Nova tecnologia impede o motorista de dormir ao volante

Curitiba, 2.12.05 – A Volvo Car acaba de desenvolver um sistema que promete acabar com uma das principais causas de acidentes nas estradas: o motorista que dorme ao volante. Trata-se do Driver Alert, o primeiro equipamento no mundo que monitora o comportamento do carro na estrada e alerta o condutor antes dele cair no sono.
De acordo com o órgão governamental norte-americano NHTSA (National Traffic Safety Administration), a cada ano perto de 100 mil acidentes nas estradas dos Estados Unidos foram causados por pessoas que dormiram quando estavam ao volante. Destes, cerca de 1,5 mil resultaram em mortes e 71 mil em ferimentos. Na Europa, a situação também não é diferente. A GDV (Gesamtverband der Deutschen Versicherungswirtschaft/Associação das Seguradoras Alemãs) estima que cerca de 25% de todos os acidentes fatais nas estradas alemãs foram causadas pelo cansaço.
O Driver Alert é constituído por uma câmera (foto), sensores e um processador. A câmera, instalada entre o pára-brisa dianteiro e o espelho retrovisor interno, mede continuamente a distância entre o carro e a sinalização na superfície da estrada. O sensor registra o movimento do carro. Já processador armazena as informações, calculando se há o risco do motorista perder o controle do carro. Se este for grande, o condutor é alertado por um sinal sonoro. Somando-se a isso, aparece uma mensagem de texto no monitor.
Além disso, o motorista pode salvar informações sobre sua forma de dirigir no computador de bordo. O ponto de partida são cinco estrelas luminosas. Quanto menos consistente a condução, mais estrelas se apagam. O foco do Driver Alert é o modo como o carro está sendo dirigido, fornecendo um aviso se entender que ele está ficando descontrolado. “Durante nossos testes, o sistema nunca falhou quando um motorista estava caindo de sono sobre o volante”, garante Wolfgang Birk. “Mesmo assim, nós continuaremos testando e aprimorando-o até o Driver Alert ser oferecido aos clientes da Volvo. Esperamos que ele esteja disponível dentro de dois anos”, complementa.

Fonte: Canal do Transporte