Chapecó, 7.6.04 – O DNIT já recuperou 200 quilômetros de rodovias federais nem Santa Catarina desde a metade do ano passado até agora, disse o coordenador do órgão no Estado, João José dos Santos, durante o debate sobre infra-estrutura, segunda parte dos trabalhos na Reunião Regional do Conselho de Representantes da Fetrancesc, em Chapecó, na sexta-feira última, 4.6.04. Na mesa estavam ainda o gerente regional do Deinfra de Chapecó, Danilo Paludo, do comandante da PRE da região Oeste, primeiro tenente, Márcio José Antunes. Participaram também o vice-presidente da Fetrancesc, Edir De Marco, o presidente do Sitran, Ivanor Araldi e o presidente do Setcergs, João Pierotto. O diretor-executivo da Fetrancesc, Pedro Lopes fez a mediação.
Antes da exposição dos convidados, Lopes disse que é preciso ficar atento a uma proposta de alguns segmentos do Vale do Itajaà para reeditar um projeto de duplicação da BR-470 com cobrança de pedágio, que já foi considerado irregular pela Justiça Estadual e pelo Tribunal de Contas do Estado. Mas a empresa dona do projeto quer agora viabiliza-lo via União. Lopes adiantou que a Federação vai entrar novamente, já que na outra vez encaminhou o pedido de ação civil pública ao Ministério Público Estadual, nesse processo, por que o projeto é totalmente prejudicial à sociedade catarinense. Lopes informou ainda que a Federação vem trabalhando há cerca de um ano na formação de uma empresa público privada, justamente com a finalidade de atuar no setor rodoviário catarinense. Afirmou que a SC-Rodovias e SC-Transportes já têm empresas de peso comprometidas com esse projeto e dispostas a investir na infra-estrutura rodoviária.
O coordenador do DNIT afirmou que no passado, foram investidos cerca de R$ 30 milhões na recuperação, manutenção, limpeza e sinalização de rodovias federais no Estado. Neste ano foram mais de R$ 15 milhões e tem mais R$ 37 milhões para essa área até o final do ano. Segundo ele, o importante desse trabalho iniciado na sua gestão é a continuidade da manutenção, pois aqui no Estado, nos últimos anos, a maioria das estradas não recebeu qualquer tipo de conservação. E a conseqüência disso, são os mais de 1.200 quilômetros em precárias condições de tráfego. Falou dos planos para as estradas federais catarinenses.
Disse que a duplicação da BR-101, trecho Sul vai iniciar este ano. Afirmou que está sendo retomado o processo de duplicação da BR-280. Um encontro nesta semana vai tratar do inicio dos projetos de execução da obra, são dois, um para cada trecho, com o custo de R$ 1 milhão para cada. E garantiu que até 2005, a BR-282 estará totalmente concluÃda. Há uma verba de R$ 2 milhões para fazer o trecho entre São José do Cerrito e Lages. E depois Será retomado o trecho até a fronteira coma Argentina. Disse que os problemas de sinalização e de conservação da BR-158 estão sendo resolvidos, como a iluminação do trevo de Irani. Ele afirmou que no segundo semestre, muitas obras terão uma agilidade maior, pois estão incluÃdas em dois programas do governo federal, como o PIR (programa Integrado de Restauração) e o Crema.
Depois da exposição, houve uma série de perguntas. Entre as quais, uma feita pelo presidente do Sitran para que o DNIT tome providências no caso do acesso à Chapecó com a BR-282, já que é uma pista simples e onde ocorrem muitos acidentes. O coordenador do DNIT garantiu que está sendo acertado com o Batalhão de Engenharia Ferroviária de Lages a execução de obras emergenciais para amenizar esse problema, com investimento de R$ 1 milhão. até que se viabilize naquela região o Anel Viário Leste, já previsto no PPA (Plano Plurianual) de 2004 a 2007. O conselheiro da Fetrancesc, Wilson Cavazzini, disse que o governo deveria se preocupar mais com a fiscalização nas rodovias. ?Não se joga muito dinheiro no asfalto e depois não se fiscaliza?? perguntou ele.
O representante do DNIT também ouviu muitas crÃticas ao fato do Governo Federal não usar os impostos e tributos criados para melhorar as estradas brasileiras como é o caso do Compulsório dos CombustÃveis que nunca foi aplicada em estradas e nunca foi devolvido aos cidadãos e agora com a CIDE (Cobrança de Intervenção de DomÃnio Econômico) que nunca chegou para as obras de infra-estrutura do transporte. O segundo vice-presidente da Fetrancesc e presidente do Setplan, Osvaldo Piloni, solicitou que seja feita uma fiscalização rigorosa do transporte de madeira e argila na BR-282, responsáveis pelos buracos nas estradas, já que alguns caminhões transportam até 70 toneladas, quando o máximo permitido é de 45 toneladas. Segundo Piloni, o trabalho de conservação da estrada é dinheiro perdido, já que numa semana se faz o conserto e logo depois o buraco reaparece. Santos disse que haverá investimentos nas estradas e que estava ali para ouvir o setor de transporte e achar soluções que possam melhorar o sistema rodoviário federal no Estado. Fonte: Imprensa Fetracesc.
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