, leite longa vida, arroz beneficiado, motor e câmbio de automóvel e até veículo desmontado (CKD) para exportação. O fato evidencia uma das formas de proteção das maiores empresas para enfrentar o estado das estradas. Porém, vale sempre lembrar que quase dois terços do transporte de carga no Brasil (62%0 ainda é feito por rodovia. Fonte: Gazeta Mercantil

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