Joaçaba, 15.9.05 – A PolÃcia Civil de Joaçaba deve concluir na próxima semana o inquérito que apura denúncia de favorecimento polÃtico na Junta Administrativa de Recursos a Infrações (Jari). O pedido partiu do Ministério Público, que recebeu representação do comando da PolÃcia Militar de Herval do Oeste e Joaçaba, em função de constantes deferimentos dos recursos interpostos contra as multas de trânsito.
O delegado Albino Souza de Araújo suspendeu as investigação nesta semana, alegando razões técnicas, mas garante que 80% do trabalho está concluÃdo. Faltam ser ouvidos membros da junta e os dois policiais militares que levaram ao comando local da corporação a suspeita.
Na avaliação do delegado, os documentos e depoimentos apontam para falhas operacionais dos militares, que estariam errando no preenchimento das infrações. Araújo diz possuir cinco recursos deferidos pela Jari que confirmam as falhas.
O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Joaçaba, vereador pelo PMDB Ademar Augusto Japão Beloto, um dos julgadores na Jari, era o principal suspeito de beneficiar apadrinhados polÃticos autuados.
Dia 19 de agosto, quando começaram a surgir os boatos, Beloto pediu afastamento da junta. Segundo afirma, foi para não prejudicar as investigações. O vereador contesta as acusações e afirma que “não tem autonomia para tirar as multas”. Para Beloto, as investigações estão apontando para o lado certo da polêmica: as falhas nos autos.
O comandante do policiamento militar de Joaçaba e Herval do Oeste reconhece as falhas na aplicação de multas como casos isolados. O major Yukio Yamaguchi afirma que os soldados recebem treinamento para efetuar os procedimentos. Oito policiais estão sendo reciclados e destacados para atuar somente no trânsito. O promotor Protásio Campos Neto acatou a representação da PM. Fonte: Diário Catarinense
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